Encontros

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Depois do filme, fomos atrás de comida já que eu me sentia anoréxica. Sr.Lewis me levou a uma espécie de pub, que havia um espaço mais reservado com uma cafeteria cheia de livros, havia também grandes mesas onde sushiman's trabalhavam com seus peixes, e um grande espaço para quem curtisse karaokê.

Resumindo: uma balada cult. Bar, karaokê, cafeteria, e comida asiática em um só lugar.

Era um lugar realmente bom, confortável e ao mesmo tempo passava aquela energia gostosa que algumas baladas tinham.

Na verdade, era a minha primeira vez em uma pub. E eu me senti confortável em estar em um local lotado, sem ao menos ter crise de asma. Só de pensa que cada um deles haviam uma história por trás de um simples drink, isso me deixava bem. Eu sempre achei que baladas e pubs eram cheias de pessoas vazias que não tinham oque fazer. Mas depois de conhecer três pessoas em especial, minha visão sobre isso mudou totalmente. Espero eu, ser uma delas algum dia.

Joanna era uma delas, seu dom ? Ser dramática. Foi oque todo os diretores de Hollywood á disseram. Pra uma atriz isso deveria ser algo bom, mas não para Joanna, que infelizmente chora até em momentos em que deveria surtar de alegria.

De algum certo modo ela faz isso.

Do jeito errado, mas faz.

Conhecemos também o Lino, como prefere ser chamado. Lino é um grande guitarrista incompreendido. Sua maior dor vem pelo vazio que sente ao andar sozinho pelas ruas, ou ter que enfrentar o frio das noites geladas de Londres sem ninguém para esquenta-lo. Sim, sua maior decepção é ser solteiro. Ele diz que deve ter nascido na década errada, onde as mulheres não sabem mais apreciar o carinho que alguns homens oferecem. E por consequência de ser tão sozinho, não consegue fazer sucesso pois se sente infeliz consigo mesmo.

Conheci um motoqueiro. Bem grande por sinal, parecia um primo distante do Shrek. Carlos era seu nome. Carlos tinha uma grande empresa de mecânica, especializada em motos. Mesmo com sua aparência arrogante, Carlos tinha um grande coração. Casado, e pai de duas lindas meninas e um garoto, ele ainda se emocionava ao se lembrar de como eram quando pequenos. Liam, o filho do meio de Carlos, sonha em ser bailarino, e por incrível que pareça, o grande homem o apóia em cada passo que da. Ele apenas diz ter medo do futuro, onde seu menino possa ser feito como piada por ter um gosto diferenciado. Ele diz que já enfrentou e enfrentaria o mundo inteiro só para poder mostrar a todos o talento que sua cria tinha.

Me emocionei ao ver vídeos onde seu menino dançava o lago dos cisnes como nascesse pra isso.

E por último mas não menos importante, Theodore Drew Lewis. Ou Sr.Lewis como prefiro chama-lo.

Sr.Lewis me contou sobre a sua vida, como chegou aqui, oque o fez para isso, e quais são seus sonhos. Confesso que me surpreendi com tanta informação interessante pude descobrir sobre alguém que tanto sentia pudor.

Theo, apelido dado por seus pais, é o segundo filho de uma família de empresários. De toda a sua família engravatada, ele sempre foi oque tinha mais chances de ser um morador de rua, por suas péssimas notas e pouquíssima vontade em se tornar algo grande como seus pais. Quando se formou decidiu que levaria a vida como uma pessoa qualquer, com uma vida medíocre qualquer, e escolheria um curso qualquer para fazer de esboço para seu futuro. E por coincidência, literatura foi a escolhida para estudar na faculdade. Para sua sorte, ele curtia o assunto, e ser professor acabou se tornando um hobbie, não um emprego. Ele diz que se sente desafiado a cada vez que olha para a porta da classe. Como se tudo que tivesse conquistado poderia ser perdido caso houvesse alguma falha em suas aulas. Desde então ele vem tentado ser o melhor professor de literatura que aquela escola já teve, por incrível que pareça, ele vem conseguindo isso.

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