𝚘𝚗𝚎;

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Justin Bieber P.O.V.

As portas do elevador se abriram revelando a enorme sala do meu apartamento onde Barbara limpava usando suas roupas que como sempre eram provocantes. Revirei meus olhos com aquela cena e entrei afrouxando a gravata que havia me enforcado a noite toda. Eu odeio realmente gravatas.

    — Como foi lá no orfanato, Senhor Bieber? — Soou a voz de Barbara, que nesse momento se levantava do móvel o qual estava curvada a limpar quando cheguei. Agora vidrava sua atenção em mim.

Parei no meio da sala me virando pra ela enquanto ainda brigava com a gravata em meu pescoço, fazendo o possível para tirá-la sem desfazer o nó porque eu sempre levava horas para faze-lo, ou tinha que pedir pela ajuda de alguém. Outra coisa que eu sempre odiei, precisar da ajuda de outros. Desisti daquilo e travei meu maxilar respirando fundo numa tentativa falha de me acalmar. Maldita mania de me irritar demais com coisas tão insignificantes como aquilo.

   — Tira essa merda de mim antes que eu a corte ou me enforque de uma vez. — Falei sério apontando para a gravata enquanto encarava Barbara.

Pelo menos a garota era rápida pois no mesmo instante deixou o espanador que segurava e veio me livrar da gravata.

   — Como sabe disso? — Indaguei a encarando de perto esperando ela me libertar daquilo.

   — Sua reunião foi aqui, lembra? Além disso o senhor xingou muito ao ouvir a notícia.—  Ela comentou calmamente me fazendo lembrar do surto que dei em casa ocasionando a ela vários cacos de vidro e papéis para pegar pelo caminho em que passei.

Uma vez livre daquela gravata olhei em volta vendo que Barbara realmente havia feito um ótimo trabalho, afinal, eu havia deixado o apartamento um verdadeiro inferno quando sai a menos de dois dias e agora estava parecendo um imóvel novo. Nunca conseguiria colocar um apartamento daquele tamanho em ordem após um desastre de tamanha proporção quanto a festa que eu havia dado. 

Sorri de lado me lembrando do momento e quando dei por mim os botões de minha camisa estavam sendo abertos pelas mãos espertas da garota, estreitei meus olhos encarando o azul dos delas e segurei seus pulsos sem medir minha força.

   — Que porra você está fazendo? — Indaguei sério soltando seus pulsos com força, os impulsionando para baixo conforme me afastava dela terminando o que ela havia começado sem minha permissão, muito menos meu consentimento. Ainda assim mantinha meus olhos sobre ela vendo que a mesma agora estava desconcertada e abria varias vezes a boca procurando as palavras para se expressar.

   — Eu queria te ajudar, você está cansado e sabe que posso te fazer relaxar do jeitinho que você gosta. — Disse ela após alguns minutos, cruzou seus braços abaixo dos seios o que os ressaltava naquele decote imenso e me lançou um olhar sugestivo. Isso arrancou de mim um riso longo e repleto de ironia em meu tom rouco.

Abaixei a cabeça rindo daquela fala e levei uma de minhas mãos ao olhos os esfregando quando erguia outra vez meu rosto deixando minha mão abaixo do meu queixo, meu cotovelo se apoiava em meu outro braço que estava cruzado em meu peito. Voltei a encara-la com meu sorriso debochado no rosto e meu olhar sobre ela com uma sombra de pena e vergonha alheia.

   — O que te leva a pensar que sabe o que eu quero para relaxar? E o que te faz pensar que tem o que é preciso para me satisfazer? — Arqueei uma de minhas sobrancelhas ao fazer a pergunta.

Então algo me ocorreu e estiquei as duas mãos as balançando no ar como se estivesse negando com as mesmas numa ironia sem tamanho, tanto naquele gesto quanto em minha teatral cara de espanto.

𝙻𝚒𝚝𝚝𝚕𝚎  »  𝙹𝙱  (𝚛𝚎𝚟𝚒𝚜𝚊̃𝚘)Onde histórias criam vida. Descubra agora