Era de se esperar que o Kaio demorasse. Mas não tanto. Ele ficou no banheiro exatamente 1 hora e 23 minutos, pensei que ele estava morto.
Quando ele saiu parecia que me torturaria até a morte se eu soltasse alguma piada. Admito que fiquei com medo do olhar mortal que ele me deu.
— Vamos? — perguntei, ansiosa.
— Tem outro jeito?
— Não, não tem. — falei, já enroscando o meu braço no do meu primo.
Quando chegamos na garagem pra pegar o carro Sport dele, encontramos a querida da minha irmã, Natalie.
Ela estava de salto preto fechado e com um um vestido preto do Louis Vitton.
— Vai aonde? — perguntou com seu tom mandão de ser.
— Não é da sua conta! — disparou o Kaio.
Eu nem liguei pra briguinha infantil dos dois. Os meus olhos estavam cravados em uma pessoa, muito mais interessante. Conrado.
Eu não tinha notado, mas parecia que ele tinha trocado de roupa depois do almoço, quando abriu a porta do motorista e tirou o seu corpo extremamente bonito do carro, eu confirmei a minha dúvida, e sim ele tinha trocado de roupa, e sim reparei em como ele ficava bonito de shorts jeans na cor mustarda e em camisas pólo verde limão.
— Oi! — ele falou sorrindo, amostrando os seus dentes brancos, alinhados e perfeitos.
— Oi. — falei, nervosamente lhe dando um sorriso amarelo.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Ele me causava várias sensações, sensações muito estranhas. Como toda vez que eu via ele, eu sentia como se em meu estômago um milhão de borboletas estivessem fazendo uma apresentação de forças armadas, bem estilo guardas reais.
Ele era simplesmente o homem mais lindo que eu já tinha visto. Mas foi então que eu me lembrei que eu era noiva, e amava o meu noivo, mesmo não sentido as forças armadas de borboletas no meu estômago quando via o André.
Saí dos meus devaneios quando a Natalie chamou o Conrado, quebrando o até então contato visual entre nós dois.
— Conradinho — chamou em um tom extremamente meloso. — A gente bem que podia ir com os dois palermas no shopping.
— Quem te convidou? — perguntei da forma mais ignorante que pude, mas ela me ignorou.
— Hein, amor? — continuou. — faz tempo que eu não vejo a Carlinha.
Como ela podia ser tão falsa? Ela sempre odiou a Carlinha.
O idiota/lindo/Causador-de-forças-armadas-das-borboletas, perguntou:
— Nós iremos atrapalhar?
A pergunta era pra mim, mas quando ia responder o Kaio já estava falando.
— Tenho certeza que você não irá atrapalhar. — falou sorrindo cinicamente pra mim.
A Natalie deu uma terrível gargalhada, enquanto ia em direção a porta de trás do carro.
O Conrado apenas nos deu um sorriso tímido. Eu apenas sacudi a cabeça, como se estivesse concordando com o que Kaio falou.
Todos entramos no carro. A Natalie e o Conrado foram no banco de trás Kaio foi dirigindo e eu fui na frente enquanto procurava o novo álbum da Kalile, a minha cantora americana favorita. Ela estava bombando tanto na internet, como na rádio.
Quando encontrei, eu coloquei o CD no som interno do carro do Kaio e coloquei "my husband". Essa música me definia naquele exato momento.
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Loucuras Por Amor
RandomSinopse Nasci tendo a minha irmã Natalie como um exemplo. Ela era incrível, até escolher seguir a carreira do nosso pai. Anos depois ela volta, porém sinto que ela não é a mesma, tento me aproximar de alguma forma, porém não muda nada. E o pior é qu...