4- A verdade

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Eu tava ficando apreensiva, com essa história toda, Porque meu irmão me trairia, com esse clã, com Camille e Marcel, quem eram essas pessoas, e por que eles fariam isso?

- Não acha estranho, o fato de todos comerem e você...

- E eu não comer, pois não sinto fome? Sim, Mark me explicou que é uma doença e que eu não posso falar pra ninguém.

- Não é uma doença Emma, você é diferente, você é a nossa lider, a unica que teve coragem de fazer o que ninguém teve, você foi a unica.

- Eu não entendo.- tudo isso tava confuso de mais pra mim.

- Você não se alimenta igual as outras pessoas não é ? Oque você come de verdade querida?- Não sabia oque ele queria dizer, na verdade eu não sabia responder, por que eu não me alimentava, nunca.

- Eu não... eu não como, nunca.

- Como não? É impossivel, a não ser que ele apague tudo depois.

- Apagar oque?- isso não poderia ficar pior não era?

- Quer saber mesmo oque você é Emma?- eu queria?

- Quero.

Então ele deu a volta no sofá e entrou na porta, quando voltou de lá, tinha uma bolsa de sangue, isso me deixou com medo, o que ele ia fazer com aquilo?

- Calma, você está com fome não é mesmo? Seus olhos dizem que sim, eles não estão vermelhos como antigamente.

Ele abriu a boca e duas presas cresceram, que por acaso me deixou fascinada, era estupidez eu sabia, ficar fascinada com duas presas ? Que loucura, mas era a verdade.
Ele mordeu o saco, e começou a beber o sangue, seus olhos ficarão tão vermelhos quanto o sangue, e veias apareceram embaixo dos olhos, ele era, isso mesmo Emma, um vampiro! Mas como isso pode ser real? Essas coisas não existem.
Mesmo assim continuei olhando com a boca aberta, e aquele gosto familiar voltou, percebi que minha boca tava machucada por conta das presas que cresceram dela. Como isso, aconteceu? Eu não podia, oque eu diria pro Mark, e o Gavriel?
-NÃO!

Assim ele parou e ficou me olhando, acho que gritei realmente, a boca cheia de sangue, a presa em amostra, estava como um cavaleiro das trevas, lindo e assustardor.

- Emma, sinto muito, eu assustei você? Não foi minha intensão.

- Você é um ...- Aquela palavra deixava um gosto amargo na boca.

- Sim querida, eu sou um Vampiro, e você também é, acho que isso você já percebeu.- disse apontando pras minhas presas.

Me levantei e fui pro lado direito da sala onde havia um espelho, aquilo era mesmo de verdade, eu era uma também, e ele tinha razão eu estava com fome.

- Se eu sou uma vampira, como eu nunca...

- machucou ninguém? Não sei, talvez ele alimente você e depois faz você crer que isso nunca aconteceu.

- Isso pode explicar por que eu sempre acordava com gosto de sangue na boca, salgado e metálico, nunca dei muita atenção pra isso.

- Vampiros não dormem, isso era ele que fazia você acreditar.

- Como?

- Todos nos temos poder para fazer vampiros ou pessoas acreditar no que estamos falando, mentimos para manter o controle, ele não podia fazer isso com você antes, agora ele faz com seu consentimento.

- Eu não entendo. Então isso tudo que eu vivo é uma mentira?

- Sim, você não é humana, é uma criatura.- e com isso, ele sorriu denovo.- Era o que você mesma falava. Uma criatura, feita pra matar e se alimentar de humanos.

- Eu nunca matei ninguém!

- Você não lembra, mas já matou tantas pessoas quanto eu Emma, e outras criaturas também. Seus irmãos.

- Eu so tenho o Mark de irmão- ele não entendia, eu era uma garota, não podia ser um monstro, sim você é e sempre gostou de ser.

- O Mark não é seu irmão,- oque?- Ele é o seu terceiro em comando, antes dele vem Camille, e você é a lider do clã, o seu irmão é Marcel.

- Isso não pode ser verdade, eu me mudei pra cá, com o Mark por causa da morte do nosso pai, ele mesmo disse isso, e eu sei que é verdade.

- Em parte, eles fizeram isso por causa de seu pai.

- Oque?

- Você matou ele, e seria a lider do clã todo, Marcel não aceitou, quis lutar com você, Camille fez ele dividir o clã em dois. Ela e Mark ficaram com você, nunca entendia porque deixou ela ficar, talvez nunca soube que eles eram amantes, e Mark era um dos seus favoritos - disse isso com uma voz amarga- eu era o segundo de Marcel, tive que ir com ele, mas eu sempre tava com você, depois de séculos vocês entraram em acordo, e assim ficou ate ele conseguir sua vingança.

- Porque eu mataria meu pai? Marcel meu irmão? Não Vitor, eu não deixaria você ir com ele.- falei isso sem pensar, ele me olhou com uma cara surpresa, o que ele era pra mim? Porque eu me sentia atraida por ele?

- Você deva estar se lembrando, mas você me deixou ir com ele por motivos que nunca me contou. Além de teimosa era bem misteriosa em alguns aspectos.- deu um meio sorriso e piscou.

Eu precisava saber se isso era verdade, eu precisava do sangue.

- Traga sangue pra mim, agora.

- Ele vai perceber, seus olhos ficam vermelhos quando bebe sangue, e castanhos quando a quantidade é pequena.

- Eu so quero provar.- menti, eu realmente fiquei com fome, eu queria o sangue, desde o momento que senti seu cheiro.

Ele foi buscar outra bolsa, quando voltou me entregou e ficou me olhando, eu peguei e minhas presas instintivamente cresceram e levei o saco a minha boca.
Aquilo era maravilhoso, o sangue entrando na boca, sugando e descendo pela garganta, o gosto, salgado e metálico era ...
Ele arrancou de mim, pulei em cima dele, e o derrubei.
Ele me olhou e sorriou.

- Vejo que ainda está em forma, não pode beber de mais ele vai perceber.

Eu ia saindo de cima dele, quando me segurou e olhou nos meus olhos, virou e eu fiquei embaixo dele, sua mão subiu no meu rosto , e foi se aproximando pra...

- Não, eu tenho namorado.- isso o maguou bastante, ele me soltou e virou o rosto.

- Eu não sabia.

- E que...- Nem me deixou terminar de falar, saiu de cima de mim, e me levantou tão rápido, que teria me desequilibrado se eu fosse desastrada.

- Você tem que ir agora, não podemos ficar tanto tempo juntos.- eu não queria ir, uma parte queria ficar perto dele, mas ele tinha razão.

- Vitor eu não...

- Você oque Emma?

- Nada, quando vamos nos ver novamente?- não queria falar mais sobre isso, foi tão ...

- Você sabera a hora certa.
E Emma, não deixei ele controlar suas memória, use seu poder, você é mais forte que ele, que todos nós.

Assim ele abriu a porta e esperou eu sair e fechou atras de mim.

Passei o resto da tarde procurando um presente pro Gavriel, eu não podia esquecer nosso aniversario de 5 meses de namoro, era bem bobo da minha parte eu sabia, porém não ligava, eu gostava muito dele.

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