Lua

Capítulo 2

Acordei,  feliz eu tinha que começar essa nova vida,  disse pra mim mesma Lua Maria coragem, força. Mas depois da morte de meu pai fiquei sentida mas agora a  morte de minha mãe me deixou sem chão.

Meus pais sempre se amaram muito sempre me lembro dos dois felizes não em recordo em momento algum de ver os dois brigando, muito pelo contrário sempre os vi,  fazendo carinho um no outro, respeito muito lindo,  quando eu tinha 15 anos meu pai que era engenheiro acabou infartando, foi horrível não esperávamos estava na escola,  recebi a notícia fiquei desnorteada, minha mãe nem se fala,  sofreu horrores passou dias  sem comer,  mesmo tentando parecer forte eu percebia sua tristeza.

Durante anos ela sofreu,  quando chegava o aniversário de casamento deles ele chorava a semana inteira,  aos poucos ela foi se consolando   não conseguiu se relacionar outra vez mesmo sendo linda, quando meu pai morreu minha mãe tinha 32 anos muito nova   E  ficou sem ninguém me lembro sempre que eu falava.

- Mãe você precisa arrumar um namorado.

- Eu não preciso de namorado Lua,  ela me respondia com um sorriso sem graça.

Mas eu continuava insistindo por vê la sozinha eu estudava o dia inteiro, saia com Tiago praticamente todos os dias, muitas  vezes dormia na casa  dele  ficava me prendendo pra não deixa la sozinha um dia insistindo pra ela arranjar  um namorado ela me contou a história de como conheceu meu pai.

- Filha não tenho interesse em arrumar um namorado,  seu pai é  e sempre será  meu  amor,  Olhe eu e seu pai crescemos juntos na mesma rua desde pequena eu gostava de seu pai, - ela sorria ao falar dele, seus olhos estavam brilhando. - Eramos namoradinho desde sempre, eu sentia que ele era minha alma perfeita,  quando fiz 15 anos me entreguei ao seu pai por que eu quis, eu o amava mesmo nossos pais dizendo que era coisa de criança,  começamos a namorar com 17  anos tive você foi uma felicidade imensa  eu adorava a lua muitas vezes saia no meio da noite  de minha casa e batia na janela do quarto do seu pai só  pra chama lo pra ver a lua. Ela tomou fôlego  e continou falando- Seu pai me amou de verdade e eu o amei com todo meu ser, quando me entreguei pra ele jurei que iria ser apenas dele,  eu o amo,  sinto esse amor vivo em mim, mesmo que ele não esteja  mais entre nós. Eu desejo que um dia você seja tão ou mais feliz que eu fui com seu pai. Por isso meu amor não quero outro alguém,  seu pai está aqui colocou as duas mãos em seu peito.

Ela se aproximou de mim, colocou um cacho solto que teimava em sair do meu coque atras da minha orelha. Sorriu e disse o que sempre me dizia.

- Lua minha luz.

Depois daquele dia, não toquei mais no assunto de namorado pra minha mãe    eu percebi que o que meus pais tinha era algo lindo que iria além,  do respeito,  além do amor de corpos.

Fiquei deitada olhando as paredes Rosa do meu quarto,  pensando no que faria de hoje em diante,  a casa dos meus  pais está alugada quase não da dinheiro, pois tenho muitas dívidas devido ao tratamento hospitalar de minha mãe, pretendo pagar não sei como com a micharia que é o aluguel,  além de me manter  aqui na casa de Tiago sei que ele em acolheu mas não quero me encostar.

Tenho que voltar a estudar  estou  no último período  de arquitetura  Tenho que terminar mas não faço a mínima ideia de como irei fazer isso,  já que tranquei a faculdade pra comprar remédio. Sai dos meus pensamentos quando Thi bateu na porta do quarto.

- Pricesa! Princesa Malu.

- Bobo, gritei

- Acordada tão cedo! 

- Bom dia!  Meu amor!  Entre estou vestida.

- Aff detestaria te ver pelada. Mas,  te trouxe algo.

- Ahh!!  Bolo!  Assim vou virar uma baleia bolo de manhã  cedo,  te amo sabia.

- Não se acostume e só hoje Mona não sou  seu escravo.

Sorri, das bobagens dele,  todas as idiotices  que  eu estava pensando, se foram,  tomamos café, fiquei um tempo deitada no colo dele conversando,  me atualizando do tempo que passamos separados estudavam juntos até que precisei trancar,  thi ja esta formado e trabalhando,  me sinto tão feliz por ele é como se fosse eu que estivesse assim feliz.

- Malu meu amor, sou escravo preciso ir trabalhar,  vê  se levanta essa bunda gorda da cama, toma um banho,  é faz algo útil.

- Vou tentar levantar,  beijo amorrrrr.

Ele saiu correndo antes que lhe desse um beijo.

- Bobo!  Te beijo quando eu quiser,  se continuar fugindo de mim,  quando te pegar te beijo em dobro. Bom trabalho!

Sai correndo atrás dele,  mas ele foi mais rápido,  bateu a porta da frente fiquei sorrindo,  estava esquecida de como era ser uma pessoa normal,  aquele hospital  varios dias  com  minha mãe,  estava me transformando em um zumbi.