Prólogo

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Naquela tarde de setembro não chovia, era um dia perfeitamente ensolarado. Eu e minha mãe estávamos decididas a fazer um piquenique, era um dia tão lindo que nem sei como posso explicar direito.

- vamos minha querida- minha mãe me chama e eu a obedeço entrando no carro. - vamos relaxar essa tarde Cassie, fico feliz de que tenha conseguido dar um tempinho nos seus estudos.

- Mãe, você sempre terá espaço na minha vida. Sempre. -digo colando o cinto de segurança e ela dá partida no carro.

Éramos apenas nós duas, não havia um pai, ou irmãos, amigos, nem sequer parentes nenhum. Éramos o que restou uma da outra. Mãe e filha, mas também melhores amigas. Não havia segredos entre nós, não a trocaria por nenhum amigo e mesmo eu estando na universidade de letras não consigo passar um dia se quer sem falar com ela ou ir visita-la.

Ela tinha olhos castanhos escuros quase pretos e eu tinha olhos cor de mel, devo ter essa genética do meu pai, minha mãe Rosie fala que Ele tinha olhos verde-amarelo das poucas vezes que ela falou dele pareceu que ele era o grande amor de sua vida, isso explica o fato de ela nunca ter tido sequer um namorado, pelo ao menos que eu me lembre.

Sinto falta de nossa pequena casa no subúrbio de Londres, apesar de que o meu dormitório em Oxford era muito mais aconchegante, porem aqui não era meu lar.

Então naquela tarde inexplicavelmente bonita quando estávamos voltando ao anoitecer, nada parecia poder dar errado. E então aconteceu.

O nosso carro bateu contra um caminhão e capotou, eu gritei chamando por minha mãe, mas não conseguia enxergar nada e então apaguei de vez.

Acordei no hospital e o medico me disse o que aconteceu.

Que eu estava de coma há um ano, por causa do acidente de carro que matou minha mãe sem chances de adeus, a única pessoa que eu tinha, o meu bem mais precioso.

- Como? Vocês não fizeram nada para salvar ela? seus incompetentes ela era a minha mãe! - grito chorando.

Naquele mesmo instante eu sabia que há um ano quando a sua alma saiu de seu corpo, mesmo eu não estando consciente, eu sei que a minha também foi com a dela, pois agora não sinto nada.

- sinto muito, salvamos você era tarde demais para ela. - ele disse olhando para baixo, como se sentisse culpado.

- Não queria ser salva! me deixasse morrer junto com ela! - grito novamente.

E naquele momento nada nunca doeu tanto.

Éramos tão parecidas, como pode acontecer isso? Porque eu não fui com ela? Não era para eu estar aqui sofrendo mais ainda, sem ninguém e agora o que me resta é uma pilha de remédios e profissionais que acham que algum dia meu luto ira acabar. por enquanto.




Bom, essa é minha segunda fic e espero que dê certo, que vocês gostem e se sintam a vontade para comentar suas opiniões.

Logo postarei o capitulo um.


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