Amor de Aluguel

Capítulo 1

Amores, 

Não se esqueçam do voto da alegria e de darem suas opiniões com comentários!

Beijinhoss =*

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...Dias Atuais...

Beatriz

Durante a tarde de sábado, estava caminhando por entre uma das ruas mais movimentas do centro da cidade, quando uma loja específica me chama a atenção. Instantaneamente, paro para observar a vitrine, repleta dos mais variados tipos de vestidos de noiva. Inevitavelmente, meu pensamento retorna àquela cena tão sofrida, cinco anos atrás. 

— Você está bem, Bia? — Jessica, uma das minhas melhores amigas, pergunta um pouco intrigada.

Balanço minha cabeça em negativa, como se na intenção de afastar aquelas lembranças dolorosas de meu passado.

— Claro, estou ótima! — minto, forçando um sorriso. — Apenas me lembrei...

— Do seu noivado com o Guto. — ela me interrompe, completando minha fala.

Solto um longo suspiro antes de responder.

— Vamos? No café conversamos melhor.

— Claro! — Jessica assente e enlaça meu braço, de maneira que voltamos a caminhar até encontrarmos um café logo mais à frente, na mesma calçada.

Nos acomodamos numa das mesinhas livres e somos prontamente atendidas pelo garçom.

— O que desejam, senhoritas? — o mesmo estende um cardápio para cada uma de nós.

Sem ao menos fitar o menu, faço o meu pedido.

— Um cappuccino e um pão de queijo, por favor. 

— Para mim, apenas um expresso. Preciso manter a dieta. — Jessica solicita e eu acabo sorrindo. 

Ela e suas manias de manter a boa forma... Não basta ser loira, alta e magra. Ainda malha feito uma doida e vive comendo só salada.

Enquanto eu, embora seja magra, não posso comer uma grama de carboidrato que ela se acumula na minha barriga. Por essas e outras, acabei entrando na sua pilha de frequentar a academia. Apenas não sigo uma dieta tão restrita como ela. Ainda que seja baixinha e que qualquer quilo extra faça muita diferença na minha aparência.

O garçom assente e se retira. Permanecemos alguns instantes em silêncio, até que decido falar.

— Não me considero uma pessoa triste, sabe? — acabo soltando, como se continuasse a conversa de onde havíamos parado. Minha amiga, que já me conhece tempo o suficiente para saber que não gosto muito de me abrir, apenas me ouve. Dedicando-me toda a sua atenção. — Nunca tive uma baixa autoestima, tenho um ótimo emprego e sou apaixonada pelo o que faço. Minha família tem lá os seus defeitos, como qualquer outra família normal. E embora estejamos tão longe, não duvido em nenhum momento do amor que nutrimos uns pelos outros. — abro um pequeno sorriso, ao me recordar dos meus entes queridos que há tanto tempo não vejo. — Tenho um ótima vida social e estou rodeada de amigos imprescindíveis... Tenho você, o Lucas e o Theo, que se tornaram muito mais do que apenas colegas de trabalho. Tenho a Karen, que mesmo estando há quilômetros e mais quilômetros de distância, eu sei que também me ama. — faço uma pequena pausa, tomando coragem para tocar na minha maior ferida. Compreensiva, Jessica me aguarda, pacientemente.  — O problema é que aquele dia, aquele maldito dia!... Eu levarei para o resto da minha vida! Entende?