Heaven's Dead | Larry Stylinson

III

Louis estava nos braços de Harry, completamente vulnerável, mais calmo por fora mas a sua cabeça continuava a precisar desesperadamente de ajuda. E assim ficaram os dois durante muito tempo, em silêncio absoluto, envoltos nos seus corpos. Louis então finalmente mexeu-se, quebrando todos os pensamentos maus que estava a ter e colocou a sua cabeça mais próxima do corpo de Harry cheirando o seu doce perfume e de repente lembrou-se de Amanda que ainda estava em sua casa. E se ela acordasse e se deparasse com o corpo desmaiado no chão? O que é que a pobre menina faria?

-Harry eu tenho que ir rapidamente para casa!- informa Tomlinson levantando-se mas Harry agarra o seu braço.

-Achas que te vou deixar voltar aquela casa sozinho? – Levanta-se também e dirige-se atá a entrada principal de sua casa sem largar o mais pequeno que o seguia de cabeça baixa.

-Espera aqui, eu não demoro nada.- diz Styles e vira-se muito apreçado sem reparar no aceno que Louis fez com a cabeça.

Harry recompõe o cabelo, dirigia-se para o andar de cima para ir pegar num casaco para ele e para o seu menino mas um dos seus escravos apressasse a chama-lo -Meu senhor, estão todos a estranhar a sua demora se me permite dizê-lo.- O homem fala com ele de cabeça baixa numa espécie de vénia.

-Avise-os que aconteceu um imprevisto e que me vou ter que retirar por algum tempo mas que festejem todos por mim. Agradeça-lhes também.- Continuava a subir as escadas e virou a esquerda no enorme corredor. Entrou no seu quarto e pegou num casaco preto comprido que vestiu imediatamente. Pegou noutro mais pequeno para Louis e voltou para perto dele muito rapidamente virando a cara a toda a gente por quem passava.

Descia as escadas a olhar fixamente para Tomlinson, este estava de braços cruzados devido ao frio que estava a apanhar e olhava para o chão esperando que a resposta para as suas respostas aparece-se. Harry coloca o casaco que trazia nas mãos nos ombros do pequeno que nem tinha reparado que ele tinha chegado. Olha para ele e tenta sorrir para ele mas é coisa que não consegue fazer naquele momento. Na verdade, é coisa que já não faz a Harry à muito tempo. O maior levanta a gola do seu casaco que agora lhe cobre metade da cara e leva o seu braço a volta da cintura de Louis que já tinha vestido o casaco que lhe ficava demasiado grande devido a diferença de alturas que era bem notável neles.

Caminhavam num passo apreçado e Louis estava aninhado ao corpo do maior que lhe transmitia calor e proteção o que lhe fez relembrar coisas que se tinham perdido na sua mente. As ruas estavam escuras o que agradava a Harry pois não queria que ninguém soubesse que ele andava a "passear" pelas ruas com Louis aquelas horas indecentes. As pessoas em Salem eram muito mesquinhas e isso deixava Styles completamente paranóico. Ele gostava de ter as atenções voltadas para ele mas só quando lhe convinha.

Ao verem a casa dos Tomlinsons, o pequeno larga-se e começa a correr. A porta estava aberta e havia claridade vinda de dentro da casa.

-Louis!- grita Harry. Este olha a volta para ver se alguém os estava a ver mas para sua sorte as ruas estavam desertas (quer dizer, aquelas ruas estavam desertas pois Salem a noite virava um espaço mundano cheio de prostitutas e bêbedos prontos para acabarem muitas vezes com as suas vidas).

Começa a dar passos maiores e chega rapidamente a casa. Olha para o chão onde se encontrava uma grande mancha de sangue mas não havia vestígios do corpo dono daquele resíduo. Ainda vê Louis a subir as estreitas escadas de madeira e vai atrás dele perdendo-o por alguns momentos de vista. Quando chega ao andar de cima depara-se com Louis encostado a porta do quarto onde se encontrava Amanda a dormir normalmente.

Harry aproxima-se ficando também a olhar a criança que, por sorte, não tinha dado conta de nada.

-Ela está bem.- Harry coloca a mão no ombro do pequeno que instantaneamente olha para ele acenando com a cabeça.