5- Lâminas Mortais

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Após meu encontro com Vitor, passei a controlar minha fome e minhas memórias,  Mark me alimentava durante a noite mas não suspeitava que eu sabia a verdade.
Era o dia do aniversário de 5 meses de namoro com o Gavriel, fomos pro crazy park, andamos na montanha-russa dark e depois comemos pizza.
Trocamos presente, ele adorou o dele era uma camisa autografada da banda favorita dele, o meu era o último livro de uma saga que eu gostava.
Enquanto andávamos ele comentou.

— Você anda tão estranha Emma, aconteceu alguma coisa — como eu poderia falar pro meu namorado que eu era uma vampira, não podia.

— Estou bem querido, foi só enjou do brinquedo.

— Desde quando isso? —  falou sacartico e riu.

— Não sei. — agora sim consegui chamar atenção dele, droga!
Eu tô bem, não se preocupe.

— Você quer ir embora?

— Quero...

Cheguei em casa 00:20 o Mark não tava, eu não teria me preocupado ele sempre fazia isso, mas dessa vez era diferente eu tinha minhas dúvidas. Será que ele tava matando alguém pra conseguir sangue?  Não, para Emma.

Liguei pro Vitor, ele atendeu na primeira chamada.

Emma?

—  Oi Vitor. — ouvi a respiração dele ficar pesada.

— tudo bem? — as pessoas deveriam parar de perguntar isso.

— Eu não sei, posso te encontrar? — ele fico calado por um tempo, pensei que tivesse desligado.

Abre a janela. — Ele entrou feito um borrão na minha frente, mal tive tempo de respirar, Na verdade descobri que eu não precisava respirar.

— O que aconteceu com você? sua voz tava estranha.

— Você não pode invadir meu... — nem pude terminar de falar ele tampou minha boca com a mão e deu uma espiada na janela, em seguida fechou.

— Emma fale baixo tem um laico da Camille a dois quarteirões daqui.

— Então como você entrou? — lacaio?  Ah, deve ser um dos vampiros, não sei se vou me acostumar com isso um dia.

— Ele foi dar uma volta, e eu tava bem escondido aí você me ligo e eu estou aqui. — Ele deu um dos sorrisos mais lindos que eu já vi.
—  Agora me diga por que me ligou?

— o Mark saiu eu não sei o que faz quando sai e então pensei — eu não sabia o que pensar era tão confuso. — Eu queria te ver.

Isso abalou ele, e o pequeno espaço que tinha entre a gente não existia mais.
Ficamos abraçados por um tempo depois ele disse.

— Ele sempre vai encontrar a Camille e o Marcel e só vem durante o dia. Mas sempre deixa alguém vigiando.

— Eu nunca tinha reparado, queria sair. Ele pode ver e contar pro Mark então acho melhor ficarmos aqui é mais seguro.

— Sinti tanta falta de você querida se eu pudesse...

— Por favor,  não diga nada eu não lembro de muita coisa. — ele me olhou triste denovo e eu não queria ver aqueles olhos vermelhos abalados assim tão cedo. — Você não quer me contar mais alguma coisa ? Vai que eu lembre.

Sentamos na cama e ele falou sobre a Camille.

— Camille era uma segunda em comando do seu pai também, então confiava muito nela, mas ela queria o lugar dele ou o seu já que você era a filinha dele a favorita. Ela tinha muita inveja, e influenciou seu irmão dizendo que você seria a única a ficar com o clã todo por que era a princesa do Leônidas, Marcel tantou duas vezes matar você, mandando lacaios.
Um deles fugiu e você não o encontro o outro capturou e torturou até falar sobre o plano dizendo que se matasse você teria privilégios no clã que seria só dele.
"Então tentou falar com Leônidas sobre isso ele não te escutou e mandou você pro outro clã lá você descobriu como você e seu irmão foram transformados.
Seu pai atacou uma vila no país de Gales, matou todos então quando entrou em uma das casas ouviu choros de bebês,  duas crianças lindas um menino loiro de olhos verdes e uma menina pálida de cabelo preto e olhos castanhos claros,  e viu que ainda estavam com o cordão umbilical.
Na mesma hora resolveu que não os mataria, cuidaria de vocês como se fossem seus filhos.
Ele viu uma mulher deitada no chão quando se aproximou ela cravou uma adaga prata com uma estrela e duas inicias, no pé dele, ele arrancou e matou ela ali mesmo no chão e o sangue que jorrou do ferimento do coração se misturou ao do parto que tinha acontecido momentos antes da vila ser condenada. — Quando ele terminou de falar ouvi soluços, quando coloquei minha mão no rosto percebi que eu estava chorando e os soluços eram meus.
Já estava na cama com o Vitor ele me abraçava como se fosse me proteger de tudo. Não podia acreditar nessa história que ele havia me contado que minha mãe morreu com...

Nesse momento percebi que eu sabia que adaga era essa e as iniciais cravadas na lâmina.

— Essa adaga querida irmã, quem nos deixou foi papai para você se lembrar sempre de nossa mãe. — então ele colocou pendurada na sala de estar após eu o ter matado.

— Ela teve gêmeos uma menina e um menino, eramos eu e o Marcel ela me disse que foi o momento mais feliz da vida dela. — Vitor era quem não entendia agora. Mas não pude explicar porque tive outro desmaio.

Depois que descobri toda a verdade sobre papai, resolvi que agiria contra ele. Voltei para TownDark.
Eu tinha que pensar e precisava de ajuda.
Então fui em um dos meus esconderijos, era um prédio antigo ao norte da cidade, tinha vários outros como esse, com 6 andares e poucas janelas.
A sala onde nos encontrávamos era bem espaçosa com vários quadros de vampiros famosos e um no centro da parede atrás do sofá, com os melhores vampiros de caça de papai.

— Você vai me ajudar ou não Vitor?  Ele não pode continuar no comando,  quantas vilas mais ele vai condenar? Eu não posso permitir.

— Emma,  é o seu pai o líder do clã, é o Leônidas um dos vampiros mais temidos de todos os tempos e você acha que vai conseguir seguir com esse plano idiota? — idiota? Não posso aceitar.  Ele não vai me ajudar como eu pensei que alguém iria fazer isso por mim? Logo ele que dizia que me amava.

— Eu lhe contei toda a história ele massacrou minha vila! Matou minha mãe e todos ao redor. Tenho que fazer algo, por mais que o ame.

— Sinto muito Emma.

— Não sabia que você era tão covarde. — Ele ficou triste, porém eu entendia ele, quem iria querer fazer alguma coisa contra papai? Só um louco. E como meu querido irmão dizia eu era uma. — Tudo bem vou agir sozinha, não preciso de sua ajuda.

Foi aí que voltei pra mansão do clã,  todos ficaram surpresos pois só voltaria dali a uns meses, mas eu tinha que agir rápido antes de Marcel e eu sabia dos planos dele o que era uma vantagem.

Acordei com tanta fome que ataquei a primeira coisa que vi pela frente.

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⏰ Última atualização: Apr 10, 2016 ⏰

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