Capitulo 2

41 1 0
                                    

PIETRO EM CIMA 👆🏻
Depois que a polícia chegou fizeram um monte de perguntas eu respondi todas, ainda em estado de choque. Depois de responder as milhões de perguntas dos policiais, eu olhei para a minha casa estava cheia de gente, havia muitos repórteres e pessoas fotografando, eu apenas observava. Derepente senti mãos fortes me envolverem me abraçando por trás. Virei rapidamente e vi Diego, olhando pra mim com uma expressão triste e preocupada ao mesmo tempo. Eu ia falar alguma coisa mas ele me interrompeu com um abraço, era o que eu mais queria naquele momento.

- Eu sinto muito - disse ele.

Eu apenas assenti com a cabeça e voltei a abraçá-lo.
Seu corpo estava quente, e eu me encaixava perfeitamente em seu corpo o que me fez me sentir melhor e esquecer um pouco o que havia acontecido.

-Onde está o Pietro? - perguntei.
-Levei ele pra minha casa, ele estava chorando muito e perguntava o tempo inteiro de você. É melhor irmos pra lá.- ele disse com a voz calma.

Eu me afastei dele com muita dificuldade queria muito continuar lá apenas abraçada com ele. Chegamos em sua casa que era umas duas casas ao lado da minha, antes mesmo de chegar na frente da casa Pietro veio correndo me abraçar eu apenas retribui. Ele se separou de mim :

-A mãe e o pai eles estão mortos?! - ele disse com a voz já rouca e os olhos inchados de tanto chorar.

Eu me agachei ao lado dele, e apenas assenti com a cabeça.
Ele me abraçou de novo e chorou mais forte que antes. Eu queria chorar mais eu não conseguia eu não sei porque, eu apenas ficava de olhos fechados e tentando dirigir tudo que havia acontecido. Eles morreram as pessoas que eu mais amava no mundo, eu não teria mais uma mãe para me dizer "eu te avisei" e nem um pai pra me levar ao altar quando eu me casasse. Já era só me restava Pietro e Diego eles eram o mais próximo de família que eu tinha naquele momento.

Depois que a polícia foi embora eu e Pietro fomos para casa. Diego insistiu tanto em me acompanhar que eu acabei cedendo. Cheguei em casa não havia mais manchas de sangues o pessoal da criminalística já tinha limpado tudo e levado os corpos. Já era tarde.

- Eu vou colocar você na cama Pietro. Amanhã nos conversamos sobre o que aconteceu hoje.- eu disse.
- Tá, mas eu estou com muita fome. - ele me olhou ainda com os olhos inchado e fazendo biquinho.
- Tudo bem... Hm... Que tal.. Um chocolate quente?
- Sim! - ele disse em um tom animado mais logo entristeceu.

Eu fiz o chocolate quente para mim, para Pietro e Diego. Estavamos vendo Tv e Pietro logo adormeceu. Diego levou ele até seu quarto e voltou para a sala e se sentou ao meu lado e me abraçou.

- Você quer falar sobre o que aconteceu?...- ele ia dizer mais alguma coisa mas eu o interrompi.
- Agora não, por favor, eu só quero passar a noite abraçada....com você. - eu disse meio envergonhada, ele também ficou meio sem jeito mas não tirou os braços de mim.

Acordei de manhã ele não estava mais lá, fiquei meio decepcionada. Levantei fui ao banheiro e tomei um banho quente e relaxante. Lavei o cabelo, escovei os dentes, vesti um short jeans e uma blusa de manga longa do Mickey. Sai e fui ao quarto do Pietro ele ainda estava dormindo parecia um anjinho. Sai fechando a porta bem devagar para não acordá-lo, fui ao quarto de meus pais abri a porta e olhei para a cama não tinha mais sangue, os lençóis haviam sido retirados, só estava a cama vazia. Olhei em volta e vi os pertences da minha mãe, e do meu pai. O guarda roupa todo arrumadinho nada estava fora do lugar. Senti uma lágrima rolar pelo meu rosto, e pensei que nunca mais iria acordar e ver minha mãe fazendo o café da manhã, ou que nunca mais iria ajudar meu pai a cuidar dos animais na fazenda. E nem ouvir as reclamações da minha tia. Sai do quarto e fechei a porta devagar, fui até a cozinha e fiz café da manhã. Coisa simples panquecas, suco, e umas frutas. Peguei um pouco e deixei o resto para Pietro. Escrevi um bilhete para ele.

" Fui na casa do Diego, ligue pra mim quando você acordar."
Ps: Tem panquecas no microondas e suco na geladeira.

Deixei o bilhete em cima da mesa e fui para a casa do Diego. Não sou o tipo de garota que fica em depressão por causa disso, estou triste sim, mas não vou me deixar abalar, agora terei que cuidar da fazenda e dos negócios do meu pai e de Pietro tenho que me manter firme por ele. Cheguei lá e toquei à campainha duas vezes. Uma senhora de cabelos escuros e olhos castanhos abriu a porta era a mãe de Diego. A Sra. Luiza.

- Bom dia Sra. Luiza. O Diego está?- eu perguntei.
- Boa dia Lua, eu já disse para não me chamar de senhora me faz sentir uma velha. Me chame de Luiza.
- Desculpe Luiza. - eu disse.
- Assim está melhor. Ele está lá em cima dormindo, pode ir lá.
- Obrigada.

Entrei na casa eu fui correndo pela escada cheguei na porta do quarto dele nem bati entrei logo. Ele estava dormindo como um anjo, ele estava sem camisa só com shorts, seu corpo é bem definido, eu estava encarando seu peitoral, mas desviei rapidamente esse pensamentos. Eu pulei em cima dele e comecei a fazer cócegas nele ele acordou na hora.

- Para! Para! - ele disse em meio a risadas.
- E você vai fazer o que se eu não parar?! - eu disse ainda fazendo cócegas nele.

Ele não conseguiu responder, depois de uma tempo eu parei e me deitei ao lado dele. Nós dois estavamos cansados.

- Eu vou ter que ir a cidade hoje, para cuidar do funeral dos meus pais... Você vem comigo? - eu disse num tom meio triste.
- Claro. Eu só vou tomar um banho, e me arrumar. - ele disse, percebendo que eu fiquei meio triste ao dizer aquilo.

Ele se levantou rapidamente e foi para o banheiro. Eu fiquei ainda deitada em sua cama olhando para o teto e acabei cochilando. Acordei alguns minutos depois e ele ja estava pronto. Estava vestindo uma calça jeans escura e uma blusa preta.
Saímos e fomos ate a minha casa. Chegamos lá e Pietro estava deitado vendo Tv.
Passei por ele na sala dei um beijo em sua bochecha.

- Eu e Diego vamos a cidade. - eu disse.
- Fazer o que? -disse Pietro.
- É.... Nós vamos... Fazer uma compras. - eu disse meio sem graça, por estar mentindo para ele. Não gosto de mentiras mas não ia dizer que ia preparar o funeral dos nosso pais.
- Ok! Volta logo. - ele disse com a voz rouca seus olhos ainda estavam um pouco inchados, ele estava com o pijama do Ben 10, e olhava fixamente para a Tv.

Me despedi dele. Eu e Diego fomos no celeiro pegar a moto, no meio do caminho eu parei e fiquei olhando a poça de sangue que ficou marcada no feno. Senti Diego puxando meu braço. Ele me guiou ate a moto. Ele subiu primeiro e eu fui no banco do carona.
Saímos rapidamente e quando me deparei ja estavamos quase chegando na cidade.
Paramos em frente a funerária.

- Pronta? - ele pergunta com a voz preocupada.
- Sim, obrigado por vir comigo. - eu disse agradecida.
- Me deve uma - ele diz dando um sorriso malicioso.
Eu apenas sorri em resposta.

LuanaOnde histórias criam vida. Descubra agora