Capítulo Um

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Não aguentei esperar até segunda kkkkkkk.

Amo vocês ♥️

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Annie Rodrigues

Lá estava eu na sala de aula, em plena sexta-feira, assistindo à aula de física com a professora Alice, uma piranha que transou com o meu irmão gêmeo Josh. Ao meu lado estavam meus melhores amigos: à esquerda, Lorenzo Silva, um moreno de olhos e cabelos castanhos, que mede quase dois metros de altura e tem um corpo malhado que faz qualquer mulher babar. Ele é muito educado, diferentemente de mim, e seria o namorado perfeito se não fosse tão galinha — não sei como ele aguenta três namoradas ao mesmo tempo. E à direita, Elena Alves. Ela é loira, tem os olhos azuis, é muito simpática e linda.

Nós nos tornamos amigos desde o dia em que eu estava brigando com o Nicolas, quando tinha nove anos. Hoje tenho dezoito, continuo em pé de guerra com ele e os meus melhores amigos continuam tentando me acalmar como fizeram há dez anos. — Annie, será que tem como você prestar atenção na aula? — A professora parou de escrever e olhou para mim.

— Eu não estou falando e nem fazendo nada que atrapalhe a sua aula, então não atrapalhe a minha falta de atenção em você — respondi. Lorenzo e Lena me olharam com de reprovação e eu dei de ombros.

— Annie, se você não quer prestar atenção na aula, não venha para escola!

— A única aula em que não presto atenção é esta, porque sua voz de taquara rachada me irrita — respondi, petulante.

— Annie, vá para a sala do diretor agora!

— Com todo prazer! — respondi, sorrindo, e saí. Em seguida, desci as escadas e dei três socos na porta do diretor. Ele xingou de dentro da sala, e eu ri.

— O que você quer, Annie? — perguntou, antes de abrir a porta.

— Como você sabia que era eu? — perguntei, entrando e me sentando na cadeira que estava de frente para a grande mesa em madeira, onde havia um computador, um porta-retratos da família do Sr. Joshua e alguns papéis.

Ele fechou a porta e se sentou na cadeira atrás da mesa. — As únicas pessoas que socam a minha porta são você e os lutadores. Como a segunda opção está sob os cuidados do treinador, com certeza não eram eles e sim você. O que te traz a minha sala, Annie Rodrigues?

— A professora Alice me mandou para cá. — Dei de ombros.

— E o que você fez?

— Falei que ela tem voz de taquara rachada. — Ele negou com a cabeça e tentou esconder um sorriso.

— Annie, você sabe que eu gosto muito de você.

Assenti, porque sabia que era verdade, afinal ele me conhecia desde que nasci, já que era amigo da minha mãe.

— Então pare de ser mandada para minha sala, senão vou ser obrigado a te expulsar da escola. Eu jurei para sua mãe que cuidaria de você e de seus irmãos, só que você é um caso sério, querida — ele falou com ternura na voz. — Esse mês já é a quarta vez que te mandam para cá e só estamos na segunda semana. Nas outras três vezes você veio com Nicolas, lembra? Por quê? — perguntou com exasperação. — Não entendo essa sua implicância com ele e com a professora Alice. Seu pai já te avisou que se você não melhorar ele vai te mandar para fora do Brasil.

— Bom, com a Alice eu tenho implicância desde o dia em que ela foi pra minha casa de madrugada e transou com o Daniel, me acordando e ao John, por causa dos gemidos.

Ele arregalou os olhos e levantou a mão direita para que eu calasse a boca. — Quando foi isso?

— Foi em abril, eu acho.

Era para te odiarOnde histórias criam vida. Descubra agora