12 Depois de Você

Capítulo 13

Nota da autora

É sempre uma alegria imensa postar o último capítulo. Quem é autor sabe o quão difícil é se desapegar da história e escrevê-la até o final. Espero que durante essa caminhada enorme, desde 12 Antes de Você, a diversão tenha sido garantida. Muito obrigada por acompanharem! (Vejo você na nota final com uma notícia que tenho certeza que irá curtir!)

Boa leitura!

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Falta somente 1 dia para o aniversário de Alyna. Gostaria de poder preparar uma festa com sua família e amigas íntimas, mas na posição em que me encontro, não posso sequer pensar em ouvir sua voz.

Ela havia saído do hospital e passa bem. De acordo com Max, senhor Becker quem deu a ordem de não permitir que eu fosse visita-la. Queria ter um tempo para pensar e aguardar a saúde de Alyna melhorar para então conversar com ela e chegar a uma decisão final. Esperar nunca foi tão problemático para mim. Quero tanto vê-la que a saudade chega a massacrar meu peito.

O dia anterior ao seu aniversário está sendo muito mais nervoso do que há um ano, quando eu imaginava quem seria a minha destinada. Nunca imaginaria que dentre todos os rostos que conheço e que um dia pensei ser minha possível destinada, Alyna seria a única a ficar no meu coração. Depois que cheguei do trabalho, quase meia-noite, aguardei em pé na minha sala, os fogos de artifício que programei na ala J para comemorar o início do aniversário de Alyna. Cynthia havia me garantido que entregaria todas as rosas cor de rosa que encomendei em uma floricultura aqui na A e levaria ela à janela quando batesse meia-noite.

Como planejei, a mensagem de texto que havia programado ser enviada à meia-noite e vinte, quando os fogos cessariam, foi enviada. Não esperava por uma mensagem de retorno, o que foi ótimo, pois ela nunca veio.

Demorei horas para dormir. Devo ter caído no sono às quatro da manhã. Recentemente tenho dormido tarde e acordado tarde. Meus pais, por finalmente saberem da história, não tentaram discutir comigo. Na verdade, me senti até um pouco esquisito ao vê-los demonstrando tanto apoio no meu comportamento. Meu pai pediu que eu tirasse o tempo necessário de folga para voltar a trabalhar; sei que parte de sua ajuda se deve à vontade de ir até a empresa e tomar algumas atitudes com alguns empregados que sempre esteve lhe importunando nos últimos anos. Seria bom deixa-lo mover seus pauzinhos, admito que em questão de decidir sobre novos projetos, meu pai tem os melhores palpites.

Acordei no dia seguinte, mas não abri meus olhos. Queria poder dormir mais um pouco. Não sonhei com Alyna, mas mesmo assim, o fato de não tê-la comigo no sonho não me deixou acabado, o que me parecia uma vida melhor do que essa que estou vivendo agora.

Suspirei e desisti de tentar voltar a adormecer. Abri meus olhos e o teto estava escuro por causa das cortinas blackout tapando toda a luminosidade do dia. Olhei no relógio, 12:00. Um pequeno sorriso surgiu ao me lembrar que ano passado, em 12 minutos eu estaria prestes a encontrar com Alyna. Seu vestido bem passado, os cabelos brilhantes e o perfume cítrico que amo sentir. Ela estava perfeita. Mesmo toda ralada do acidente que lhe causei com minha moto, ela ainda era a mulher mais perfeita que havia visto. Seu sorriso sem graça, a surpresa de me ver depois de tanto me esperar e a timidez que a impedia de tomar qualquer iniciativa eram somente aditivos no que chamo de charme.

Sentei em minha cama querendo viver tudo aquilo de novo. Sentir a intimidade de nossa relação, sendo que havíamos acabado de nos conhecer. Olhei o bolo de cartas abertos em meu criado-mudo e me senti envergonhado por não poder ter oferecido tudo aquilo que planejei quando decidi que a faria feliz nos próximos 12 meses desde quando me conheceu. Me pergunto se a vida dela seria melhor se encontrasse alguém da própria ala J para ser seu destinado. Talvez uma vida tranquila e humilde fosse melhor. Observando a situação, parece que os videntes foram injustos com ela.