Quantas vezes temos muito a dizer, mas não há quem nos ouça com ouvidos sensíveis?
Procuramos alguém disposto a querer nos entender, mas nada encontramos, e por isso guardamos tudo apenas dentro de nós mesmos.
Numa forma de concretizar o que le...
Possuo uma maneira diferente de aprender as coisas. É como se antes de qualquer ação eu tivesse que errar primeiro para depois então perceber que o certo estava mesmo certo e que eu só precisava ter ouvido o que me diziam ou simplesmente ter enxergado o que estava em meu nariz.
Essa tal de autoconfiança que me cegava, agora serve para que eu me mantenha de pé; para que as vozes lá fora não me influenciem a pular desse penhasco em que eu mesma me coloquei.
O que eu chamava de bobagem transformou-se em uma bola de fogo e que ainda queima muito dentro de mim. Foi como uma faísca caída no meio da palha seca: de início, parecia inofensiva e que não se espalharia, mas a ilusão de que uma chuva cairia nesse exato momento para milagrosamente fazer reprimir a sua vontade de se espalhar, é destruída, de uma vez só, pela verdade em que nada podia ser feito a não ser observar o fogo alastrar-se rapidamente, aniquilando qualquer esperança de possívelmente conter as chamas.
Deve ser por isso a minha falta de ar. Meu coração ainda encontra-se em chamas, meu corpo está sendo asfixiado e ninguém pode me ajudar e evitar que eu morra a não ser eu mesma. Uma tarefa um tanto difícil para quem se encontra sem forças e com poucos motivos para continuar.
Que a força e a facilidade com que eu quebrava a cara, tenha hoje, a mesma intensidade a qual eu preciso para me manter viva durante a vida que me espera.
No fundo; num lugar onde o fogo não chegou e que eu protejo com unhas e dentes, está guardado a esperança de que tudo pode mudar e que as coisas ficarão bem no final se eu fizer bom uso do escudo o qual me foi dado.
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E esta fé, que não é insentivada por seres humanos, é o que me faz ter oxigênio suficiente para prosseguir acreditando no sim em meio a tanto não.
