Capítulo 7

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Natália

Tudo passou como um foguete e eu agradeço por isso. Agora eu estou focada na minha faculdade e na busca de um emprego. Precisava de alguma coisa para me distrair e não acabar pensando nele.

Gabi: Você ainda não contou o que aconteceu.

Nat: Não aconteceu nada. — disse pela enésima fez.

Em um belo dia, estava eu e o Rodrigo jogando videogame do meu irmão. Eu levantei e sem querer tropecei nos fios e cai com tudo encima do menino. Ela entrou naquele exato momento, e como ela adora inventar coisa acabou dizendo que estávamos nos beijando.

Gabi: Vocês se pegaram.

Nat: Não. — bufei.

Dei-me paciência.

Gabi: Tenho certeza que sim.

Nat: Qual é o problema de entender o meu "não"?

Gabi: Porque ele não é a verdade.

Nat: Não tem verdade nenhuma. Eu não beijei ninguém.

Gabi: Por enquanto eu me faço de inocente.

Nat: Não irrite. — resmunguei jogando meu lápis nela.

Gabi: E aquele assunto proibido?

Nat: Continua sendo proibido.

Gabi: Podemos deixar essa regra de lado por alguns minutos.

Nat: O que você quer saber?

Gabi: Aquilo que você quer contar. — ela suspirou. — Todo mundo é idiota e não vê o quanto você está sofrendo.

Nat: Faz 1 semana desde aquela surpresa dele.

Gabi: Sabe... Eu amei o que ele fez. Foi um sonho.

Nat: É... Eu sei. — disse feliz. — Mas ainda falta muito tempo para ele voltar.

Gabi: Falta, mas você tem que falar com ele.

Nat: Não posso. Imagina, ele cheio de meninas e de festas. Eu não posso prendê-lo aqui. É Londres.

Gabi: E ele é o amor da tua vida, garota.

Nat: Não dificulta.

Gabi: Vocês dois dificultam o que é fácil.

Nat: Assunto proibido.

Gabi: Vai ser assim?

Nat: Sou obrigada a fazer assim.

Gabi: Você é obrigada por acha que não consegue. Você que se obriga. Você que fica mais triste a cada dia.

Nat: Gabi... — tentei falar.

Gabi: Você tem que entender uma coisa: o amor vence barreiras. Você podia ter vencido junto com ele.

Depois eu fiquei quieta pois eu sabia que tudo aquilo era verdade. Eu poderia ter feito tanta coisa.

3 meses depois

Nesses tempos eu e o Rodrigo nos aproximamos muito. Ele praticamente mora na minha casa. Tudo que eu faço ele está junto. Às vezes parecemos até casais, não que ele já tenha tentado alguma coisa. Todas as tentativas foram falhas, me esquivava e inventava um desculpa qualquer. Mas algum dia ele ainda iria fazer alguma loucura. E esse dia iria chegar logo. Tinha plena certeza disso. Rodrigo era uma pessoa previsível.

Ro: Esteja pronta às 18:00h. Passo aqui e a gente vai. — disse se levantando.

Nat: Interessante, posso saber para que lugar?

Uma Garota Diferente - Livro 2 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora