O QUE FIZERAM COM ELE ?

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Três dias se passaram depois daquela conversa no refeitório, eu ainda planejava como convencer o Joaquim a colocar a Ana lá dentro, ficava pensando se ele confiaria em mim, ou se ele me denunciaria para o capitão e me entregasse pra virar cobaia de cientista maluco. Mas então tomei  coragem e me dirigi até o quarto dele, o seu quarto ficava a uns 50 metros do meu, e por algum milagre nunca nos esbarramos, talvez porque ele acordava bem mais cedo do que eu. Era suas 4 horas da manhã, não queria que ninguém me visse conversando com ele para não suspeitarem.

TOC, TOC...

Dei duas batidinhas fracas na porta, que quase não saiu som algum, e por um momento pensei em desistir e arranjar outro jeito, então quando me virei pra sair e voltar pro meu quarto, ele sai do quarto, meio dormindo ainda.

- Quem é ? - ele então boceja.

- Sou eu Joaquim, a Sophia.

- Há oi Sophia, mas o que você está fazendo acordada uma hora dessa ?

- Preciso falar com você urgente, mas não pode ser aqui.

- Então entre.

Então eu entrei, havia uma cama logo a minha frente e ao lado uma pequena escrivaninha com dois porta-retratos em cima, e nas fotos eu via um casal, Joaquim e outra mulher e na outra foto ele e uma criança, mas quem será que era ? será que o Joaquim tinha mulher e filhos ? e no meio das minhas interrogações ele me interrompeu.

- Era minha mulher e filha.- os seus olhos brilhavam e eu podia vê uma pequena lagrimá se formando.- no meio desse caós todo acabei me perdendo delas, estou procurando a meses, mas estou tão ocupado trabalhando pro capitão e tentando proteger esse lugar que acabei interrompendo as buscas, mas ainda não desisti e nem vou.- ele deu uma parada, se retomou e disse-

Mas então o que veio fazer aqui?

- Joaquim, eu passei muito tempo pensando em como te falar isso, e então agora decidi falar.

-  O que será tão importante assim ?

Respirei fundo e falei.

- Preciso da sua ajuda pra fugir daqui.

Ele então riu.

- Para de brincar Sophia.

- Não estou brincando Joaquim, aqui não é um lugar seguro, eu sei dos testes que eles fazem com ser humanos. E não quero ficar aqui nem mais um instante se quer, mas não posso fugir daqui sem ajudar e a única pessoa que pode me ajudar é você.

- Você ta viajando Sophia, não á experiência alguma aqui, esse lugar foi feito para nos proteger e não nos machucar.

- Não Joaquim esse lugar vai nos matar.

- Então tá vamos dizer que você está certa, como você que fugir daqui ?

- Existe dutos de ventilação aqui, que leva para rua , se conseguimos pegar a planta que está no armário do capitão podemos fugir.

- Mas como você vai conseguir pegar a chave que ficar com o Capitão ?

- Eu tenho uma amiga que abre fechaduras.

- Então você quer me ajudar para roubar ?

- Não eu só preciso de você para colocar a Ana la dentro sem que ninguém veja ela.

- Olha Sophia esse lugar não é do jeito que você imagina, fique mais tempo que você verá.

- Achei que você era meu amigo, mas descobri que você só é mais um desconhecido.

- Não Sophia.

Virei as costas e sair. Agora como irei fazer pra colocar a Ana lá dentro ? Vi o dia amanhecer pensando como iria sair dali, sem ajuda de ninguém. Já de manhã eu acordei a Ana e fui ao encontro do Michel, chegamos até seu quarto.

TOC, TOC..

-Michel, Michel, abra porta somos nós a Ana e a Sophia.

Ninguém abria porta, virei a maçaneta, a porta estava aberta, a porta rangiu pois era velha. Mas não havia ninguém lá, seus lençóis estavam embolados, a estantes de livros derrubadas, quando me virei na parede havia alguns respingos de sangue. 

- Aconteceu alguma coisa com Michel.- disse Ana.

- Será que descobriram algo ?

Corremos para o refeitório. Ele não estava lá. Ao lado das escadas que dava para a sala do capitão, havia um guarda, robusto, alto e com uma AK-47 no peito e uma .38 na cintura, e uma pequena faca escondida na bota. Corri em direção dele e comecei a esmurrá-lo e dizendo:

- O que vocês fizeram com ele ? Cadê ele ? Vocês o mataram.

Enquanto eu esmurrava o guarda, o homem de cabelos castanhos, alto, com muitas medalhas no lado direito do peito apareceu la em cima.

- Deixá ela entrar.

- Mas senhor.

- Você não ouviu ? - seu tom era autoritário.

Então o guarda saiu do caminho, eu subi as escadas como uma Leoa querendo atacar. Quando cheguei na porta, o homem abriu para mim.

- Pode entrar.

Ele era cavalheiro, mas eu não me importava em ser educada apenas queria saber onde estava meu amigo.

- Menina se acalme, sente-se.

- Não quero me sentar, quero saber o que fizeram com o Michel ?

- Olha não sei o que aconteceu mas acalme-se vou mandar que procurem saber. Okay ?

- Okay. - então me acalmei, mas estava muito ansiosa.

Ele pegou o rádio e chamou um de seus soldados.

-"Cristian venha imediatamente na minha sala"

- Sim Capitão ?

- Um rapaz desapareceu hoje pela manhã, o nome dele é - ele se virou pra mim e perguntou novamente o nome dele e eu respondi- Michel. É isso, isso Michel, quero que vocês vasculhem cada lugar desse prédio atrás desse rapaz.

- Sim Capitão - o Jovem soldado então bateu continência e saiu.

- Garota pode ficar tranquila iremos encontrar seu amigo.

- Obrigada. Me desculpe por ter entrado assim.

- Tudo bem entendo sua preocupação.

Então fui saindo quando o o homem perguntou:

- Qual o seu nome mesmo?

- Sophia.

- Então se cuida Sophia.

Então abri a porta e sai.

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" Capitão, Capitão, paciente 563, está apresentando, falhas nos órgãos  e não resistirá há O vírus XY." 

Laboratório...

- SOPHIAAAAA, SOPHIAAAA.

- SEGUREM ELE, SEGUREM , ELE ESTÁ SE TRANSFORMANDO. 

A INVASÃOWhere stories live. Discover now