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Peguei na lanterna que estava debaixo da secretária, e apontei-a para a abertura, totalmente a descoberto. Acendi-a, e vi os olhos verdes e grandes de Toy Bonnie. O que estava a acontecer? Os animatrónicos estavam como que a ganhar vida?
Tinha de me esconder...! Atrás de mim, estava uma máscara de uma das personagens animatrónicas, Freddy. E tive uma ideia - poderia usar aquela máscara e confundir o sistema de reconhecimento facial de Toy Bonnie. Assim, ao menos, ele iria para outra sala.
Sentei-me, imóvel, na cadeira, com a máscara na cabeça. Ele entrou no escritório, ergueu-se da ventilação. Dirigiu-se a mim.
-Vá lá... Vai-te embora... - dizia repetidamente para mim.
Ele olhou para os meus olhos, através dos orifícios da máscara. Senti um arrepio passar pelo corpo, os olhos verdes e sem vida daquela coisa a olhar nos meus.
Ele foi-se.
Estava a salvo. A máscara tinha funcionado... Respirei fundo de alívio.
Olhei para o monitor.
Um sinal de alerta aparecia no canto inferior.
A caixa de música!
Procurei rapidamente o botão... Já não parecia funcionar mais. A caixa estava aberta, cordas e fios pendurados sobre ela.
-Raios, Noah vai-me matar... Vou ser despedida no primeiro dia de trabalho - subitamente algo aparece e desaparece do ecrã. Algo vinha de novo a mim.
Peguei com confiança na máscara. Com ela nada podia me acontecer...?
Pisquei os olhos...
Algo veio em minha direção rapidamente, agarrou-me pelos braços e levantou-me da cadeira, puxando-me por cima da mesa onde estava o monitor. Levantou a máscara violentamente. E tudo escureceu.

"Promete-me."
"Eu prometo. Mas só desta vez."

Abri os meus olhos, estava deitada sobre o chão. Peças metálicas em meu redor, mas demasiado escuras para saber o que eram exatamente.
Subitamente, a luz entrou por aquela sala. Uma porta abriu-se, em frente dela estava uma silhueta esguia, que lembrava um dos animatrónicos do lugar pelo que pareciam um par de orelhas de coelho.
-Já são seis da manhã, devia ir para casa descansar... Ah, e aqui tem a sua carteira, encontrei-a no escritório.
Levantei-me, a cabeça doía-me. Caminhei até à luz, até à sombra... Ela deu-me a mão e ajudou-me a ir lá ter.
O que tinha acontecido? Como estava ali... Lembrei-me. Os animatrónicos. A noite.
Peguei na minha carteira, que a misteriosa sombra me deu estendendo a mão, parte de mim aterrorizada e outra querendo sair daquele lugar. Antes de reagir, ela desapareceu misteriosamente.
Saí dali o mais rápido possível. Corri pelo corredor, passei pela sala onde o palco ficava. Eles estavam lá, imóveis, como se nada tivesse acontecido. Olhando-me com os seus olhos sem vida. Segui até à porta principal, e antes de sair de vez, a mesma misteriosa figura vi ao fundo. Nunca cheguei a vê-la bem, além disso os meus olhos ardiam e tinha a cabeça às voltas.

Fui a correr para casa. Não queria passar nem mais uma noite naquele lugar.
-O que aconteceu à tua cara? - a minha mãe perguntou, olhando para debaixo do meu olho direito. Passei a mão, e senti um corte já com o sangue a secar sobre a pele. Os meus braços estavam também com alguns arranhões e cortes, mas menos e menos profundos.
-Caí no caminho para casa, não é nada demais.
-Espero bem que tenha sido isso. É bom que não sejas despedida na tua primeira semana.
Mentiras. Eu sabia bem o que acontecera.
O melhor seria dormir à tarde e preparar-me para mais uma noite. Como estava cheia de medo para aquela próxima noite...

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E foi isso :3
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Seventh - FNaFOnde histórias criam vida. Descubra agora