Brincadeiras, namorado e programa de fofoca

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POV Peeta

Hoje é um dos dias em que estou sozinho com Pérola. Depois de quatro meses sem sair de casa e dedicada totalmente a nossa filha Katniss começou a ficar um pouco estressada, e eu logo soube que a única coisa que poderia lhe acalmar seria um passeio até a floresta. Depois de muita insistência da minha parte ela acabou concordando em sair de manhã cedo e voltar antes de Pérola acordar para não atrasar a alimentação da bebê.

Pérola agora está no inicio do quinto mês, e vem me surpreendendo a cada dia. As cólicas logo foram embora, seguimos as instruções da médica a risca, e agora a bebê começava a experimentar alimentos pastosos e sucos de frutas.

Estou preparando algo para Katniss comer assim que chegar, afinal ela precisa se alimentar direito. Enquanto amasso com as mãos e a ajuda de um rolo a massa do pão escuto um choramingo vindo do primeiro andar. Subo as escadas da maneira mais rápida possível. Encontro-a sentada no berço.

- Pérola como você fez isso ? – pergunto para a bebê que me olha com um sorriso no rosto

- Tenho certeza que você não conseguia sentar sozinha até ontem a noite

Pérola me encarava com os olhinhos azuis brilhando devido minha animação em vê-la sentada sem a minha ajuda ou a de Katniss.

- Você é mesmo a menininha mais inteligente que eu conheço – a tiro do berço e a beijo lhe afundando ao meu peito

- Minha princesinha está virando uma mocinha.

POV Katniss

Hoje é a quarta vez que me vejo a mais de quatro metros de distancia de Pérola, e posso garantir que está longe de alguém como Pérola não é fácil. Minha filha entrou na minha vida no momento certo, eu estava desanimada devido a mesma rotina, e aquilo não estava me dando nem sequer um motivo para viver e continuar com aquela vida monótona que eu levava.

Foi quando ela chegou, no inicio não foi nada fácil, eu não me sentia preparada para algo tão grande. Mais só foi senti-la em meus braços pela primeira vez, ouvi-la chorar, olha-la com meus próprios olhos. Que eu soube. Por ela, por Peeta, pela minha família eu estaria sempre pronta não importa a dimensão que a situação possa tomar. Eu nasci para cuidar dela, educa-la, incentiva-la, vê-la crescer. Mas acima de tudo dar a ela uma coisa que eu não tive, uma parte que foi tirada de mim quando ainda muito nova. Uma família feliz.

Entre altos e baixos, brigas e sorrisos, gargalhadas e crises de choros. Eu daria uma família de verdade a minha filha, eu daria a ela um exemplo do mais digno dos sentimentos. O amor.

Da primeira vez que voltei a floresta Gale me acompanhou, por insistência de Peeta, já que de acordo com ele eu já estava a mais de seis meses sem ir a floresta, e que as trilhas poderiam ter mudado devido ao tempo. Eu sabia que aquilo não havia acontecido. Já que durante a revolução nós passamos um bom tempo no 13 e quando tudo acabou e retornamos ao 12 a floresta continuava a mesma, a não ser por algumas árvores queimadas e algumas cinzas que até agora se misturavam as gramíneas perto da cerca.

Cinzas essas pela quais fui responsável. Peeta e o Doutor Aurélios insistem desde sempre para que eu pare com a paranoia de que todos esses cadáveres morreram por minha causa. Quando na verdade o único culpado daquilo tudo tinha sido Snow.

Caminho pela trilha de sempre em direção a algumas armadilhas antigas que acionei ontem. Esperava encontrar um esquilo ou um coelho se desse sorte, mais sou surpreendida quando não encontro o vestígio de nenhum animal. Os boatos correram soltos por toda Panem, onde diziam que os animais assustados do 12 correram em direção ao fogo no momento das explosões.

Katniss MellarkOnde histórias criam vida. Descubra agora