Temos que sair daqui.

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Já com o sol indo embora, eu me dirigir para a sala 214, ficava no final do corredor, lá não havia iluminação. Parei enfrente a porta coloquei a mão na maçaneta e fiquei pensando se realmente era o certo entrar.
Quando a porta abriu de repente:

- Achei que não viria.

- Você deixou um bilhete na minha cama.

- Olha eu sei que você deve estar me achando louco, mas eu não sou, aqui realmente não é um lugar seguro.

O menino andava de um lado por outro, ansioso e confuso.

- Mas como você concluiu que aqui não era seguro ? Você viu algo ?

Ele olhou para mim, respirou fundo, colocou a mão na cabeça e apontou para mim.

- Há duas semanas, chegou um grupo de mais ou menos 6 pessoas, alguns estavam feridos outros estavam bem, eu conheci uma garota chamada Clara, ela me disse que alguns daqui de dentro haviam forçado eles virem para cá, e que alguns dos amigos dela haviam sumido. Mas depois de algum tempo a menina também sumiu.

- Mas você tem certeza que ela apenas não fugiu?

-Você acha que tem como fugir daqui?
Com todos esses homens armados? Olha nós estamos aqui por algum motivo, e eu acho que não é um motivo muito bom.

- Mas você acha que eles fazem o que com as pessoas?

Havia uma cadeira no canto da sala, perto de umas prateleiras empoeiradas, ele se sentou.

- Eles nos transformam em uma daquelas coisas, para poder achar uma cura.

Então minhas pernas começaram a tremer e eu me joguei no chão, e com um momento de negação falei:

- Não, NÃO ELES NÃO PODEM FAZER ISSO, ELES NÃO FARIAM.

O Rapaz se levantou, veio em minha direção, abaixou ao meu lado e segurou os meus braços.

- Calma Sophia, Calma.

- Nós temos que sair daqui.

- E nós vamos, eu tenho um plano.

A INVASÃOWhere stories live. Discover now