Capítulo 4

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Após meu banho demorada vou me deitar. Só 30 minutos. Disse eu naquela manhã. Quando acordei estava com o rosto marcado de tanto dormir.
Vou até a cozinha mas ninguém se encontrava na mesma. Será que ainda não acordaram?. Pensei olhando para os lados. Quando eu abro as cortinas percebo que está escuro. Olho para o relógio de parede e percebo que já são 00:00h.

- Pai amado que 30 minutos longos. - falo baixo para não acordar ninguém.
Quando me viro minha mãe está atrás de mim me encarando.

- Oi mãe, que susto você me deu!. - Falo indo em sua direção. - o que faz aí parada?

- Onde vocês passaram a noite?. - Ela fala seria.

Verdade, não vejo minha mãe desde o meu aniversário, eu não podia falar o que aconteceu. Ela já não gostava de Lunna por seu jeito rebelde imagina se ela soubesse as aventuras de ontem.

- Eu sei que chegamos tarde. Eu queria ver o nascer do sol nas montanhas. - Falo olhando para baixo. Não estava mentindo apenas não estava contando tudo.

- Não podia ter pelo menos ligado?

- Perdão mãe, sei que errei. Me deixei levar pelo meu aniversário. - falo com a voz dengosa para ver se amenizava as coisas. E pelo jeito deu certo. Ela me abraçou e foi até a cozinha, abriu um vinho e se sentou, começamos a conversar sobre como foi legal o parque e que deveríamos ir mais vezes aquele lugar. Lógico que não contei sobre Harper. Conversamos até umas 3h da madrugada, quando lembrei que tinha faculdade logo cedo.

- Mãe melhor eu ir me deitar, amanhã tenho faculdade. - falo me levantando do sofá e ficando de pé na frente de mamãe.

- Tudo bem filha, também já estou indo. - mamãe fala também se levantando e me dando um abraço e beijo de boa noite. Subimos juntas e fomos cada uma para seu quarto.

6h15 o despertador do celular começa a tocar, por mais que eu tentasse levantar algo me puxava de volta para a posição inicial. Acho que era meu coberto.
Luto contra meu sono e apenas me levanto, pois acordada eu não estava.
Tomo meu banho de quase 1h (pois eu acabei dormindo na banheira), em seguida coloco uma calça jens, a primeira blusa que vir e uma bota pois estava fazendo frio.
Vou até a cozinha e faço meu famoso sanduba da tia Samanta.
Quando olho pro relógio já são 8h15.
Logo Lunna passa aqui. - penso dando a última mordida no meu sanduba pensando em fazer outro, porém a preguiça falou mais alto.
Termino de me arrumar e fico esperando Lunna vir me buscar escutando música e jogando.
Quando deu 8h50 já estava pensando em acordar papai para ele me levar. Foi então que escutei de longe os pneus sendo queimados e deduzir que seria Lunna, me dirigir até a porta e lá estava ela. Toda descabelada. Pelo menos eu não seria a única.

- Desculpa a demora perdi a hora. - ele fala tentando arrumar seus longos cabelos ruivos.

- Tudo bem. Agora vamos rápido. Estamos atrasadas. - falo para ela apontando pro relógio do carro.

- Ainda não entendo seu medo de carro. - ela fala pisando no acelerador de tal forma que me assusta e me faz pensar na possibilidade de começar a pegar metrô.

Eu tenho ou tinha medo, não de carro mas sim de trânsito. Afinal não é fácil superar o fato de que você ter provocou o acidente a qual fez com que a ex noiva de seu irmão perdesse seu primeiro filho.

- Talvez por trauma de ver você dirigindo, vai que tem mais pessoas como você no mundo. - falo me segurando no banco, pois Lunna estava a toda velocidade.

- Samanta já faz mais de 2 anos. Está na hora. A culpa não foi sua. - Ela fala com um tom de voz sereno.

- Eu sei. Eu sei. E você passou em uma via de 80 Km/h em 180 Km/h. - Falo tentando desviar do assunto.

Marcas Do Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora