THOR

16.

NANDA

Eu nunca tinha imaginado com é difícil se sentir bonita quando se estar grávida. Nada entra, nada cai bem... Eu comprei uma lingerie linda a uns dias então pelo menos isso me anima. Sair com o Thor não devia me deixar tão insegura mas eu culpo os malditos hormônios da gravidez por isso.

Escolho um vestido decotado porque atualmente meu ponto forte são meus seios que ficaram grandes no último mês. Pego uma rasteirinha pois meus pés estão muito inchados pra usar salto. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo e passo meu perfume de sempre. É muito bom se sentir atraente quando seu corpo sofreu uma mudança tão grande como uma gravidez.

Entro no sala e vejo o Thor já arrumado assistindo um jogo na tv, pra variar...

- Eu to pronta - digo simplesmente.

- Até que en.. - ele vira e me olha com uma cara espantada.

- O que foi? - olho minha roupa vendo se tem algo fora do lugar - Qual o problema?

- Nada.. - ele diz ainda me olhando - Você sabe que seus peitos estão enormes certo?

- Eles não estão enormes - falo olhando pros meus seios - Eles eram pequenos, agora estão médios eu acho.

- É melhor colocar um casaco só porque a noite está fria e tal.. - ele diz ainda encarando meus seios.

- Podemos ir? - pergunto - Eu já estou faminta.

- Vamos, mas você vai colocar o casaco pelo menos enquanto eu dirijo - ele diz baixo mas eu o escuto dizer - Pela nossa segurança.

Nós temos um jantar tranquilo e bem divertido pra falar a verdade. Depois de quatro meses eu me sinto com o Thor do primeiro encontro, despreocupado e charmoso. Só que dessa vez eu estou com barriga bem cheia.

- Eu quero Nachos com cheddar - falo depois que compramos o ingresso pra um filme de comédia apesar do Thor querer assistir um de luta de robôs - E pipoca caramelizada.

- Nós acabamos de jantar Fernanda - ele me olha sério enquanto eu o puxo pra fila.

- Mas eu vi aquela mulher comendo e me deu um desejo.. - tento explicar - Só de pensar em não comer isso me dá vontade de chorar.

- Ta certo, eu vou comprar - ele diz enxugando as lágrimas que eu não consigo controlar. Malditos hormônios - Não precisa chorar.

Eu não posso descrever a minha felicidade em comer aqueles nachos maravilhosos. O filme é realmente engraçado mas passa uma cena um pouco mais quente entre os protagonistas que me deixa incomodada. Eu não faço sexo desde a concepção dos meus amendoins. E além das minhas necessidades normais de mulher os meus hormônios de grávida me fazem pensar em sexo sempre que eu não estou pensando em comida.

É vergonhoso pensar nas vezes que eu fiquei olhando o Thor fazendo algo em casa enquanto eu fantasiava ele fazendo coisas bem porcas comigo. Eu vou ser uma mãe de família, não devia ter esses pensamentos mas é incontrolável.

- Esse caramelho é nojento - o Thor reclama - olha como meus dedos ficaram.

Eu não penso duas vezes antes de pegar o dedo indicador dele e enfiar na minha boca limpando o caramelo delicioso que ele está rejeitando, faço isso com os outros dedos e isso só me deixou com vontade de comer mais uma pipoca caramelizada.

- Puta merda - ele resmunga e vejo que está me olhando fixamente - Vamos embora daqui nesse momento.

Ele se levanta do nada e me puxa pra fora do cinema. Eu não entendo nada e saio reclamando atras dele. No carro ele não me dá explicação nenhuma, só dirige calado numa velocidade acima do que eu me sentiria confortável. O homem está possuído, só pode.

Quando chegamos em casa e ele mal para o carro antes de sair correndo e vir abrir a porta pra mim.

- O que diabos deu em você? - tento perguntar.

- Agora não - ele diz simplesmente e me leva pra dentro de casa.

Ligo a luz da sala e vejo o Thor jogar tudo que está na minha mesinha da entrada no chão.

- Mas que merda.. - ele me levanta facilmente e me senta em cima da mesa puxando as alças do meu vestido e deixando meu sutiã pra fora.

- Puta merda - ele resmunga novamente e começa a distribuir beijos e mordidas por todo meu colo.

- O que deu em você? - pergunto apesar de estar gostando bastante desse ataque repentino.

- 4 meses! - ele diz um pouco sem folego - Fodidos 4 meses sem sexo. E você passa a noite me provocando. Esse vestido, as risadas... e pra me matar você fica chupando meus dedos naquela maldita sala escura onde eu não podia te jogar no chão e te comer como eu passei o dia todo imaginando.

Ele não me dá tempo pra responder quando me beija intensamente me deixando sem ar. Sinto quando ele passa as mãos pelas minhas pernas e me suspende segurando minha bunda. Seguro em seu pescoço enquanto puxo seu piercing labial com os dentes. Ele rosna e sinto quando ele me deposita na cama sem sair de cima de mim.

Eu ajudo ele a tirar meu vestido até porque acho que estamos os dois loucos por isso na mesma medida.

- A gente pode fazer depois com mais calma mas eu acho que agora eu não consigo ir devagar ou esperar - ele me diz ofegante.

- Vai de um vez, eu não aguento mais - digo chorosa e é deprimente estar tão necessitada.

Ele pega um dos meus travesseiro e coloca em baixo da minha bunda enquanto puxa minha calcinha pelas pernas. Ele se ajoelha na cama e entra em mim com tudo. Eu vou no céu e volto. Isso é tão bom. Ele intensifica suas estocadas e em poucos minutos eu me liberto em seus braços.

Sinto o Thor saindo de mim e me virando pra eu ficar de lado com o travesseiro agora apoiando minha barriga. Ele se deita do meu lado e entra em mim nessa posição extremamente confortável e não demora muito pra eu gozar novamente. Dessa vez ele me acompanha e desaba exausto do meu lado.

- Como você sabia como fazer assim? - pergunto quando estou mais recuperada da sessão de orgasmos.

- Eu pesquisei na internet posições confortáveis pra tentarmos enquanto você estiver grávida - ele diz ainda respirando com dificuldade - Eu tenho que cuidar de vocês e sexo é uma parte importante numa gravidez saudável.

O cara de pau me diz isso e se acomoda no travesseiro caindo no sono pouco tempo depois. Meus Deus, como um cinema inofensivo acabou nisso?