A tal festa I - Ele Não.

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Eu acho que não seria má ideia se pelo menos uma vez algo de bom realmente acontecesse comigo. Coisas simples sabe? Quem sabe talvez eu possa rir até minha barriga doer? Ou talvez viajar para longe; conhecer novas pessoas; respirar novos ares. Só não vamos falar talvez para o amor. Mas quem sabe eu pare de ser um talvez..
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— Ah! Por favor Deli... — a menina olhava esperançosa para os olhos castanho claro de Débora.

— Você não vai desistir mesmo Emily? — levantou-se para olhar o céu que estava escurecendo.

— O que custa você ir na festa de volta as aulas comigo? — começou a bater o pé, nervosa, e cruzou os braços. — Nunca te pedi nada...

— Ok, ok! Eu vou Em. Eu vou nessa tal festa. Feliz? — virou-se para olhar a melhor a amiga.

— Ah! Por isso que te amo. — sorriu e deu um abraço na amiga.

A festa era no salão de festas da escola, era enorme, porém não era o bastante para tantos alunos agitados; a decoração estava neutra, preto e branco e com poucos detalhes vermelhos.

Havia mesas com cadeiras, sofás, uma enorme pista de dança; o ambiente estava escuro com luzes de balada e fumaça. Havia também um bar que servia algumas bebidas com pouco álcool e uns salgados e doces.

Débora tinha acabado de chegar e parou um instante para olhar o ambiente ao redor dela, tão bonito e cheio. Ela odiava lugares cheios.

Deli (cujo apelido era a junção de seu nome e sobrenome - Débora Calli - ) usava um vestido preto, de alça, curto na frente e longo atrás, e um salto preto baixo que Emily implorou que ela usasse, estava de cabelos soltos, lisos e naturalmente com cachos nas pontas, na cor castanho escuro.

Ela olhava em várias  direções para ver se achava os amigos.

Até que viu André, um de seus amigos, acenando para que ela se juntasse ao grupo.

— Eae Callizinha! — André levantou-se para abraçar a amiga.

— Eae playboy. — Sorriu. E cumprimentou o resto das pessoas ali na mesa.

Seus amigos eram os mais simpáticos e amáveis que existia. Não poderia querer outros.

Emily, sempre sorrindo, sempre luminosa. Com seus longos cabelos com cachos, castanho claro, e olhos castanho tão lindos.

André o mais engraçado ta turma, e melhor amigo dela, cabelo liso de cor preto, olhos azuis, alem de um lindo sorriso com covinhas.

Eliza era meiga, tinha cabelos negros na altura do ombro, olhos pretos. Linda, divertida, inteligente.

Além deles, tinha também o casal de namorados Jéssica e Pablo. Estavam juntos a dois anos. Pablo era o popular, descolado e o mais humorado da escola e Jéssica nem tanto. O casal mais "clichê" e também o mais lindo. Jéssica era loira, de olhos claros, Pablo com seus músculos, era moreno de olhos castanho escuro.

Esse era o grupo.

Eram estilos diferentes, pensamentos diferentes, modos diferentes, mas que quando estavam juntos formavam um só. Um só ser, uma só equipe.

·A família dos sangues incompatíveis·

Então Deli... Estávamos falando dos novatos da nossa sala. — Emily disse empolgada.

— Alguém em especial? — sorriu, curiosa.

— Tem sim. Depois te mostro. Ele saiu da nossa vista. — Eliza pareceu decepcionada, o que fez Débora achar graça.

— Eu não achei nada de mais. Vocês são exageradas. — disse André um pouco irritado.

— Olha, se você achasse o contrário iria estranhar. — disse Pablo.

Todos riram.

— Vamos dançar? — sugeriu Eliza.

Todos concordaram e alguns se dirigiram a pista de dança.

A música estava animada. Maroon 5. Ambos pulavam e se mexiam aceleradamente na pista de dança.

André e Deli ficaram na mesa olhando a agitação ao redor.

— Porque não vai dançar André?

— Porque você não vai?

—  Não sei dançar. — disse envergonhada.

— Ah fala sério. Vem eu te ensino.

Puxou a garota e foi em direção a pista de dança.

Começou uma música lenta. A Thousand Years.

— Dois para lá e dois para cá.  — sorriu mostrando suas covinhas.

— Nossa! Como nunca desconfiei? — ironizou. — Eu não sei fazer isso.

Rapidamente André levantou Deli e colocou seus pés em cima dos dele.

— Assim... — Disse André conduzido pela música lenta.

Seus rostos ficaram muito perto. O que fez, estranhamente, Deli se arrepiar. Embora não entendesse o porque.

· Eu não posso sentir isso. Não posso me arrepiar. Somos amigos. A-m-i-g-o-s.  ·

— No que esta pensando? — olhou curioso.

— Em... Nada! — gaguejou. · Droga! Não gagueja . ·

— Hum. Quer ir para a mesa? — sorriu triste.

— Você vai me matar?

— Só se for de amor. — riu. E Deli olhou estranho. — Tô brincando.

Os amigos voltaram a mesa, cansados e sorridentes.

— Foi divertido. Mas tô tão cansada. — declarou Jéssica.

— Nem me fale. — concordou Eliza e Emily.

— Deli! Olha lá. O novato sensação. — Emily apontou para a direção que estava o garoto. — Pedaço de mal caminho.

— Pedaço não. Caminho inteiro. — riu Eliza.

Deli se virou e olhou na direção em que todos estavam olhando.

Congelou.

Limpou ou olhos para ver se estava vendo direito. Mas não teve duvida...

Era ele.

· Não pode ser! Ele não. ELE NÃO. ·

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CAOS eOnde histórias criam vida. Descubra agora