"Que tal darmos um passeio no inferno"

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Meu corpo havia derretido, então vi meu esqueleto brilhando verde, foi uma visão grotesca eu me vi morto, você sabe o quanto isso e estranho, (Bem eu ia fazer surpresa mas a partir daqui posso dizer que você já sabe quem sou eu e quem e Adams então vou contar oque aconteceu comigo apartir daí) ver seu esqueleto... Era assustador tão assustador quanto ver Luiza chorando ainda amarrada pelas teias... Ninguém ía salvala então eu (que estava planando como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo) sabia oque deveria fazer eu fui até o Complexo de teste e tentei chamar ajuda aí eu me toquei... "Seu burro, você morreu! Ninguém te escuta..." imediatamente me surgiu uma ideia.

XT1 havia percebido alguma presença, mas não me via nem escutava, me concentrei para ver se mechia qualquer coisa que estava na bancada - *huuuuuuunnnnn - Un - un - fiz um barulho que parecia um carro tentando pegar, aí a chave de fenda vôou e acentou a parede ficando cravada em puro concreto, me espantei um pouco e XT1 também.

"Se eu consegui cravar uma chave de fenda no puro concreto, eu posso fazer isso" pensei alto, e derepente num movimento quase digno do último mergulho de um kamikaze me "encorporei" com o XT1 este fez alguma resistência mas logo o dominei, e corri o mais rápido possível para salvar Luiza.
Cheguei até ela, á celula estava cheia de Primordium as portas ultra resistentes estavam estufadas e rangendo e num ato corajosamente covarde peguei ela e sai em disparada.

Olhei pra trás, as portas que faziam parte da célula estouraram e quase que me esmagaram, se "eu" não tivesse me escorado na parede do túnel "eu" teria sido partido ao meio e a Luiza também, rapidamente avançei o túnel,que parecia que ía desmoronar a qualquer momento.

Prosegui até o laboratório e acessando o computador central ascionei o alerta de vazamento de radiação, e imediatamente o processo de evacuação se iniciou, quando todos saíram Fechei todas as células e o complexo de teste e graças a uma saída de emergência consegui tirar Luiza a tempo ( Ah e você quer saber oque aconteceu com o doutor, não é??? A quele folgado ficou dormindo o resto da tarde aí, eu tive que voltar pra salvar ele)

Chegando a superfície pude rever de longe a cidade, cheia de prédios e arranha-céus, vários aviões e também carros... Queria ver meus filhos, mas não podia, desencorporei, e um vórtex de fogo surgiu na minha frente acenei sem dizer nada, pois eu ia fazer de tudo pra voltar pra terra.

Dentro daquele vórtex vi várias almas quase como eu, só que eu estava intacto e eles... Bem eles estavam sendo queimados pelas brasas e pelas labaredas que dançavam ao nosso redor, elas gritavam e só estava sem entender muito oque estava acontecendo comigo,(no meu antigo trabalho já visitei muitas vezes esse lugar, só que de maneira involuntária.)
Vi o outro lado do vórtex era um tipo de corredor com vários demonios menores,

- Heeeeeeeei Adams está por aqui denovo ?!?! Vejo na sua fixa que e de forma definitiva hein?!?!? Então no que você se meteu? Tinha alguma criança envolvida... *Uuummmn - ele me bombadiara de perguntas mas eu não respondia, era como se estivesse empinotizado - *Eeelvhissh - fez a língua bifurcada e grotescamente grande do pequeno demônio menor quando ele abriu a boca e a mesma chicotiou sua cara, arratou-se até a orelha e se contorceu dentro da orelha tirando um tufo de cera de ouvido, rapidamente ele recolheu sua língua como se fosse um petisco delicioso. E então ele olhou para mim com um olhar malicioso como se pensa-se: "Eu sei que ele não pode responder, mas e tão bom tortura-lo assim".

Então percebi que meu "corpo"(alma) estava voltando a ter mobilidade, movi o pescoço com dificuldade e falei baixo, mas audível para o pequeno demônio comedor de cera: - Q-quem... É você?... E... Como eu saio daqui? -

Ele ficou um pouco imprecionado se virou e respondeu: - Está vendo aquilo alí atrás de você? AQUILO é um dos Portões Infernais, quando você passa por elas não a como voltar, seu grande idiota, aqui e o inferno e não uma "prisão de almas voluntária".

O lugar era familiar mas eu não me lembrava o porque, até a quele demônio goblin(escroto pra cacete) era familiar, então eu o observei melhor: ele era baixinho, batia no meu joelho, tinha a cabeça grande e parecia uma junção de goblin e um anão ruivo muito feio, seu cabelo era um dreadlock perfeitamente colocado para trás, e no seu queixo pontiagudo tinha uma barbicha pontiaguda, ele era vermelho- vivo e vestia um mini-terno preto, calsava chinelas de couro marrons, e quando ele se virou vi uma calda pontiaguda e duas assas negras.
Ele coordenava os outros menores e o curso das intermináveis filas de almas, sai da fila e fui repreendido por dois demônios alados com tridentes pequenos de combate, esquivei dos dois primeiros golpes, peguei os garfos quando os demônios tentaram novamente me perfurar e os arremessei-o para longe, ambos acertaram uma dúzias de almas em filas opostas e estas logo q saíram do caminho e retornaram as filas, como zumbis empinotizados, todos os outros demônios alados e não-alados estavam de olho em mim e com muito ódio no olhar fizeram um círculo ao meu redor distorcendo as filas e ameaçavam a jogar seus tridentes em mim e outras armas, eu em posição de luta preparado para qualquer ataque inimigo estava com os tridentes nas mãos.

Do nada o círculo se abriu revelando o pequeno "demônio comedor de cera" que se aproximava lentamente de mim, me analisando com seus terríveis olhos amarelos de lagarto. Chegando mais perto de mim disse com uma voz autoritária: - Voltem.. Todos a suas tarefas.... -
Mas, senhor ele, ele... - falou o demônio menor com cara de cão mas logo foi repreendido com um olhar assustador. Então o "come cera com uma voz muito mais grave e orenda berrou alto: - AAAGOOOORAAAAA -

Todos apavorados voltaram imediatamente a suas tarefas, ele continou a me olhar e estudar, como se fosse uma máquina complicada diante de um cientísta, sentia que ia ser desmontado a qualquer momento.

- Venha comigo -

- Aonde nós vamos? -

- Que tal darmos uma volta no inferno? Um "tour" particular, no novo lar - nessa última frase senti um pouco de sinismo, isso me irritou, mas não revidei e isso o deixou iritado.

Ele começou a andar, e falar como se realmente estivéssemos num "tour".

- Estamos no 5° círculo infernal este é destinado aos homicidas e coisa relacionados a morte e a matar a comédia divina??

- Sim já li -

- Otimo, agora esqueça tudo... Sabe o porque? Porque até a Idade Média só havia um grande portal : O Portal Infernal Original... Que ligava seu mundo ao nosso fisicamente, e por motivos de organização, em 1899 foi fechado para ser aberto apenas no Dia do Julgamento Final e no seu lugar foram abertas estas portinhas de merda. Cada círculo agora tortura um tipo de pecado depois as almas peregrinam até o final desta "Torre de tortura" chamado inferno, onde caem no tão famoso "Lago de Fogo" onde aguardam serem apagados da existência.

- Legal, mas quem e você? - eu peguntei indiferente, como se tivesse ignorado aquelas últimas explicações.

- Eu? - ele se virou e se transformou num ser magro, com uma barba branca e pele cinza, e seu terno que havia se despedaçado se reorganizava em uma capa preta muito velha e estragada nas barras, agora ele olhava diretamente para mim, só que a capa não deixa ver seus olhos. Meio assustado com aquela figura sinistra, que agora tinha mais de 2,00m, eu recuei para trás, se encurvado para frente ele disse com uma voz de ancião: - Tenho muitos nomes... Uns me chamam de Bicho Papão, Velho do Saco... E por isso que odeio vocês brasileiros... nunca inventam um nome legal... Os gregos me chamavam de Caronte... Os Japoneses de Shinigami... Mas meu nome é: Baltazar o demônio ancião... "Uns dos porteiros do inferno" - disse ele com repulsa do último título.

Ainda estava tentando ligar tudo, era como ligar fios e depois tentar acionar interruptores que podiam ou não ligar, estava pensando racionalizando ai neste exato momento pensei nos meus amigos, nos meus filhos, na Luiza (especialmente nela), quando tudo aquilo veio junto como uma tsunami de pensamentos, a ficha caiu eu morri, fui pró inferno e estou perdido.

- Hei, Adams !?! - Baltazar me puxou, fazendo eu acordar de um transe hipnótico, e completou: - Vamos começar seu treinamento!

O Nascimento De Um Herói - Super ToscoOnde histórias criam vida. Descubra agora