Quinze anos depois

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Sakura pov's on - Tokyo, Segunda-feira

Após voltar do meu turno, voltei para casa. Estacionei meu carro, saí dele, depois adentrei no condomínio. Pegando o elevador, parei no andar onde morava.

Abro a porta de casa, sentindo um leve cheiro café.

— Todaima — anunciei, tirando meus saltinhos.

— Okairi, okaasan! — ouvi a voz doce da minha filha da cozinha. Caminhei até lá, vendo-a coar o café.

Como ela havia crescido, tinha um corpo bonito, os cabelos negros lisos fortes, e a pele branca. Sarada havia se tornado uma garota atraente. Isso não me surpreende, porque onde ela passa chama atenção dos garotos da sua idade. Parecida com o pai, e sequer dando atenção aos garotos que a olhavam.

Tirei o jaleco branco do meu corpo, e o coloquei na cadeira.

— Como foi o trabalho? — indagou.

— Cansativo. E o colégio?

— Hã... bem, exceto em algumas circunstâncias — levantou o óculos acima do nariz.

— Isso, por acaso, é relacionado a um certo Uzumaki? — indaguei, desconfiada com a mão embaixo do queixo.

Ela ruborizou violentamente.

— É, mas nada de mais — comentou. Às vezes, eu não consigo imaginar o que a Sarada passa no colégio por causa do Boruto irritante que ela tanto reclama. Não consigo imaginar de jeito nenhum, apesar de que, esse Boruto deve ser muito parecido com o próprio pai. 

— Saa-chan, você não está me escondendo alguma coisa, está? — indaguei.

— Não, claro que não... quer dizer, talvez tenha — disse ela.

— Talvez?

— Sabe, mãe, às vezes eu fico pensando, no como meus amigos são tão ligados aos pais, e eu nem conheço o meu...

Eu soltei um suspiro.

— Mamãe, você nunca quis... sabe, vê-lo novamente? E ele, nunca quis me conhecer? — era de uma das coisas que me chateavam, dela querer saber sobre seu pai. Ela não tem culpa do que aconteceu, cedo ou tarde, eu terei de tirar esse fardo que carrego por quinze anos.

— Amor, olha, eu sei o tanto que a magoa — passei minhas mãos nos seus longos cabelos negros. — Mas, eu não gosto de falar sobre isso.

— Tudo bem, é que isso me deixa tão curiosa — contou com os olhos ônix brilhando. Curiosidade, era o que tanto ele esponjava.

— Mas se você quer saber — comecei. — Você já é parecida com seu pai, tanto fisicamente quanto psicologicamente — sorri. Ela esboçou um sorriso e me abraçou.

— Sério que sou parecida com ele? — lá vem ela e sua língua, cheias de perguntas.

— Apesar de ter algumas manias como eu, você tem algumas iguais a dele — sorri novamente.

Sinto meu celular vibrar no bolso, o pego, vendo que era uma mensagem.

Rosada, pode confirmar que eu vou ver minha afilhada? Eu estou morrendo de saudades dela, e de você também. Beijão!

— Hã? Quem é? — indagou Sarada com um sorriso maroto nos lábios.

— Seu padrinho — respondi. — Ele vai passar aqui.

Ela arregalou os olhos.

— Quando? — indagou.

— Ah, ah — balancei o dedo indicador, em negação. — Primeiro meu café e depois sua resposta.

Estar Contigo [CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora