𝙻𝚒𝚝𝚝𝚕𝚎 » 𝙹𝙱 (𝚛𝚎𝚟𝚒𝚜𝚊̃𝚘)

1.3

Justin Bieber P.O.V.

Meu dia por completo já havia sido uma verdadeira merda, porém, o que eu não poderia esperar entre toda a merda que eu havia feito, era chegar em casa e ver que até mesmo a minha empregada/fiel escudeira havia me deixado com apenas um bilhete clichê de filme romântico. Numa tentativa falha de me deixar comovido com sua ida, talvez até mesmo achando que após ler aquele bilhete eu provavelmente iria atrás dela. Uma grande pena já que isso nunca viria acontecer.

Portanto, depois de ler o recado deixado naquele pedacinho de papel tudo o que fiz foi amassar o pedaço de papel, grato apenas pela parte em que ela diz o que havia acontecido na noite anterior, e em seguida descartei o papel no lixo da cozinha e sem mais tempo para gastar nos dramas de Barbara fui para o meu quarto.

Bati a porta do quarto com força depois de passar por ela e uma vez estando sozinho ali dentro comecei a travar uma pequena batalha ao tentar desfazer o nó de minha gravata. Podia ser difícil mas nem por isso eu me permitiria sentir a falta da Barbara me ajudando! Ela havia me traído e me deixado no momento em que eu precisava dela, estava mais do que claro que o que havia acontecido durante aquela madrugada não voltaria acontecer nunca mais, porém isso não significava que ela precisaria ir embora daquela maneira, me deixando na mão como me deixou. 

Me sentei na cama desistindo de brigar com a gravata e respirei fundo decidido a deixar todos aqueles pensamentos idiotas de lado e antes que me irritasse ainda mais me levantei com uma calma forçada e fui para a cozinha. Peguei uma tesoura que achei ali e em menos de segundos eu já estava livre da gravata, gravata essa que agora era apenas um pedaço de pano rasgado sobre o balcão da cozinha. Sorri orgulhoso por ter a tirado sozinho comprovando que eu não precisaria de ninguém para me ajudar com aquilo, eu era autossuficiente! Estufei o peito com o meu ego recém amaciado e fui novamente para o quarto para tomar um banho. Afinal, eu ainda tinha uma parte da minha merda para consertar.

(...)

Não era necessário colocar uma roupa muito extravagante, eu nem estava tão satisfeito assim de ter que ir até a casa de uma garota para pedir desculpas. Isso  porque não era muito bem isso o que eu iria fazer, eu sair de casa e chegar na casa dela com algum presente que eu tivesse a certeza que ela gostaria, entregaria o presente para ela, ela ficaria feliz e pronto! "E viveram felizes para sempre." 

O problema era eu criar coragem o suficiente para ir até lá. Não que eu tivesse medo, mas apenas não via necessidade de tudo aquilo. Ela só havia me visto usando drogas, e qual é o problema disso? Muitas pessoas usam drogas hoje em dia, não havia motivos para ela ter reagido daquela maneira. E daí que eu havia xingado ela de algumas coisas meio sem sentido? Eu estava sobre o efeito de drogas! E apesar da idade dela, ela não era tão burra a ponto de achar que eu realmente quis dizer aquelas palavras.

Deixei de lado minha reflexão a respeito de tudo aquilo e vesti a primeira camiseta qualquer que achei pela frente, coloquei um jeans casual, calcei meus sapatos, coloquei o relógio de ouro no pulso e me perfumei. Em seguida enfiei o celular no bolso e depois de arrumar e meticulosamente meu topete sai do quarto a caminho da garagem.

Gastei um tempo escolhendo com qual carro iria até a casa da Molly e finalmente segui para lá. No meio do caminho tive que desviar minha rota e passar em uma loja de joias para que meu plano ainda desse certo. Havia me lembrado do presente dado a ela por aquele tal amigo cujo eu já havia avisado que não queria vê-la junto a ele e, pensando melhor, qual oportunidade melhor do que essa para dar a ela um presente melhor do que o que ela havia recebido dele? 

Sorri com meu pensamento por saber que meu presente seria tão bom a ponto de substituir o dele no pescoço pálido da garota. Estacionei na frente da loja e desci, não estava com pressa mas ainda assim tentei ser ágil na hora de escolher  presente. No fim optei por uma gargantilha de brilhantes por julgar que ela não teria responsabilidade suficiente para ganhar diamantes ainda. Eu sempre havia sido péssimo em escolher presentes, desde que me entendia por gente, então era esse o motivo pelo qual eu simplesmente pegava algo extravagante. E também pois já sabia que era disso que as mulheres gostavam. Luxo e ostentação.