The Psycologist.

Capítulo 3

" Faça algo por alguém"

POV Mariana.

Passei a maior parte da noite de ontem pensando em tudo que poderia fazer e completando parte dos relatórios da escola, posso dizer que estou consideravelmente feliz e esperançosa, nas horas que passei com Taylor pude perceber que ele é uma criança incrível e não vejo motivos para não conseguir salvá-lo.

Liguei para Liam, é Liam.. Ele me pediu que o chamasse assim. E ele disse que hoje Taylor costumava  ir a aula de natação e depois brincar em um parque próximo ao condomínio deles. Me pergunto como uma criança pode fazer natação em um frio desses, mesmo dentro do carro e com casaco eu estou tremendo. Mas isso definitivamente não é da minha conta, eu encontraria ele e a babá apenas no parque, considerando que fiquei horas preenchendo relatórios.

Estaciono o carro e caminho lentamente pela entrada do parque. As luzes enfeitam o lugar e o sol começa a se esconder. Algumas crianças correm e eu sinto uma em especial apertar minha cintura.

- Tia Mari. - a voz animada de Taylor soa, me fazendo sorrir.

- Olá meu amor, como você está ? - Abaixo até ficar em sua altura e lhe dou um abraço.

(...)

Dirigia até a casa de Liam enquanto uma música lenta que eu não faço a mínima de qual seja, tocava na rádio, percebo que Taylor canta animadamente e o encaro dando um sorriso de lado.

- É meu pai tia, é a banda do meu pai! - Ele diz tão animado.. Que faz com que um nó se forme em minha garganta.

Liam por vezes parece ser tão frio e não dar a atenção que ele merece e mesmo assim é possível perceber a admiração que ele tem pelo pai, não é como se ele tivesse orgulho por ter um pai famoso, é como se ele conhecesse e acreditasse em um Liam que nem todos conhecem. E isso deveria ser lindo, mas eu não consigo evitar em sentir apenas tristeza.

É triste pelo simples fato de não parecer ser recíproco, é.. Eu sei, Liam disse que o ama, e eu não duvido disso, mas a algo nas atitudes de Liam que me fazem acreditar que exista uma.. Rejeição? Ou seria apenas uma mágoa? São essas simples coisas que eu tentava de todos os modos  entender.

Quando me dou conta estou parada em frente a mansão dos Payne's.

- Vem tia Mari. - Taylor grita já do lado de fora do carro.

Quando foi que ele saiu ?

- Eu.. Hum.. Preciso trabalhar.

Um olhar triste se forma em seu Rosto e ele abaixa a cabeça enquanto caminha em direção a babá que o espera na porta.. Eu não posso deixar isso acontecer, é contra isso que estou lutando, contra esse olhar triste e esse menino aprisionado.

Olho no relógio 19:30hrs  OK, não vou morrer se ficar mais um pouco, eu posso e vou fazer isso!

Pego minha bolsa e deslizo preguiçosamente pelo banco do carro, saindo em seguida. Assim que bato a porta e caminho em direção  a Taylor posso ver um sorriso se formar em seu rosto.

Entramos e vamos direto até seu quarto de brinquedos onde passamos 0 resto do tempo brincando com bonecos de super-heróis diferentes.

(...)

Taylor estava tomando banho e eu resolvi descer para tomar uma água, Eu tive que prometer a ele que ficaria até ele sair do banho para que ele aceitasse tomar banho.