Capitulo 15

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Acordei cedo, estava animada pra ir para escola. Levantei tomei banho, escovei os dentes, e coloquei um calça, e uma blusa, e minha jaqueta. E um vans preto, sai e entrei no quarto do Pietro.
- Ei, dorminhoco, ta na hora de ir pra escola.- disse sentando na sua cama.
- Pode ir. Eu vou depois.- ele disse em um tom desanimado, seus olhos estavam vermelhos e inchados.
- Você andou chorando?
- Não...
- O que ta acontecendo?
- Não é nada.
- Você pode confiar em mim...
- É que... Os meninos lá da escola ficam me zuando por que eu não tenho nem mãe e nem pai.- uma lagrima cai de seu rosto.- Eles ficam me xingando e dizendo que a culpa é minha deles terem morrido, que eu trago má sorte. Meus pais verdadeiros... Morreram por minha causa... E agora os seus também...- ele me abraçou soluçando. Eu não sabia o que dizer. Ele se culpa pelos pais dele terem morrido por que ele estavam tentando protegê-lo.
- Não liga pra eles, eles estão errados você não traz má sorte, ao contrário você traz sorte. Não foi culpa sua seus pais terem morrido, eles estavam te protegendo, e nossos pais não morreram por sua causa. Olha eles tem inveja de você, sabe por que?- ele negou com a cabeça- Por que mesmo com tudo isso acontecendo com você, tudo o que você ja sofreu, você continua forte, você ergue a cabeça e continua sua vida. Eles tem inveja por que você é melhor do que eles, você é independente e corajoso.- ele para de chorar e olha pra mim.- E você ainda tem a mim, pode contar comigo pra qualquer coisa. Eu te amo.
- Eu também te amo.
Ficamos um tempo abraçados.
- Eu já vou pra escola. Você vem?
- Posso ficar só hoje? Por favor.
- Ta bom. Tchau.
Me despedi dele e sai de casa, já que eu acordei muito cedo, aproveitei pra alimentar as galinhas e colher uns ovos, dei uma boa limpada na minha moto. Olhei no relógio e já estava em horário bom de ir. Mandei uma mensagem pro Diego.
" Você vai comigo?"
" Não minha mãe vai me levar"
" Ta, te vejo ma escola"
"Tchau"

Peguei minha mochila e subi na moto, depois de uns vinte minutos cheguei na escola, ainda não tinha batido o sinal do primeiro tempo, então fui no meu armário deixar os livros que eu não ia usar, e peguei um outro livro para eu ler. O livro era do Sherlock Holmes, fui sentar no gramado, e comecei a ler, depois de um tempo o Diego apareceu.
- Oi Lua!- ele disse.
- Oi, tudo bem?
- Sim, quer fazer o que hoje a tarde?
- Dormir e comer, mais infelizmente vou ter cuidar de umas coisas lá na fazenda.
- Eu posso te ajudar se quiser.
- Claro, quanto mais ajuda, mais rápido eu termino e durmo mais.
Ele riu, e eu também.
Ficamos um tempo, jogando conversa fora, até que o sinal bateu e nós fomos para a aula.
Chegamos lá, e o primeiro tempo era de matemática, eu gosto de matemática mais, de manhã não dá né?! A gente já ta com sono, e botam uma aula que dá mais sono ainda. E o professor ainda tem uma voz que faz a gente dormir. Sentamos como sempre no fundo, o Diego na minha frente e eu atrás dele.
A aula passou bem rápido, depois veio aula de inglês, e geografia. Depois das primeiras três aulas finalmente veio o lanche, eu e o Diego saímos. Depois de pegarmos nosso lanches, fomos sentar com nossos amigos.
- Oi gente!- eu disse, sentando na mesa, Diego sentou do meu lado.
- Oi, sumidos!- disse a Lia. A Lia é uma ótima pessoa gentil com todo mundo e bem simpática.
- Oi!- disse o Chris, ele tem jeito de gay mais não é, ele é o mais engraçado da turma, e se preocupa muito com os amigos.
- E ae!- disse a Helen, ela é a mais louca, mais bem divertida também.
É também tem o Gabriel ele se acha por que é forte e sabe lutar, mais é legal.
- A quanto tempo!- Lia.
Ficamos conversando até acabar a hora do lanche, todos eles disseram o quanto sentiam muito pelos meus pais, e nós atualizaram sobre as fofocas do colégio. Depois de mais 3 tempos de aula, finamente chegou a hora de ir para casa.
Nos despedimos dos nossos amigos e fomos em direção ao estacionamento.
- Pronto?- perguntei pro Diego.
- Posso dirigir dessa vez?- ele perguntou fazendo biquinho.
- Ta, mais vai com calma.- eu não gosto muito de dividir minhas coisas, principalmente a minha moto.
Ele subiu e eu logo em seguida, fomos direto para casa. Chegando lá deixamos a moto no celeiro e fomos para dentro de casa.
- Pietro cheguei!- eu gritei.
- To descendo!- ele gritou de volta.
Ele desceu as escadas correndo ainda de pijama.
- Oi- ele correu pra me dar um abraço, depois me soltou e abraçou o Diego.
- O que vocês querem comer?- eu perguntei.
- Qualquer coisa.- disse o Pietro e o Diego juntos.
- Ta.
Eu fiz macarrão com queijo pra gente. Depois de almoçarmos eu fui tomar um banho e trocar de roupa coloquei uma blusa velha verde e meu macacão jeans, desci e vi o Diego com um calça velha e uma blusa azul com uns desenhos, o Pietro também estava com uma calça e uma blusa velha que eu dei para ele.
- Hora de trabalhar!- eu disse.
Saímos e colocamos nossa botas. Primeiro, fomos concertar a cerca das vacas, depois escovamos os cavalos, e limpamos o estábulo.... Passamos a tarde inteira limpando e consertando coisas aqui e ali. A tarde passou voando e logo a noite chegou. Depois de um bom banho coloquei um pijama e pedimos uma pizza, ficamos um tempo conversando até que Pietro dormiu no meu colo, depois de um tempo eu também adormeci, antes de me entregar ao sono vi Diego também dormindo na cabeceira do sofá, e ai eu dormi. A noite foi frio mais como estávamos nós três juntos mais duas cobertas sobrevivemos a mais uma noite fria. Acordei no meio da noite quando o Pietro mudou de posição no meu colo, olhei no relógio 5:30 da manhã, eu não queria acordar a essa hora em um sábado mais infelizmente o sono já havia fugido de mim, já que não estava tão cedo decidi levantar logo, tive que ter cuidado para não acordar o Diego e o Pietro. Já era possível ver alguns raios de sol no horizonte, sai na ponta dos pés e fui até meu quarto lavei meu rosto e coloquei uma calça de moletom com uma blusa de alcinha e uma jaqueta por cima. À manhã estava fria, mais os poucos os raios de sol traziam um pouco de calor, resolvi sair para dar uma volta e respirar o ar puro. Sentei em uma cadeira na varanda e vi o sol nascer, acabei cochilando.

LuanaOnde histórias criam vida. Descubra agora