A tal festa II - O Beijo.

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Quantos corações estão em guerra agora?

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·Não. Por favor. Ele não. ·

Sentiu sem corpo inteiro começar a tremer. Ficou zonza. Imóvel. Sem palavras.

Estavam tentando processar a situação.

· Como alguem poderia ter tanto efeito sobre outro alguem? ·

— Olha quem perdeu o ar também... — comentou Emily. — Viram? É disso q ue eu estou falando. Ele deixa as pessoas sem ar. — sorriu, orgulhosa de si mesma.

— Você está bem Deli? — André estava preocupado, nem prestou atenção no comentário de Emily.

— Eu estou bem! Obrigada. Eu vou... Vou.. Ali. — se levantou e saiu rapidamente da festa. Como quem queria fugir de alguém.

André, preocupado, foi atrás dela.

— Deli. — gritou, mas não obteve resposta.

Caminhou pelo jardim da grande escola procurando a garota.

Por fim, depois de alguns minutos, achou ela.

Em um canto bem distante e deserto, poucas pessoas iam ali. Havia uma árvore enorme no meio do gramado verde e úmido, com flores vermelhas entre suas folhas, árvore na qual ela estava sentada em baixo, encostada em seu tronco.

Pensativa. Olhando as várias estrelas que habitavam o céu naquela noite.

— Deli... Estou te procurando a um "tempão". Poxa! Não me da esse susto...— falou triste e se sentou ao lado dela.

— Desculpa!

Ele abraçou ela de lado; fazendo deixar no seu ombro.

Ficaram em silêncio olhando as estrelas.

— Sabe quando nosso professor falava "Nunca almeja a guerra. Porém esteja sempre pronto para ela." — disse cortando o silêncio. André a olhava atentamente. — Bem...acho que eu devia ter levado mais a sério.

— Não entendi. O que aconteceu princesa? — a olhou preocupado. — Quer conversar sobre isso?

— Sabe o garoto que as meninas falavam? — ele assentiu. — Então...ele foi meu primeiro amor. Foi a primeira pessoa que me fez amar sabe? Foi meu primeiro beijo. Minhas primeiras borboletas no estômago. Meu primeiro "clichê". Eu dei para ele tudo o que eu tinha no momento, meu coração. Pedi que ele o amasse, e ele o amassou. Da maneira mais cruel e babaca possível. — Fez uma pausa, respirou fundo. —Eu o odeio. — chorou.

— Ei. Não fica assim. Não chora meu anjo. Eu estou aqui. Ele não vai te magoar de novo, nem ele nem ninguém.

— Eu cuidei muito bem para que isso não aconteça mais.

— Por isso não acredita mais no amor?

Pensou um pouco.

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