Quatro - A história mal contada

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O pai de Molly estava alí na porta do quarto e ele me olhava com uma expressão de alívio mas ao mesmo tempo preocupado, será que era por causa de meu rosto pálido?
Ele falou:
_Você está bem? Fiquei sabendo do acidente e...
_Está tudo bem, não se preocupe, mas queria sair logo desse quarto... Mas calma sua filha está bem. O senhor sabia o que ela estava passando na escola?
Eu vi uma lágrima caindo em seu rosto, pobre homem. Falei:
_Eu a protejo muito, antes desse acidente... Ela apanhou muito mas eu cheguei lá e quase acabei com a vida das pessoas que iriam fazer algo. Mas o por que das mangas longas?
_Ela não te contou né? Ela é uma suicida meu caro Simon, uma vez peguei ela na banheira sangrando quase morreu...
Eu senti um gosto salgado em minha boca, eu estava chorando? Por que? O que está havendo comigo...
Eu falei:
_Eu... Sinto muito, não sabia mas ela ta feliz, você está vendo isso, ela não fica assim faz tempo não e mesmo sr Paquette? Eu protejo ela no que der e no que não der... Sabe o que é ser triste e infeliz... Você sente um vazio que nunca acaba...
Eu vi minha mão tremer e sem querer soltei um palavrão. Porra eu tou amando essa garota, não é pelo dinheiro nem nada disso. Ela é tão linda pra mim. O Marty chegou em mim e falou:
_Essa carta é pra você... Sim eu sei quem é seu pai de verdade... Mas eu e seu pai somos amigos de longas datas.
_Mas que porra você está falando?
_Eu e seu pai... Eu já ajudei seu pai, diversas vezes quando ele estava com feridas ou quase morrendo de hemorragia, Jeff é um filho da puta as vezes mas é uma pessoa com bom coração mesmo tido vários problemas com ódio e assassinatos mas ele te ama muito. A Jane nem se fala, acho que ela sofreu muito quando teve que te deixar naquela porta. Bom tenho que voltar ao trabalho, cuide bem dela e quase me esqueci trouxe um lanchinho pra vocês dois.
Ele saiu por aquela porta e Molly tava quase acordando, eu dei um beijo na testa dela e ela sorriu mas aquele sorriso tinha me libertado de meu inferno, todas as coisas ruins que fiz a mim mesmo. Levantei e me troquei preparando para ir pra casa, droga eu tenho aula hoje, ela me viu apenas sem a camiseta mas sabia qual iria colocar, uma branca com o número maior que eu uso e falei:
_Vamos pra escola mas eu vou com você.
Vi o médico conversando com meu pai e fui para fora com minha mochila, acho que foi minha mãe que trouxe ela.
Chegando na porta do hospital vi um carro parado na porta e vi um homem com um terno e falou:
_Senhorita Paquett, está pronta para a escola? Ahhh vejo que a senhorita tem uma visita, prazer meu nome e Hedigar.
Ele me estendeu a mão e vi uma tattoo em seu pescoço mas não reparei muito e comprimentei ele.
Droga estávamos quase na escola mas ela segurava minha mão parecendo que não queria que tudo aquilo acabasse. Ouvi um sino tocar, aquele era o sinal para minha nova vida... Meu novo rosto... Quando abri a porta do carro todos viram eu saindo e com a Molly ao meu lado, eu era muito grande tinha uns 1,85 metros já ela 1,65 metros. Aqueles olhares pra mim acho que tinham medo de mim agora.
Ninguém mexeu com Molly nem comigo, nem minhas ex me olharam acho que não era mais o que fui antes.
Quando chegou no último horário eu peguei a mochila e me sentei no último lugar e vi Asheley com seu novo namorado, senti uma fúria satânica fluindo em mim, senti um leve gosto de sangue em minha boca ela estava falando de mim, não podia negar, mas ouvi o nome de Molly no meio... Droga de novo aquela fúria, acabei saindo da sala correndo e fui ver onde ela estava, era um alívio ver que estava bem mas via uns garotos falando do cabelo dela e do jeito dela.
Bati na porta e falei:
_Com licença professor, ahhh Molly poderia está dispensada nesse último horário?
_Claro, o pai dela falou de você, enfim Molly pegue suas coisas e pode ir.
Ela veio até mim e vi um sorriso lindo dela, vi um menino atirar um livro nela e atingiu em cheio, todos da sala viram aquilo, peguei ela e fui até a mesa daquele filho da puta e falei:
_Pede desculpa agora ou depois resolvemos.
_Ahhh cale a boca seu emo, olha só você, com essa cara pálida, parece que se queimou igual o Jeff The Killer, patético.
Serrei meu punho e mandei um soco na cara dele e joguei ele pela a sala. Aquele desejo estava comigo mas estava mais forte, ouvia todos gritando por mais.
E fui caminhando até lá, e ele preparou um soco em mim, caralho esse soco doeu e não foi pouco.
Falei pra ele:
_Peça desculpa pra ela.
_Não vou, ela merece, todos vocês emos merecem.
Peguei ele pelo cabelo e comecei a meter a cara dele na parede e via ele sangrando e eu rindo. Molly gritava para eu parar mas o desejo de matar era grande até que vi uma moça de cabelos negros lá fora.
Peguei minha mochila e fui correndo pelo corredor Molly falava pra eu parar e esperar.
Ela falou:
_Calma Simon, por favor, aquilo ele merecia, não fique assim.
_Porra, o que eu fiz. Olha só minhas mãos.
Ouvi a porta abrindo e era ela Jane estava lá, Molly não acreditava que ela era real. Jane falou:
_Sabia que não ia demorar muito filho.
Molly gaguejou:
_Fi...filho?
Jane foi até ela e falou:
_Sim ele e meu filho, e está igual o pai, e você menina quem é você, já sei deve ser filha do Marty Paquett, saudades dele. Bom temos que ir...
Eu vi tudo indo agora estava caminhando para minha nova vida, olhei pra trás e gritei por ela, eu falei pra ela vim com nos e assim foi.

Psicopata ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora