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A fic pertence a @-tronnor e eu tenho todo direito de traduzi-la 

"Nós precisamos conversar sobre algumas coisas, Troye."

Logo depois de abrir meus olhos, Dr. Jennings  estava me ajudando a levantar da cama e me encorajando a sentar na cadeira de rodas que estava esperando perto da cama. Minha cabeça estava cansada e doía muito, fazendo minha visão ficar turva e embaçada. Minha curta caminhada para a cadeira de rodas não foi das melhores.

"Onde está minha mãe?" Perguntei enquanto Dr. Jennings me empurrava para fora do quarto me levando a um corredor branco e claro onde as luzes no teto machucavam meus olhos.

"Ela esta aqui. E para onde estou te levando, precisamos conversar sobre uma coisa que preciso que seus pais estejam la para isso."

Minha mente começou a me atormentar com varias idéias sobre o que o Dr. Jennings podia querer falar comigo e com meus pais. Entretanto, a repentina onda de pensamentos fez minha cabeça doer, e eu simplesmente ignorei e fiquei pensando que não poderia ser nada tão serio. Tive esperanças de que não poderiam ser. Logo depois que Dr. Jennings abriu a porta com suas costas me puxando pela porta logo depois dele, fazendo com que a porta fechasse levemente na nossa frente. Quando ele virou a cadeira de rodas para trás, vi os olhos dos meus pais, com expressões na cara deles que eu não conseguia ler. Eram expressões que eu nunca tinha visto antes. Eles quase pareciam culpados, além de desapontados e machucados.

"Troye, seus pais e eu precisamos conversar sobre algo." Dr. Jennings falou.

"Você precisa de ajuda, filho." Laurelle explodiu cortando Dr. Jennings, sua voz trêmula enquanto lágrimas começaram a escorrer de suas bochechas. Quebrou meu coração vê-la chorando, mas eu estava do outro lado da sala e eu não conseguia andar. Tudo o que eu queria era abraçar ela e dizer que tudo ficaria bem, mas eu não podia. Eu não conseguia falar - palavras não vinham a minha boca enquanto eu via meu pai por o braço em volta de seu ombro e colocando a pra chorar em seu peito tentando segurar suas próprias lágrimas.

"Suicídio é um assunto sério, Troye. Você teve muita sorte de ter sobrevivido - quando seus pais te acharam, eles te trouxeram aqui no momento exato. Se tivesse sido mais tarde, as chances de nós termos perdido você seria grande. Eu não vou perguntar o motivo de você ter feito isso nem o que te motivou a tentar tirar a sua própria vida, mas eu conheço alguém que pode te ajudar." Dr. Jennings explicou, e eu posso jurar que senti meu coração cair no fundo do meu estomago.

"Como assim?" Falei tão baixo que nem eu ouvi direito.

"Eu conheço uma especialista da ala psiquiátrica que ficaria extremamente feliz em te ajudar com as coisas que você está passando. Eles são treinados para lidar com pessoas igual a você, por isso eles sabem o que estão fazendo e podem te ajudar. Eles podem te ajudar a reconstruir a sua vida, Troye. Mas nós só podemos te oferecer isso se você concordar em prosseguir com isso tudo."

Instantaneamente eu olhei para os meus pais. Laurelle estava secando seus olhos e bochechas das lágrimas que continuavam a escorrer. Shaun estava apoiado na parede atras de mim quase se recusando a manter contato caso ele comece a chorar de novo. De repente eu comecei a me sentir completamente perdido de novo. Eu mal tive a chance de realmente entender o que tinha acontecido e já estava fazendo uma decisão que mudaria minha vida. Nem se passaram 48 horas ainda. Eu já não me sentia mais como o garoto de 18 anos de idade que tinha uma vez uma vida inteira a sua frente. Eu me sentia como o garoto de 16 anos enganado por sua paixão em cantar e no raro interesse no sexo masculino, que constantemente tinha as decisões de sua vida tomadas por sua mãe que sempre o guiava na direção certa. Era tudo o que eu precisava agora. Sentindo meus  olhos arderem com minhas próprias lágrimas, minha cara já não era mais a mesma quando olhei para a minha mãe e disse: "Mãe..."

Sem hesitar, ela correu toda a sala e enrolou seus braços em mim. Eu abracei sua cintura o mais forte que conseguia, eu não estava disposto a soltar-la mesmo sabendo que uma hora iria acontecer. "O que eu devo fazer?" Eu sussurrei tentando ignorar a minha voz rouca.

"Somente você pode decidir o que fazer com sua vida agora, Troye. Você é um adulto, tem que tomar suas próprias decisões." ela começou a solta-lo mas continuando a apertar suas mãos.

Eu a olhei nos olhos, me sentindo mais vulnerável do que o garoto de 6 anos que eu era. "Eu estou com medo."

Sua cara suavizada. "Eu sei meu bem. Mas você não pode ficar fugindo a vida toda. Você precisa de ajuda. Não posso arriscar te perder de novo."

Eu pressionei meus lábios e olhei para o chão. Uma única lágrima caiu do meu olho. Entretanto, eu não sentia nada. Eu estava paralisado. 

"Okay."

Eu calmamente olhei em direção ao Dr. Jennings. "Okay, eu irei. Farei qualquer coisa. Não posso machuca-los de novo."

"Você tem certeza disso Troye?" Dr. Jennings perguntou.

Apesar de parecer que meu coração iria sair do meu peito, eu apenas concordei. "Absoluta"

***

Depois de concordar em receber tratamento da ala psiquiátrica, Dr Jennings chamou um dos especialistas para me ver. Eu estava deitado na cama quando ela chegou. Ela era uma senhora velinha, meio baixinha mas ela era forte e tinha um sorriso confortante.

"Olá Troye. Eu sou Rosa. Ouvi dizer que você vai passar um tempo conosco."

Eu concordei. "Acho que é o melhor a se fazer."

"Dr. Jennings queria que eu viesse aqui e conversasse com você sobre todo o procedimento que ira passar. Se você concordar em conversar um pouco é claro."

Concordei de novo. "Claro"

Ela sentou ao meu lado na cama. "Devido a seriedade da sua condição e das suas ações, você sera admitido na seção de estabilização de crises. É onde podemos ajudar pessoas que estão passando por situações parecidas com a sua. Obviamente, suicido e uma das mais graves. Nós temos outras unidades que cuidam de casos menos severos de problemas psicológicos, mas a sua  condição e alta no ranking de severidade. É para o seu bem que você não tenha contato com ninguém fora do lugar em que você ira ficar à não ser que seja arranjado, somente se for provado antes que não ira interferir negativamente no seu progresso, ou prejudicial na sua recuperação. Nós providenciaremos qualquer medicação e tratamento que você precisar, e significa que nós podemos te observar e ver de perto como você está indo na recuperação." Rosa explicou, ainda sabendo que tudo que ela me falou ia desaparecer da minha cabeça.

"Eu terei que  lidar com tudo isso sozinho não é mesmo?" perguntei, com o medo me dominando.

Rosa negou. "Claro que não. Você tera a gente te observando e sua recuperação é nossa prioridade. E terão outros pacientes pra interagir se você quiser. A última coisa que acontecerá e você ficar sozinho de novo, eu lhe prometo."

Eu deitei na cama e fechei os olhos. "Quanto tempo eu ficarei fora?"

"Eu não posso te dar um tempo exato por que cada um tem o seu próprio tempo. Mas eu dou aproximadamente umas 4 semanas, talvez 5, depende muito do seu progresso."

Eu a encarei, meus olhos azuis fazendo contato direto com os seus castanhos. "E quando eu vou?"

Ela sorriu simpaticamente. "Amanhã."



A/N: Desculpa a demora para esse capítulo, mas eu passei por uma semana bastante estressante e não e fácil fazer isso!

Até a próxima 

Pills (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora