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6h00 am

De volta a casa. O que se tinha passado naquela noite? Não fazia ideia, mas ao menos tinha metade daquela noite sem correr o risco de morrer... Tudo porque Shadeen me protegeu.

Aquelas coisas pareciam ter algo de humano dentro delas. Impossível. Pensei em me demitir daquele emprego. Não... Tinha de perceber o que se passava naquela pizzaria.

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???
-Ela deveria estar morta já hoje... Tenho um plano. Digamos que... Um dos animatrónicos precisa de "atualizações".
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A mesma rotina de sempre, mais leituras e projetos de férias de manhã, corrida ao quarteirão, uma salada para o almoço, descansar a tarde toda.

"Um dia serei como um deles."
-B-bem vindos ao..... f-fantasia e di-diversão...
-Não era o teu sonho? Agora podes subir ao palco e ser uma estrela, como eles.
Não via quase nada. Tentava mexer os meus braços, mas nada acontecia.
-Agora és como eles!

Acordei, não tinha passado de um sonho. Olhei para os meus braços, eram os meus, estava tudo normal. Tinha sido tão real... a ideia do que se passara estava tão nítida e presente, a sensação de ser um deles, da minha alma ter ficado separada, e os fios e peças metálicas por dentro do meu corpo.
Tomei um duche rápido, descasquei uma maçã e esperei que fossem horas de ir trabalhar, via televisão. A minha mãe não estava em casa, pois estava a fazer horas num lar de idosos, como empregada de limpeza. Quanto ao meu pai... Ele também nunca está connosco.

11h45

Saí de casa, fui para a pizzaria, sem saber mais o que me esperava.

Meia-noite, entrei no edifício e pousei a minha carteira na mesa do escritório. Shadeen deslizou pela ventilação esquerda, e levantou-se rapidamente.
-O-oi Mara... Eu... Balloon Boy empurrou-me pela ventilação... -ouvi um riso infantil e agudo, vindo de outra sala. -Ah! Trouxe-lhe um cupcake... pedi a Toy Chica para o fazer - ele entregou-me uma caixa de cartão. Abri-a, e lá estava um cupcake com cobertura cor-de-rosa.
-O-obrigada!
-Não custou nada... Então... S-somos amigos...?
-Claro!
Shadeen mostrou-me cada lugar da pizzaria, menos uma sala, fechada por uma porta de metal que parecia ser bem resistente. Lembrei-me do meu sonho, era uma sala com uma porta parecida àquela.
-Ninguém, nem sequer eu, deve entrar nesta sala, segundo Marionette. É melhor acreditar, pois ela viu coisas que mais ninguém viu.
Aquilo deixou-me com várias questões, uma sobre a sala, e várias sobre Marionette, que parecia fisicamente ter cerca de oito anos e que adorava fazer trancinhas no meu cabelo, chatear Balloon Boy e levar-me ao seu "pequeno mundo" (palavras dela para a caixa de música).
Tentei perguntar-lhe sobre essa sala, e ela apenas me disse:
-Regras do Freddy's.

Nada mais aconteceu de especial pelo resto da semana, e comecei a pensar que essa coisa de parecerem ter algo de humano era do seu sistema mesmo. Que tudo o que acontecia de mal era erro no circuito. A sala era apenas uma sala. E, no fim da semana, recebi o meu ordenado... O manager sortia de uma forma artificial para mim, enquanto me passava o cheque.

Segunda-feira, depois de um fim-de-semana de folga, voltei lá à meia-noite.
Uma nota estava na minha secretária.
"Vem ter àquela sala. -Shadeen"
Estava escrito numa letra quase impercetível, e antes da assinatura estava outra, riscada e escrita depois à frente.
Achei estranho ser aquela sala, mas decidi lá ir ter. Shadeen deve ter preparado alguma surpresa...Pensei.

Parei em frente à porta metálica.

Mas ninguém lá estava.

-Shadeen?

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⏰ Última atualização: Mar 07, 2016 ⏰

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