||When Two Paths If Intersect.||[>Camren, Jerrie<]||

Only us.

Lauren's Point Of View.

Acordei um tempo depois, Camila já não se encontrava mais ao meu lado. Tento me levantar, mas desisto ao ver tudo girar. Sinto minha cabeça pesada, todo meu corpo dói. Me sinto fraca, como se tivessem sugado todas as minhas forças. A porta do meu quarto é aberta. Me encolho na cama, mas praguejo-me ao fazer isso, pois sinto vários tipos de pontadas e dores por todo corpo.

- Você já acordou! Hey, Laur, sou eu. Fica tranqüila. - Pude ouvir a doce e suave voz de Camila, e sua mão segurar a minha, apertando levemente.

- Oi. - Respondi.

- Como está se sentindo? - Ela olha as máquinas, meu corpo, toca em mim e anota algumas coisas em sua prancheta.

- Com dor. Muita dor. - Tento respirar fundo, mas paro.

- Isso é normal, mas estou fazendo de tudo para que elas passem. - Ela me lançou um sorriso singelo.

- Obrigada. Quando posso ir embora? - Só essa ideia já me apavorava, eu não sabia o que seria de mim. Com certeza não voltaria para casa, não sei sobre o paradeiro de Zayn, e não me arriscaria a tal ponto. Não tenho contato com minha família e também não tenho dinheiro para voltar para casa, minha verdadeira casa.

- Ei, mocinha. Vamos com calma, você ainda não está 100%, ainda falta muito para se recuperar. Não vai se ver livre de mim assim tão rápido. - Ela brincou, e ri.

- Não quero me ver livre de você. - Falei baixo.

- Que bom, porque eu também não quero. - Parece que ela ouviu. - Já falou com algum de seus familiares? Eles devem estar preocupados. - Abaixei o olhar, e teimosas lágrimas caíram. - Laur? - Levantou meu rosto, fazendo-me lhe encarar. - Ai, meu Deus. Foi algo que eu disse? Me perdoe. - Neguei freneticamente. Ela me abraçou, me confortando em seus braços onde eu me permiti chorar mais um pouco. - Você precisa manter a calma, não pode ter fortes... - Fomos interrompidas por batidas na porta. - Entra. - Camila autorizou, encostando minha cabeça em seu busto, acariciando meus cabelos.

- Camila, podemos conversar um minuto?! - Um médico, pede, após pôr a cabeça dentro do quarto.

- Claro. Já volto, Lolo. - Quando a mesma me chamou assim, entrei em uma espécie de transe nostálgico. Só minha família me chamava assim, papa, mama, Chris e a TayTay. Meu peito ardia em saudade. Como seria se eles estivessem aqui? O que eles pensariam? Como agiriam? Tenho certeza de que iriam me apoiar, e me dar todo suporte do qual preciso para passar essa fase.

Papa estaria correndo atrás de Zayn, com sua inseparável bebê (vulgo sua quatro milímetros), e Chris estaria em seu encalço, ajudando-o. Mama estaria aqui comigo, assim como Taylor. TayTay se faria de forte, me abraçaria, seguraria minha mão e enxugaria minhas lágrimas, enquanto mama, iria se desfazer em um choro forte, lamentações e pedidos de perdão, mas também não sairia de perto de mim, e me consolaria quando eu novamente voltasse a chorar. De noite, Chris e papa estariam aqui, com os olhos marejados, mas mantendo a postura de homens da família, ao mesmo tempo em que me abraçariam e me distraíriam. Mas isso não iria acontecer, eu estava sozinha, perdida e sem rumo, somente a espera de um milagre.

Camila's Point Of View.

Quando Marcus me chamou para conversar, logo fiquei com um pé atrás, sabia que dele coisa boa não poderia esperar. Deixei Lauren sozinha no quarto com pesar, mesmo sendo errado eu já tinha me apegado a mesma, e tinha sentimentos muito fortes sobre ela. Segui, Marcus, até um canto.

- Camila, agora que você é responsável pela paciente, e deixou claro que qualquer coisa sobre ela fosse comunicado à você, quero te informar que tem dois policiais que precisam colher o depoimento dela. - O encarei, surpresa.