Victoria
Estava tudo escuro não sabia o que estava acontecendo quando finalmente consegui abrir meus olhos.
Acordei cansada, assustada. Olhei em volta e não reconheci o lugar.
A primeira imagem que com dificuldade consegui focar era um homem, ainda não dava para ver muito bem, porém já sabia que era lindo, tem cabelos castanho escuro quase preto, a pele acho que é branca pois o brilho do contraste com o cabelo escuro me fez piscar várias vezes, abaixei a cabeça para tentar fazer minha visão não arder tanto.Parado em minha frente o moço perguntou se eu estava conseguindo vê-lo, não nitidamente mas sim, entretanto, minha mente confusa me impediu de responder prontamente aquela pergunta e outras que uma mulher baixinha que não havia visto me fez. Assim como eles eu também estava de perguntas.
- Sou o Dr. Felipe Sharman- disse o moço de olhos castanhos escuros penetrantes, sim agora estou conseguindo enxergar razoavelmente bem - a senhorita está no hospital.
Como assim hospital? Eu estava indo pra casa e........ Ai meu Deus, não consigo me lembrar de nada além disso.
- Por favor não se altere tudo ficará bem, está é a enfermeira Juliana - apontou para a senhora ao lado dele - Qualquer coisa pode chama lá pelo aparelho na cabeceira de sua cama -continuou a falar, só pude assentir.
- Terei que me ausentar por alguns instantes, mas voltarei o mais rápido possível - ouvi o doutor dizer e se dirigir até a porta.
- Espere - senti minha garganta seca - alguem pode trazer um pouco de água por favor ? - Ele assentiu e a senhora logo me entrgou um copo cheio de água- ao longe vi o doutor abrir e fechar a porta do quarto e me deixando sozinha com a enfermeira.
- Como se sente senhorita Barcellos? - A enfermeira disse enquanto arrumava as almofadas de um sofá que estava no quarto perto das janelas.
- Me sinto estranha, ou melhor zonza -
levantei a mão com dificuldade e levei até minha cabeça.- O Dr. já deve estar voltando, a senhorita passará por alguns exames, mas não é nada demais, fique tranquila.
- Me conta o que aconteceu por favor, só lembro que estava viajando e agora acordei aqui - falei desesperada, minha garganta arranhava a cada palavra que eu pronunciava. A contra gosto a senhora Juliana concordou em me contar.
A senhora relatou brevemente o que tinha acontecido. Eu estava internada a três meses em coma ocasionado por um grave acidente que sofri.
Um rapaz com pinta de artista, loiro dos olhos verdes relatou que íamos para a casa de seus pais.
Lembrei que marcamos aquela viagem contra a minha vontade, obviamente essa foi uma péssima tentativa de reconciliação das constantes brigas que tinhamos.
Juliana falou que não se lembrava do nome do rapaz, porém achava que era Daniel, ele teve ferimentos leves.
- Pronto senhorita, mais informações e perguntas é com o doutor - sorriu simpática, mas dava para perceber seu nervosismo.
- Acho que isso é muita informação para alguém que acabou de acordar - senti arrepios em minha pele quando aquela voz grave e forte atingiu meus tímpanos, ele fez um leve sinal e a mulher saiu do quarto.
O Dr. Sharman estava parado encostado ao batente da ponta me observando atentamente.
Por algum motivo eu estava nervosa, o médico permaneceu calado por um tempo, um desespero tomou conta de mim, então ele se aproximou e pegou algo em cima de um tipo de bandeja.
- Vou fazer alguns testes para checar os seus reflexos motores - pegou algo que não consegui identificar e passou no meu pé.
- Sentiu algo? - sua expressão era séria, estava concentrado.
- Senti algumas pontadas - o encarei, ele pegou outro objeto e passou em minhas pernas.
- Sentiu algo?- retornou a fazer a perguntar.
-Senti um arrepio - Olhei para minhas pernas e tentei movimentá-las sem grande sucesso, porém consegui mover alguns centímetros com muito sacrifício.
- Não faça esforços, a Senhorita voltará a andar normalmente, porém antes terá que fazer fisioterapia - anunciou - Isto é algo normal - disse guardando os objetos e se aproximando de mim.
- Como assim normal?
- A senhorita passou três meses em coma e em consequência perdeu alguns movimentos, mas com estímulo tudo voltará a ser como antes. - Ele sorriu e eu devolvi o sorriso.
-Tudo bem - Sem coragem de questionar mais alguma coisa olhei para os objetos que ele usou.
- Talvez sua memória irá falhar, daqui a pouco quando descansar continuamos os exames - comunicou.
-Como o Daniel está? Onde ele está? quero vê-lo - as perguntas sairam de minha boca como um tiro, ele apenas sorriu de canto e arrumou as mangas do jaleco.
- Daniel está bem como a enfermeira já lhe disse, logo a senhorita encontrará ele, descanse - quando ele virou para sair.
- Espera! Obrigada por estar cuidando de mim - sorri.
ele assentiu
- Pois bem, este é o meu trabalho - piscou.
Dei um sorriso meio sem jeito, morrendo de vergonha.
-Me desculpa Torrey não consegui me conter foi automático - arregalei os olhos ao ouvir meu apelido sair pela boca do médico.
-Não tem problema doutor - pisquei o olho, disfarcei o assusto.
Ele sorriu e saiu do quarto.
Depois de algum tempo recebi minha primeira visita, meus pais.
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Ooi
Espero que estejam gostando, por favor falem o que acham, se tem que mudar algo ou se tem alguma teoria.
A opinião de vcs é muito importante.Lembrando podem indicar o livro para quem quiser, deixem estrelinhas tbm por favor.
Obg por estarem nessa jornada comigo e como diz a Mia de Calendar Girl "confie na jornada"
Bjss Looh
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Secret Stories - Histórias Secretas (PAUSADO)
Roman d'amourVictoria Barcellos não é aquela mocinha inocente que levou uma vida dificil por perder seus pais quando ainda era criança, pelo contrário, sempre teve os pais presentes, rodeada de tudo o que as condições financeiras da familia de classe média alta...