Enquanto corríamos, uma pergunta não saia de minha mente: Por que?
Embora as lendas humanas dissessem que os caçadores tentavam a todo custo nos matar, era pura mentira, eles nos protegiam e mantinham um perfeito equilíbrio entre todas as especies, mantendo a paz entre nós.
Saio de meus devaneios, eles não me adiantaram de nada, somente quando estiver cara a cara com o líder, que terei minhas tão preciosas respostas.
Eu e Felipe estamos empatados, nós dois possuímos o mesmo tamanho e a mesma velocidade, mas ainda assim eu me esforço para ganhar, sinto meus pelos balançarem conforme aumento a velocidade e minhas patas afundarem mais na terra. E isso me causava uma excelente sensação de liberdade.
***
Quando chegamos a vila dos caçadores, não me incomodei em ser discreta. Entrei de forma brusca, fazendo assim todos prestarem atenção em mim, eu queria repostas e as conseguirias mesmo q tivesse de lutar por elas, Felipe apenas me seguiu.
Parei somente quando estava cara a cara com um ancião q parecia ser o chefe da vila. Não me importei o suficiente em ser educada para voltar a forma humana.
-Me de um bom motivo para não mata-lo aqui e agora- devo adimitir q meu tom de voz foi animalesco e gutural.
Ele nem ao menos demonstrou reação, continuava com uma expressão séria e contida. Então eu ouvi a vibração e dei um pulo antes q a flecha pudesse se cravar em minha cabeça.
Lentamente me virei em direção ao atirador e exibi os dentes em uma expressão voraz.Eu o vi tremer do pés a cabeça, ele deu três passos antes de tropeçar e cair.Comecei a andar em sua direção, então parei abruptamente ao ouvir um chorinho de pavor. Havia uma mulher mais velha, não muito longe de onde o rapaz estava caido, eram muito parecidos, possivelmente a mãe ou uma tia.
Ela me fitava com puro ódio e tristeza no olhar. Ele atacara primeiro, sua intenção era me matar e pelas leis, eu poderia pedir sua cabeça por tal ato ou simplesmente arranca-la eu mesma.
Então notei outra coisa, ele também se parecia com o ancião, talvez o neto ou até mesmo o filho. Ele só queria protege-lo, respirei fundo e me acalmei, eu só queria uma vida aquela noite: a de um ancião que era responsável e não a de um garoto qualquer. Eu tomaria apenas uma vida aquela noite, o culpado por ordenar um ataque que tomará tantas vidas.
-E qual seria o motivo da ameaça?- o ancião soou tão calmo que me deu raiva.
- Seus caçadores invadirão meu território e mataram muitos dos meus- fiz uma pequena pausa enquanto observava o ancião ficar sério- pelo que me diz respeito, não fizemos nada de errado e também não descom...
-Me sigam, esses assuntos não devem ser tratados aqui- devo dizer que não gostei de ser interrompida.
O seguimos até a casa principal situada no meio da cidade. Eu e Felipe continuamos nas nossas formas lupinas, seria mais rápido de fugir se algo desse errado.
Dois lobos gigantescos estavam em seu escritório e o ancião, desarmado e sozinho, parecia estar na praia tomando água de coco de tão calmo.
- Não posso dar a resposta que vocês procuram- começou ele.
- Acabei de poupar a vida do sei neto, você me deve!
- Eu não lhe devo nada! Não terá o que procura comigo.
- Se não começar a contar, contaremos ao conselho o que aconteceu- ameaçou Felipe- e sua vila inteira será destruída.
- Vá em frente, não podem provar nada, nossos corpos desaparecem quando morremos e os seus mortos podem ser justificados com uma guerra civil que não nos foi notificada.
O sorriso que se seguiu foi lento, convencido e maldoso, característico de quem sabe que está em vantagem. E então uma ideia me ocorreu.
- Vamos embora Felipe, ele não vai falar nada.
- Jade?
- Só vamos
- Sabia decisão criança, sabia que não era tão burra quanto parece- e riu de sua própria audácia.
Na saída da vila, eu pensei no jovem que tinha poupado e me concentrado, seu nome apareceu rapidamente. Impondo a mágica da lei em minhas palavras, o que disse em seguida foi uma sentença.- Ravi, venha até mim, invoco, em meu direito, a lei da vida. Enquanto viver ou até que eu diga que não, você será meu escravo. Sua vida e prole são minhas para usar até a minha morte ou a sua. Assim será.
Ravi foi arrastado em minha direção, e todos puderam sentir a magia se agitar e formar um laço inquebrável entre nós. Graças a ter me atacado sem razão, segundo as leis antigas, sua vida era minha, para o que eu quisesse fazer dela.
- Nãoooooooo. - o grito do ancião fez a terra tremer - Não pode fazer isso. É errado e injusto.
- Não só posso, como fiz. É válido e correto. Você tinha razão no final. VOCÊ não me deve nada, ELE sim. E estou cobrando minha divida.
- Te direi o que quiser, não pode levá-lo, por favor - implorou ele- misericórdia.
- Ravi, me diga a verdade, você sabe o que eu preciso saber? Sabe o que o ancião sabe?
- Não minha senhora- começou ele a contra gosto- eu sei mais.- Então caro senhor ancião, eu não preciso mais de você.
A mãe de Ravi começou a chorar, e eu me encaminhei até ela. " Me desculpe, se fez necessário " surrei "será bem vinda sempre que desejar, mas não posso devolvê-ló a você. Cuidarei o melhor que puder dele."
Quando estávamos a 1km da vila, me abaixei e encarei Ravi.
- Suba- ele começou a negar - vai nos atrasar se for de a pé, só preciso saber se aguenta se segurar - ele afirmou e lágrimas de odio escorrerão por sua face.
- Você me tirou tudo. Eu a odeio. Por sua culpa nunca mais verei ninguém que gosto ou amo.- Ele explodiu em um berro poderoso.
- Sua vila agiu errado, 200 dos meus morreram, meu pai foi um deles, nunca mais verei amigos e pessoas de quem gosto. Você é a ultima pessoa que qualquer da minha especie quer ver. Mas se fez necessário e eu não pude evitar, porque me negaram as respostas e preciso delas para evitar que mais alguém se machuque. Então, goste ou não você vai vir comigo, porque você não tem outra escolha. Então suba logo.
- Qualquer um que venha de boa fé, será bem vindo para lhe visitar- começou Felipe- diferente dos seus, os nossos entes amados estão mortos, isso sim, garoto, é irreversível.
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Rejeitada
Người sóiJade foi rejeitada por seu companheiro Felipe o futuro alfa da alcateia lua nova