Prólogo

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- Só pode ser o destino, Cecília!

Para algumas pessoas existe uma coisa chamada destino. Dizem que se encontramos um cara perfeito, que goste das mesmas coisas que você, isso é destino. Também dizem que se você cresceu com um amigo e em um dado momento do futuro vocês ficam, isso também é destino. O significado de "destino" é simples: tudo que é determinado pela providência ou pelas leis naturais; sinônimo de futuro. Futuro é o que há de vir, e certa forma essas duas palavras dependem uma da outra.

Para mim, destino é uma coincidência.

- Nathalie, não tem nada de destino nisso. – Digo e sopro o vestígio de vapor que sai do meu café.

- Como não? Fala sério! Vamos ver... Você está em mais uma noite "normal", tocando... o que você estava tocando mesmo?

- Caetano Veloso. – Rio.

- Isso! Continuando, você estava tocando Caetano, em mais uma noite normal da sua vida, certo? E aí, quando você acaba, um cara de 1,78 metros, moreno, olhos castanhos, barba malfeita, cheirando a Azzaro che-

- Você está exagerando. – Rio, achava engraçado o fato de Nathalie sempre dar uma descrição detalhada de algum cara sem ao menos ter o visto uma única vez na vida.

- Tá, certo, talvez ele não cheire a Azzaro. Agora, para de me interromper, Cecília! – Recebo um leve tapa em meu ombro, reviro os olhos e ela continua. – Então ele chega em você e diz que na primeira noite que ele vai no seu Jorge ele te encontra!

- Ele era engraçado. – Dou de ombros.

- Qual é o nome dele mesmo? Lucas?

- Leonardo.


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