4º Capítulo

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 Henry não voltou pra casa até segunda á noite. Mas isso foi bom, pois eu e Luke fomos os quarto dele tentar descobrir algo. Acontece que Luke é bom em arrombar as coisas.

- Tem certeza que você pode abrir a porta sem danificar nada? - Pergunto ao Luke.

- Amor, eu posso abrir qualquer coisa sem danificar. - Ele me olha malicioso e uma imagem me vem à cabeça: ele e o personal trainer. Eca! Devo fazer cara feia, pois ele começa a rir. - Você é ótima. Agora fica quieta e deixa eu me concentrar.

Rosa não está em casa, ela foi fazer compras e vai demorar bastante. Tenho dado despesa em questão comida, mas a culpa é da Rosa. A comida dela é ótima. Luke abre a porta e ofegamos. O quarto é impecavelmente limpo e organizado. Sem fotos e o quarto todo é branco, incluindo os móveis. Olhamos um pro outro. Luke me empurra, lógico. Ele vai até uma cômoda e diz:

- Se quer descobrir algo, sempre vá para a cômoda.

- Vai, tenta abrir. - Luke abre as gavetas e tira fotos pra saber colocar tudo de volta no lugar, com cuidado ele futuca as gavetas. Não acha nada e vai pra outra gaveta, também nada. Na última, ele percebe um fundo falso. Com muito, mas muito cuidado, ele tira as roupas de cima e abre o fundo falso. - Você é bom em arrombar coisas. Já pensou em roubar um banco?

- Amor, a única coisa que pretendo arrombar...

- Por favor, não termine essa frase. - Ele gargalha.

- Não consigo abrir. - Ele tenta de novo e não consegue. - Deve ter algo de muita importância aqui dentro.

- Será que tem partes humanas aí? Não me chocaria se encontrássemos uma cabeça ou um pé.

- Hum... um gostoso daquele sendo um assassino, tipo o Paul Spector. Delicia. - Ele diz e eu coro. - Você cora demais querida, você é virgem não é?

- Como?... claro que não. - Bufo. Ele continua me encarando. - Sim eu sou. Super virgem.

- Por quê? Você está perdendo muita coisa. - Começo a mexer em minhas mãos.

- Nunca me senti a vontade com meu corpo. Desde pequena sempre disseram que sou muito magrela, feia e outras coisas. E eu não confio nos homens, pra mim eles vão falar pra todos que fizemos sexo. - Digo de cabeça baixa.

- Ah querida. Nem todos os homens são assim. Você já teve namorados? Experiências sexuais?

- Bem, sim. Tive três namorados. Eles eram ok, mas nunca confiei neles o bastante. Meu último namorado me arruinou quando tentou me bater, fiquei com medo de estar com uma pessoa de novo e não namoro mais. Isso tem quatro anos.

- Amorzinho, você deveria conversar com Henry pra agitar esses músculos aí. - Eu sorrio corada.

- Você tem um jeito com as palavras... - Rimos. Voltamos pro guarda-roupa e tem uma portinha alí. Com cuidado ele abre e achamos vários documentos e fotos. Quando pego um documento na mão, Rosa grita avisando que já chegou. Ficamos desesperados.

- Vou te pôr lá fora e se ela subir, diz que eu estou no banheiro tendo diarreia.

- Que nojo... mas ok. - Ele me bota pra fora e eu vou pro quarto. Começo a mexer minha perna de nervoso porque ele não volta. Saio do quarto e fico na ponta da escada. - Rosa? Cadê você? - Ela parece com um sorriso e começo a me sentir culpada.

- Oh querida sai dessa escada, você pode cair. Cadê o Luke?

- Ele está no banheiro, esta com piriri, se acabando pelo fundo. - Ela entorta o nariz. - É, eu sei, nojento. Pode me preparar um suco de laranja que só você sabe fazer? Por favor?! - Faço cara de cão que caiu da mudança e ela ri dizendo que sim. Volto pro quarto e chamo Luke. Ele sai suando e tranca a porta de novo.

O Tipo Certo de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora