2º Capítulo

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 Acordo lentamente. Ouço alguns barulhos estranhos e eu não sinto meu corpo. Oh meu Deus! Eu não sinto meu corpo! Meu coração dispara e os barulhos começam a ficar rápidos. Eu não sei o que está acontecendo, mas minha cabeça começa a ficar leve e eu durmo.

***

Abro meus olhos e a luz dói. Os fecho de novo e respiro fundo. Abro de novo e aperto meus olhos. Vejo uma silhueta na porta, não consigo identificar quem é. Tento falar, mas minha boca dói, aliás, tudo dói. Gemo e a silhueta se mexe vindo em minha direção.

- Senhorita? - Quem porra ele é? Essa voz é de homem. E que voz! - Você foi atropelada á alguns dias e está no hospital. - Ele suspira. - Vou chamar o médico. - A silhueta sai e me deixa sozinha.

- Senhorita Lewis? Consegue me ouvir? - Abro os olhos lentamente. Minha cabeça vai explodir. - Se consegue me ouvir, aperta minha mão. - Aperto a mão da pessoa. - Bom. Sente dor? Se sim, aperta minha mão uma vez; se não, aperta duas vezes. - Aperto sua mão uma vez. - Senhorita Mia Lewis a senhorita foi atropelada há dois dias. - Oh porra não! - A senhorita quebrou um dente, mas isso já vai ser resolvido, pois já chamei um dentista pra vir vê-la. Tem uma laceração do lado direito do rosto, que vai deixar cicatriz, mas seu cabelo vai crescer de novo e tudo ficará bem. Mas tem uma notícia ruim: seu pé direito está engessado. Você quebrou a tíbia, fraturou a fíbula, deslocou seu dedo mindinho e torceu o tendão. Você vai ficar um bom tempo com esse gesso, um mês ou mais. - Oh não! Começo a chorar. Solto um grunhido igual a um monstro de filme de terror.

- Caramba ela está chorando! - Jura Sherlock! - Cadê a mãe dessa garota? - Esse cara tem a voz linda, mas é um cuzão. Enfermeiro ridículo.

- Oh meu bebê! Minha filhinha finalmente acordou! - Minha mãe praticamente grita e minha cabeça lateja. Ela tenta abraçar, mas alguém a segura.

- Não acho que seja bom abraçar ela senhora. - O enfermeiro cuzão com voz linda diz. Eu preciso ver a cara desse homem.

- Ela é minha filha e você foi o culpado dela estar aí nessa cama de hospital. - Opa, como é que é? Um enfermeiro me atropelou? Quanta sorte eu tenho!

- Eu já disse que vou pagar por todo o tratamento dela, não precisa ficar me lembrando disso. - Bem, eu pedi uma mudança de vida, mas sofrer um acidente não estava nos meus planos. Tento falar pra apagar essa porra de luz antes que minha cabeça exploda, mas só consigo dizer:

- Uuuz. - Boa Mia!

- Acho que ela quer que apague a luz. - O enfermeiro diz. Nossa! Ele é um ótimo detetive. Sherlock deve estar com inveja. Alguém dimunui a luz e eu consigo abrir meus olhos. A primeira coisa que vejo é o teto branco, depois vejo minha mãe que está com os olhos vermelhos e me pergunto o por que. Quase nunca me trata bem, antes mesmo de eu sair me disse coisas horríveis. Deve ser culpa, deve ter pensado que eu ia morrer só pode. Ao lado dela vejo um homem, ele não me é estranho.

- Oi senhorita Lewis, meu nome é Henry King e eu que te atropelei. - Eu já ouvi esse nome. - Peço milhões de desculpas à senhorita e vou pagar por todo o seu tratamento. - Ele estica a mão. Idiota! Como se eu pudesse me mexer. - Ah desculpa, é só um costume. - Ele segura a minha mão e sinto um calor subindo. Ele está mais perto e posso ver o rosto dele: cabelos pretos com um corte moderno, olhos bem azuis, um nariz proeminente, lábios desenhados e vermelhos e o formato do rosto quadrado e másculo. Ual! - A senhorita poderia me perdoar por isso? Eu não te vi na rua e ultrapassei o sinal vermelho. Por favor, senhorita...

- Pare de chamar ela de senhorita, ela se chama Mia caramba! - Minha mãe está irritada. Henry me parece arrependido, mas a única coisa que quero é arrebentar a cara dele por ter me atropelado.

O Tipo Certo de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora