As vezes,
quero dizer a verdade,,
mas,
não sei se suportaria,
a minha própria ira,
uma ilha,
de vaidades..
Digo palavras,
que acordam a cidade,,
são mágoas de alguém,
ruas escuras,
e desertas,
por onde tento encontrar,,
algum antigo amor,
algo que me lembre,
teu falso sorriso..
Teus olhos lacrimejantes,
agora me esperam,
você precisa saber,
quem eu sou,,
e lembrar o que eu era..
Fizemos,
tantos planos,
sobrevivemos,
a tantos desenganos,
agora onde estão,
onde estão,
os nossos sonhos..
Você cresceu,
depressa demais,
não permitiu,
ser tocada,,
vendo que eu perdi,
agora tanto faz,
chorar,
já não me leva a nada,,
o que restou de tudo,
que a gente sonhou,,
aquela noite,
é só um talho profundo,
uma ferida aberta,
que não cicatrizou,
ainda dói toda vez,
que me lembro,
até aonde foi o amor.
