E toda a força dentro de mim que dizia que algo ruim estava pra acontecer era apenas ilusão.
A diretora nos elogiou pela competência na qual estávamos todos trabalhando para que esse acampamento desse certo.
Acho que essa foi a primeira vez que vi Sra.Benjamin sorrindo de verdade.
Então acho que meu pressentimento estava certo, algo realmente sinistro aconteceu.
Ela logo nos dispensou da sala, e assim voltamos para nossa rotina comum de aula.
Sr.Lewis estava mais do que aliviado ao ver que todo o estress e as noites sem dormir valeram pelo menos para que conseguissemos a confiança da diretora.
Minha proxima aula seria de quimica, na qual eu faço com Brad. Fomos comemorando até a sala, mas nossa felicidade foi suspensa pela tensão e medo que se espalhava pela sala.
Quando haviamos acabado de pisar na sala, nossa alegria se esvaiu com o pessimo clima que ali habitava.A sala estava sem professor.
Havia uma enorme rodinha e alguém no chão.Estava muito atrás para poder ver, mas com a incrível educação que tenho e muitos "com licença" consegui chegar ao nucleo da roda, aonde um garoto X estava tendo uma convulsão e não havia uma única pessoa tentando o ajudar.
Ninguém falava.
Ninguém se movia.
Todos observavam.Respirei fundo e revisei todos os episódios de Greys Anatomy possiveis, na minha cabeça.
- TODOS PRA FORA! - eu grito e eles se assustam com o gesto. - TÃO OLHANDO OQUE ??? SAIAM DA SALA! AGORA! - e com o meu pedido mais do que educado todos saem rapidamente restando apenas Brad que ainda parecia perplexo. - BRAD! - chamei sua atenção para que voltasse a realidade e me ajudasse com o garoto. - Tire todos os objetos possiveis de perto dele. Bolsas, mesas, cadeiras, TUDO. - e assim ele fez, enquanto eu estava ignorando os 17°C que estava lá fora e tirando todos os meus agasalhos para que servissem de proteção a cabeça do menino.
- Oque você ta fazendo ? - ele dizia assustado.
- To protegendo a cabeça dele pra que não tenha ferimentos maiores. - eu dizia ofegante e Brad me olhava assustado. Tenho certeza que meu olhar não estava muito diferente. - Brad, vá até a enfermaria e diga que temos uma emergencia. Mande um outro aluno para a diretoria e peça para que chame a diretora. - eu tentava falar em alto e de forma na qual ele pudesse entender perfeitamente. Mas eu estava com medo e tremendo muito e minha voz saiu de uma forma quase inaudível, mas o suficiente para que ele me entendesse e fizesse oque eu havia pedido. Eu tinha virado o rosto do garoto para que não se engasgasse com a própria saliva enquanto tentava manter seus braços firmes para que ele não se machucasse enquanto se debatia.Alguns minutos se passaram.
O garoto havia parado de convulsionar mas ainda não estatava acordado;
Brad, a enfermeira ou a diretora, nenhum deles havia chego;Eu estava me segurando para não chorar, e a raiva que estava sentindo não estava me ajudando muito. Onde já se viu, jovens que passam praticamente o ano inteiro juntos, não se ajudam quando um precisa do outro. Eu me imaginava no lugar desse pobre garoto e meu coração se apertava cada vez mais.
Coloquei a cabeça do garoto no meu colo, e fiquei mexendo em seus cabelos para que pelo menos possa aliviar um pouco da dor de cabeça que irá sentir quando acordar.
Até que finalmente, o mesmo, começa a piscar os olhos rapidamente enquanto se acostumava com a luz.- Olá - tentei dar o meu melhor sorriso simpático, mas não sei se isso foi possivel pois acredito que a minha cara de pânico esteja bem evidente.
- Oi (?) - ele diz um pouco rouco.
- Qual o seu nome ?- lembro me de que após alguma crise de convulsões, é sempre bom fazer algumas perguntas para a pessoa só para ver se algo aconteceu com sua memória.
- Cameron.
- Sabe me dizer que dia da semana é hoje ?
- Quinta-feira.
- Em que sala de aula você está?
- Por que eu to tendo que responder essas perguntas obvias ?
- Responda! -belisco seu ombro e ele sussurra um palavrão.
- Sala 13, segundo andar, quinto periodo, aula da Senhorita Miller professora de quimica do Saintine Way. - e assim eu finalmente posso dar o meu melhor e sincero sorriso de alivio.
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Lovestruck
FanfictionAnos te amando, como amigos, como costumávamos ser. Uma única alma em corpos separados. Como costumávamos ser. Depois de diversas brigas.. Eu poderia ter te abandonado, sim eu poderia. Te esquecer não seria fácil, e eu não estava disposta a apagar...