Número 10: Milles Mazzoni

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"Como ousa marchar em direção ao meu coração, oh, que rude da sua parte."

I'm yours – Alessia Cara


Meus desamores nunca apareciam de forma comum e eu sabia disso pelas inúmeras experiências que em nada me provavam o contrário.

Depois de todos eles, me senti uma versão de Qual seu número, de Karyn Bosnak. Diferente de Delilah, eu não queria me casar com o meu 21º namorado. Em minha opinião, já vivera toda a cota de romances possíveis e algo dizia que um décimo amor não faria diferença em todas as contáveis vezes que meu coração havia sido machucado.

Eu não conseguia explicar, mas não havia barreira dessa vez. Não havia medo. Não havia expectativa. Simplesmente não havia nada. Ninguém parecia gostável, por mais bonito, simpático e/ou cheiroso que fosse. Eu não estava me privando, apenas não conseguia sentir mais depois de já ter sentido tantas vezes.

Sempre tive medo do que não podia controlar. Medo do amor. Medo do desconhecido. Medo de sentir o próprio medo. Medo de perder. Milles me fez bem, em compensação, também tive medo. Medo de perder a mim mesma, quem havia me tornado, por sua causa.

Mesmo fugindo de números pares (principalmente os múltiplos de cinco) eles sempre me perseguiam. Eu tinha muitos motivos para não gostar deles.

Sempre preferi acreditar em coincidências. Milles, o número 10, apareceu na minha vida às dez da manhã, quase como um sinal.

Um bom louco sempre justifica sua loucura.


Capítulo incompleto! História acessível apenas para experiência de leitura.

O livro pronto estará disponível para venda a partir de setembro.

Os dez amores de Cece (AMOSTRA)Onde histórias criam vida. Descubra agora