Antigamente, enterros prematuros aconteciam com bastante frequência, especialmente durante a epidemia de cólera dos séculos 18 e 19. É um pensamento bizarro, mas os médicos da época eram bastante limitados e se você tivesse qualquer coisa parecida com uma gripe, era provável que o doutor lhe cobrisse de sanguessugas.
Os equipamentos médicos eram rudimentares e as doenças como a catalepsia (aquela em que a pessoa fica rígida como uma estátua e parece ter morrido, mas está viva) não estavam nem perto de serem minimamente compreendidas.
Em 1886 uma garota chamada Collins, de Ontario, Canadá, teve uma morte repentina. Algum tempo depois o corpo foi removido para ser levado para outro local e a surpresa: a mortalha estava completamente rasgada, os joelhos dobrados sobre o corpo, um dos braços torcido atrás da cabeça e em seu rosto as evidências de uma tortura horrível.
Um homem chamado Jenkis, morto em 1885 por causa de uma febre, foi normalmente enterrado. Algum tempo depois o caixão foi aberto para verificar se aguentaria uma longa viagem para ser sepultado em outro local (ou precisaria ser trocado por um caixão de metal) e os familiares foram tomados de horror ao ver que o corpo estava de bruços, grandes quantidades de cabelo haviam sido arrancadas e marcas de unha cobriam todo o interior do caixão.
Mas a história mais bizarra é a de Madame Bobin. Em 1901, grávida, ela chegou de uma viagem com suspeita de febre amarela, e doente, acabou falecendo e foi sepultada. Uma enfermeira depois disse que talvez ela houvesse sido enterrada prematuramente, já que não parecia morta – o corpo não estava frio e havia movimento muscular no abdômen. Ao saber da história, o pai de Madame Bobin pediu a exumação do corpo e todos ficaram horrorizados ao constatar que não só ela tinha sido enterrada viva como um bebê havia nascido e morrido asfixiado junto com a mulher no caixão.
As histórias são assustadoras e logo o medo de ser enterrado vivo era tão real que foram desenvolvidos 'caixões de segurança' que permitiam que quem estivesse dentro avisasse o mundo exterior que estava vivo usando algo como uma corda ligada a um sino ou uma bandeira. Um homem de nome Timothy Clark Smith levou a coisa tão a sério que projetou uma tumba especial para si mesmo: havia sistema de circulação de ar e uma janela de vidro que permitia que ele espiasse o mundo acima.
Nos tempos modernos não há mais muitas notícias de pessoas enterradas vivas. Ser enterrado vivo, entretanto, foi usado como forma de punição ainda na era moderna: soldados japoneses enterraram vivos cidadãos chineses durante a Segunda Guerra Mundial e o Estado Islâmico enterrou vivas crianças da seita yazidi em 2014.
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