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   A fic pertence a @-tronnor e eu tenho todo direito de traduzi-la

 Quando eu abri meus olhos, ainda estava escuro. Eu não sabia que horas eram, ou o por que de eu ter acordado, mas eu estava bem acordado. Assim que meus olhos se ajustaram à escuridão em minha volta, eu levantei da cama lentamente e andei pelo gelado chão descalço e espiei pela porta para saber se o corredor estava livre. Estava tudo quieto, a ala psiquiátrica era bem mais esquisita de noite quando ninguém estava acordado alem de mim. Pelo menos eu achava que era só eu.


Minha atenção foi desviada para um quarto mais alem no final do corredor onde eu ainda não tinha ido, um barulho bem alto de algo quebrando, sem nem pensar fui correndo de volta pro meu quarto com medo de ser pego por alguém acordado e perambulando por ai. Depois de esperar por um tempo, percebi que não havia ninguém vindo me procurar e que eu podia sair do quarto de novo. Cautelosamente, fui andando em direção ao final do corredor enquanto tentava escutar o barulho, tentando fazer menos barulho possível. Outro barulho de algo quebrando, muito mais alto agora que eu estava mais perto. Eu parei, respirei fundo e fiquei com medo desse mínimo som que eu fiz possa atrair a fonte do outro barulho para mim. Não parecendo ter sido notado, continuei andando. Até o final do corredor estava um breu então não dava pra saber de qual quarto estava vindo essa barulheira.

De repente, sem nenhuma espécie de aviso, uma sobra emergiu do quarto na minha frente e esbarrou em mim, fazendo com que ambos caíssem no chão com um baque. Com sorte meus olhos já tinham se ajustado com a escuridão então não demorou muito para eu decifrar a pessoa à minha frente - Connor Franta. Seus olhos estavam arregalados com o medo e sua pele, mesmo na escuridão, contrastava com o quão pálido ele era.

"Você não me viu?" ele sussurrou logo em seguida, antes de se levantar e sair disparado até o final do corredor. Antes de eu conseguir me levantar, Rosa apareceu e me ajudou a levantar.

"Está tudo bem Troye?" ela pergunta enquanto me leva de volta para meu quarto, meus olhos continuavam procurando Connor pelo corredor, mesmo ele já tendo sumido faz tempo. Eu lembrei do que ele disse e do olhar de puro medo em seu rosto. 

"Sim, estou bem. Só perdi o equilíbrio." 

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Quando eu acordei novamente pela manhã, o ambiente estava totalmente diferente do de ontem a noite. Apesar de tudo estar razoavelmente quieto, mas já dava pra sentir que tudo já estava sendo habitado por vidas humanas. Eu quase prefiro à noite, independentemente do quão esquisito e sinistro foi andar a noite por minha conta. Eu não conseguia tirar a imagem do Connor da minha cabeça - o olhar cheio de medo em sua cara e a velocidade com qual saiu correndo. Do que ele tinha tanto medo? Ser pego? Ou de alguém ver o que estava fazendo? Eu não consegui ver o que ele estava fazendo, só que ele estava com muita vontade de ficar longe de mim. Eu não podia culpa-lo, ele provavelmente pensou que eu o estava espiando de propósito para ter algo contra ele por ele ter sido irritante. A ficha ainda não tinha caído - do que ele tinha tanto medo?

 Rosa apareceu na porta alguns momentos depois, com uma tigela com cereal nas mãos. "Pensei que você poderia estar com fome então trouxe café da manhã. Espero que goste de Sucrilhos."

Eu fiz uma careta bem notável ao ouvir o nome do cereal enquanto ela botava a tigela ao meu lado. Não tinha nada "doce e açucarado" neste lugar, eu odiava esse lugar. Eu queria ir pra casa ver minha família e esquecer que tudo isso aconteceu.

"Obrigado, Rosa." Eu sorri. "Hey, por acaso ocorreu de você ter visto o Connor Franta hoje por ai?"

Rosa pareceu desconfiada ao ouvir a pergunta. "Eu acho que ele ainda está no seu quarto Troye, pelo menos estava há dez minutos atrás. Por que?"

"Pensei em ir visitá-lo daqui a pouco."

"Ok, o quarto dele é o último no final do corredor à esquerda."

Depois que Rosa saiu do meu quarto, eu esperei alguns minutinhos para sair e ir à procura do quarto de Connor. Quase de imediato eu vi o quarto dele e fiquei rezando que ele não estivesse lá. Quando eu cheguei lá, eu o vi. Ele estava dormindo na cama dele, enrolado embaixo do cobertor com uma mão debaixo do travesseiro apoiado do lado direito. Sua boca se abria levemente paralela a sua respiração, suas pálpebras que continham uma leveza que nunca havia visto antes, ele estava totalmente diferente de como era com aquela energia carismática que alegra e irrita todos de uma maneira fofa. Não que eu ligasse mas era quase relaxante assistir-lo dormindo tão calmo, me deixou tranquilo e sossegado. 

Não muito depois, seus olhos se abriram gentilmente e logo vieram a me encarar, seus olhos verdes perfuravam os meus tentando descobrir de eu estar no quarto dele. "Posso te ajudar?"

Hesitei um pouco, mas respondi. "Eu só queria checar se estava tudo bem, você sabe... sobre ontem à noite."

Connor abriu os olhos numa forma quase de medo, mas ele se conteve e me respondeu. "Sim, está tudo bem. Estou surpreso que se importou tanto a ponto de perguntar."

Minhas sobrancelhas se levantaram. "O que você quer dizer com isso?"

"Eu realmente quero tentar ser seu amigo Troye, todos nós precisamos de um amigo aqui para não nos deixar ficarmos malucos. Você parece legal e eu realmente gostei do seu sorriso. Assim que vi você imaginei que nós dois combinaríamos como uma casa pegando fogo, sabe? Pena que a sua personalidade é bem diferente do que aparenta ser."

"Você me bombardeou de perguntas e não me deu espaço! Eu não estou aqui nem por um dia inteiro, eu estava meio pra baixo." Eu respondi.

Connor riu "Você não entendeu. Aqui ou você tem amigos ou inimigos. Não tem a classificação colega aqui, simplesmente funciona assim. Eu não estou dizendo que somos inimigos, mas eu não nos classificaria como amigos e eu aposto que você pode me culpar por isso."

Eu olhei pro chão, me sentia culpado pelo jeito que tratei Connor ontem. "Me desculpe por ter sido um otário com você ontem."

Connor deixou escapar um meio sorriso contido. "Ta tudo bem, acontece. Você não é a primeira pessoa a me dizer que eu exagero as vezes."

"Você não é exagerado, foi minha culpa. Eu estou afim de tentar esquecer tudo e tentarmos ser amigos de novo se você não se importar?" Eu sorri.

Connor sorriu de uma maneira que eu nunca havia visto alguém sorrir. "Eu adoraria. Prazer, eu me chamo Connor."

Eu sorri, e foi o primeiro sorriso genuíno que dei desde que cheguei aqui. "Prazer Connor, eu me chamo Troye.


a/n: eu sei que eu demoro MUITO pra atualizar isso aqui mas eu acho que vocês já se acostumaram ssuhsjshsjh


Pills (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora