Era para te odiar

Capítulo dois

Jhonatan Rodrigues

Acordei cedo e com dor de cabeça. Tomei um banho, pensando nas coisas que a Lena me contou - estou com muita raiva, mas também estou com pena dela. Assim que terminei, escovei os dentes, vesti minha roupa, calcei os tênis e desci até a cozinha para preparar o café da manhã. Quando estava terminando de fazer o suco, meu pai entrou, todo sorridente. Estranhei, afinal ele não fica assim desde a morte da minha mãe. - Pai, tá tudo bem?

- Tudo ótimo, filho - ele respondeu e me ajudou a preparar a mesa. - Quer me contar alguma coisa? - perguntei.

- Conheci uma mulher... Ela é fascinante, Johnathan - respondeu, sorrindo.

- Fico feliz por você, pai, posso saber o nome dela? - perguntei, alegre com a notícia.

- Ainda não, mas em breve vou apresentá-la a vocês - disse, rindo.

- Apresentar quem pra gente? - Annie já chegou se intrometendo na conversa.

- Para quem eu vou jogar meu charme agora? - Daniel perguntou, se sentando na cadeira e se servindo do suco.

Annie revirou os olhos e meu pai riu.

- Pai, tá sorrindo por quê? Você é o poço da tristeza. - Annie fez esse comentário infeliz para meu pai, que riu mais ainda. Nós nos sentamos e começamos a comer.

- Conheci uma mulher.

- Não sou obrigada a ser legal com ninguém - disse Annie, emburrada. Eu chutei a canela dela por debaixo da mesa. - Ai!

- Pai, cuidado, eu posso conquistá-la primeiro que o senhor, hein. - Daniel brincou e nós rimos. Terminei de comer, me despedi de todos e fui para o restaurante.

Assim que entrei no estacionamento, vi Melissa andando de um lado para o outro, frente à porta. Eu me aproximei dela e a cumprimentei. - Bom dia, Melissa.

Ela me olhou, com alívio. - Bom dia, Jhonatan. - cumprimentou, e acrescentou logo. - Temos alguns problemas.

- Que problemas? - perguntei, seguindo-a enquanto ela entrava no restaurante, dirigindo-se para a geladeira onde deixamos os doces. Melissa abriu-a, e eu vi que estava tudo espalhado, de qualquer maneira. - Quem fez isso, Melissa? - perguntei, já sabendo a resposta. Com certeza, tinha sido o Carlos, ele sempre quis fornecer os doces para o restaurante, mas eu nunca permiti, pois quem estava a cargo disso era a Lena e eu estava bastante satisfeito com o trabalho dela. Ele estragou tudo.

- Eu... - ela hesitou - acho que foi o Carlos, mas não tenho certeza - diz nervosa.

Alguém entrou e bateu em uma das mesas. - Vou ver quem é - Digo e sigo para o barulho.
- Quem é o dono do restaurante? - o homem baixo e barrigudo perguntou.

- Sou eu, por quê? - respondi.

- Recebi uma denúncia sobre os doces desse local, sou da vigilância sanitária - respondeu ele.

- Acabei de chegar e descobri que a nossa geladeira de doces está uma bagunça. Acho que invadiram meu restaurante - eu disse.

- Posso ver?

- Claro. Melissa, leve-o para ver tudo enquanto eu ligo para a Polícia.

Ela assentiu e conduziu o homem até a geladeira. Meia hora depois, a polícia chegou e eu fiz o boletim de ocorrência.

Assim que estive sozinho, convoquei todos os meus funcionários, que no total eram vinte e cinco. - Bom, pessoal, como vocês podem ver, alguém resolveu brincar com a nossa comida. Limpem tudo e depois façam o almoço de vocês. Não vamos abrir o restaurante hoje. Eu irei à empresa que faz os alarmes da loja e, depois do almoço, volto para cá. - comuniquei e saí, em seguida, em direção ao estacionamento.

Resolvi tudo na empresa de segurança e o gerente me garantiu que iriam assumir o prejuízo causado pelo invasor. Em seguida, fui para casa e fiz o almoço dos 'mortos de fome'. O telefone de casa tocou e eu atendi.

- Alô?

- Jhonatan?

- Eu mesmo, quem é?

- Sou eu, Joshua.

- Tudo bem, Joshua?

- Sim. Jhonatan, estou ligando por causa da Annie. Ela vai acabar sendo expulsa da escola.

- O que ela fez agora?

- Alice a expulsou de sala.

- Joshua, pode ter certeza de que vou conversar com ela, mas agora preciso desligar. - Nós nos despedimos e eu corri para cozinha.

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Oi Amores, tudo bom? Espero que sim.
Minha página é Autora Bell Cunha.