Capítulo IV

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IGOR GASPAR voltava da casa do seu amigo Andreas

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IGOR GASPAR voltava da casa do seu amigo Andreas. Era comum nas tardes de verão Igor ir visitar algum coleguinha do colégio e, naquele dia, ele resolveu dar um pulo na casa do seu melhor amigo para colocar o papo em dia (muito mais para jogar videogame, na verdade). Por volta das oito da noite, Igor não quis esperar seu pai ou sua mãe vir buscá-lo e resolveu ir andando. Eram apenas cinco quadras até sua casa. O que de tão terrível poderia ocorrer? O mais provável seria uma bronca mastodôntica dos pais, mas, como de hábito, sobreviveria. Com esse axioma juvenil na mente, Igor andava tranquilamente pela calçada de concreto da Rua Coben Reich.

Faltando duas quadras para chegar a sua casa no fim da rua, Igor foi surpreendido por uma van preta vindo com tudo para cima dele. Ele esquivou-se e rolou para a grama da casa do vizinho que estava às escuras para sua decepção e pavor. Droga! Preciso de ajuda.

Um homem alto e musculoso, trajado numa jaqueta preta e calça jeans, saltou do fundo da van e o agarrou pela cintura. Antes que Igor pudesse gritar por socorro, o homem tampou sua boca e nariz com um lenço encharcado de clorofórmio. O odor do lenço entrou pelas suas narinas e tudo escureceu. 

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DE VOLTA a Central de Dados, Ângela Consuelo ativou seu computador e, digitando alguns códigos, agiu com naturalidade

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DE VOLTA a Central de Dados, Ângela Consuelo ativou seu computador e, digitando alguns códigos, agiu com naturalidade. Era preciso ser rápida. Por sorte, mais de noventa por cento dos registros foram digitalizados e ela não morreria sufocada por quilos e quilos de papel velho. Esta é a boa notícia do séc. XXI: tudo estava a um clique de distância. Ela só precisava digitar o nome completo de Elizabete e localizar qualquer anomalia. O fato de não ser muito próxima de Willian — o Don Juan da colmeia — já a ajudava na sua empreitada particular. Se uma abelha-amiga fosse destruída por um tufão, Ângela sondava a área para não ser vítima também. Após alguns longos segundos, o resultado da pesquisa com o nome de Elizabete surgiu na tela. Ângela leu as palavras-chave de cada arquivo encontrado no banco de dados do CENPE. Leu mais algumas coisas até que, por fim, localizou uma possível ameaça. Com cautela, analisou o arquivo. Era mais que ameaçador. Em choque, percebeu que aquilo poderia ser o seu epitáfio. Tudo fazia sentido agora. Os telefonemas anônimos para a polícia vieram de dentro do CENPE. Há pouco tempo, num momento difícil, Ângela tinha estendido a mão para ajudá-la. Elizabete... vadia desgraçada! Você mentiu para mim, cuspiu.

Juventude Engarrafada - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora