Minha Melhor Amiga

Agora o passado não tem vez!

Passaram-se mais dois dias e a Du estava se recuperando bem, estávamos esperançosas que ela recebesse alta logo.

- Então, vamos tomar um banho? - diz a enfermeira. Ela é tão bonita que chega a me da uma pontada no peito de ciúmes. Eduarda faz que sim com a cabeça e eu saio, vou comer alguma coisa pois já estava com fome. Pouco tempo depois, volto ao quarto e me deparo com a enfermeira aos risos com a Eduarda, não consigo ver outra pessoa assim com total atenção dela. Cheguei cortando o assunto das duas.

- Então, já tem previsão de quando ela receberá alta? - digo com uma cara de poucos amigos.
- O Doutor McGonagall irá vir falar sobre isso com vocês. - ela diz e nos deixa a sós. Eduarda ri de mim sem falar nada.
- De que estar rindo? Não tô achando a graça ainda! - dou um soco de leve no ombro dela que me olha fazendo careta.
- Au Karina. Isso dói!
- Ri agora Eduarda!
- Você fica tão linda com ciúmes.
- Você vai ver quando meu ciúmes fizer eu da na sua cara! - ela me puxa para um beijo. Como eu estava com saudade daquele beijo! Eu posso beija-la todo o tempo que ainda vou sentir saudades. Meu corpo agora grita pelo dela, como se só precisasse disso pra viver. Nosso beijo foi ficando intenso até que Elisabeth nos interrompe.
- Meninas, meninas - pausa para um sorriso - Vocês ainda estão em um hospital! - dou um sorriso cheio de vergonha.
- Ah mãe, um lugar diferente sempre é legal! - todas rimos da gracinha de Eduarda. Estava com saudade desse humor dela.

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Já faz uma semana que Eduarda saiu daquele hospital. Está bem melhor, estamos no maior amor já que agora não tem mais noivo e nem nada pra nos atrapalhar, se bem que ainda tem meu pai que é super contra nosso namoro mas que isso é fácil de lidar.
O dia hoje tá bonito e calmo, resolvi chamar Eduarda pra sair. A chamei para dar uma volta pelo parque que tem perto do meu apartamento ( agora moro sozinha, as coisas mudaram. Resolvi fazer o que sempre tive vontade, comecei me libertando do meu pai que me fazia ser apenas mais um de seus peões como se tudo não passasse de um tabuleiro de xadrez ).
Como sou uma namorada um tanto ciumenta - namorada não né!? Eduarda não fez nenhum pedido e eu também não, então não estamos oficialmente namorando! - Eu resolvi olhar um pouco o "mundo pelos olhos de Eduarda Riddle Granger". Peguei a o e-mail e a senha do Facebook dela e fui fazendo uma varredura, de início não tinha nada demais até que chegou uma mensagem.

*Chat On

- Dudu, só pra avisar que estou voltando a cidade e que a gente ainda tem que conversar!
Sei que não tenho direito de querer que me escute mas por favor, não me ignore mais uma vez!
Bjs

*Chat Off

"O que foi isso? Mais problemas? Será? Tava bom demais pra ser verdade essa paz toda... "

O barulho da campainha me tira dos meus pensamentos enlouquecedores. Vou e abro a porta, Eduarda me beija de forma inesperada, com carinho que me faz esquecer das preocupações que crie em minha cabeça.
- Então dona Karina, tô com fome! O que vamos comer? - diz ela como de costume sempreb indo até meu notebook como sempre mas ela fica parada olhando a tela sem falar nada, como se tivesse visto um fantasma ou algo do tipo. Aí realmente vi que tinha algo para me preocupar!

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Eduarda:

Estou indo até a casa da minha linda Karina, ela me chamou para irmos dar uma volta pelo parque que tem perto do novo apartamento dela.
Chego no prédio, vou direto ao elevador, pensei em subir pelas escadas mas minha disposição acabou quando lembrei que subiria 4 andares. Resolvi que a melhor opção era o elevador, mesmo eu não gostando muito. Toco a campainha ela não demora muito e abre a porta, ela estava de pijama que a deixava com um ar de adolescente e fica linda por sinal! A beijo sem nem dar tempo pra mais nada. Nos afastamos um pouco e sorrimos uma para outra.
- Então dona Karina, tô com fome! O que tem pra comer? - ela já devia esperar isso, sempre falo a mesma coisa. Ela cozinha muito bem então sempre estarei com fome na casa dela! Vou até o notebook que estava em cima do sofá aberto no meu Facebook, algo que eu já estava acostumada! Só que dessa vez, tinha algo que não deveria ter. Alexia, uma ex namorada pela qual fui extremamente apaixonada mas que só me fez sofrer está novamente voltando a cidade e quer falar comigo. Ela já tentou algumas vezes mas não quis assunto, como não quero agora também. Porém me senti meio estranha, depois de um bom tempo ela volta e quer falar comigo? Isso só pode ser "treta" da vida.
- Essa Alexia é a...
- Minha ex?! - digo completando a frase antes dela - Sim, é ela! - ela me olha com um olhar que não consegui decifrar.
- Então, você vai falar com ela? - pergunta ela com um pouco de medo da resposta.
- Não meu amor! Não vou falar com ela até porque não tenho mais nada pra falar. - digo indo em sua direção e segurando suas mãos - agora na minha vida só tem você e o passado não tem vez! - selo esse momento com um beijo. Ela me da um sorriso doce e apaixonante, vai até o notebook e fecha o mesmo.
- O que quer comer minha esfomeada? - diz indo até a cozinha e rindo. Rio junto e vou atrás dela.
- Lasanha, pode ser? Amo sua lasanha!
- Eu quero saber o que quer pra lanchar e não pra jantar! - ela fala vindo até mim e se "pendura" no meu pescoço me dando um selinho.
- Eu que lanchar lasanha minha linda! - Não sei pra onde vai tanta comida! - rimos e fomos fazer a lasanha. Por sorte ela tinha tudo, não precisei ir ao mercado ( detesto mercado! )
- Deu muita sorte hoje Du, mas por não ter que ir ao mercado vai ter que me fazer uma massagem! - ela diz com um sorriso maldoso no rosto.
- Tudo bem! Faço, estou as suas ordens!

Enquanto a lasanha estava no forno fomos pra sala assistir um filme

- Du, escolhe alguma coisa pra gente assistir que eu vou tomar um banho e trocar de roupa. - diz ela indo em direção ao quarto.
- Precisa trocar de roupa não! Você assim ta linda! Sabia que você fica linda sem sutiã? - ela me olha com um sorriso debochado e me deixa sem resposta.

Quinze minutos depois ela volta, agora de shortinho jeans capaz e uma blusa de Resident Evil que por sinal era minha que eu tinha cortado as mangas e a gola.
- Olha, minha blusa! - digo rindo.
- Ih faz tempo que ela não é mais sua! E pode tirar desse filme totalmente estranho e chato!
- Não é estranho e nem chato! É só Harry Potter! - começo a rir pois ela revira os olhos em protesto.
- Não vou assistir isso! - diz e faz bico só porque sabe que não resisto.
- Dessa vez não vai colar! É Harry Potter então não adianta. - ela não reclama, mas logo sinto ela chegar mais perto. Uma de suas mãos passa pela minha cintura e a outra faz carícias em minha nuca. Só olho pra ela, ela finge nem perceber que estou a olhando. Ela começa distribuir beijos pelo meu pescoço...
- Amor, ta sentindo um cheiro de queimado? - digo a interrompendo e com raiva de mim por fazer isso. Fomos correndo até a cozinha e por pouco não perdemos a lasanha.
Nesse meio tempo telefone de Karina toca e era o pai dela para nossa tristeza. Ela fala toda seca com ele ao telefone, também não é pra menos. Ao terminar a ligação ela me olha séria confirmando que não tinha sido agradável ouvir ele falar.

- Vai ter um jantar em comemoração aos 32 de casado dos meus pais. Ele disse que seria indispensável que eu fosse. - ela não está muito animada para isso. - Não quero ir, mas minha mãe ficaria feliz. Vamos? - Eu olho analisando bem o convite. Não seria algo tão ruim, gosto de afrontar o pai dela e a Margot é um amor comigo.
- Vamos sim! Vai ser legal chegar lá e seu pai ficar todo emburrado! - rimos da situação e imaginando a cena. - isso vai ser quando?
- Semana que vem. Você vai comigo me ajudar escolher um vestido! - reviro os olhos pois sair com mulher pra ela comprar roupa é um negócio no qual você não aguenta.
- Tenho escolha? - digo com um pouco de ironia.
- Tem. Se não for comigo chamo outra pessoa! Te garanto que consigo outro acompanhante! - ela me lança um olhar totalmente provocador.
- Não! Eu vou com você e assim compro algo pra vestir também.
- Sabia que não iria resistir em me fazer companhia! - diz ela vindo em minha direção. - Sabe já tem tempo que ando querendo seu corpinho nu em cima da minha cama. O que acha? - sussurra em meu ouvido.
- Acho uma idéia tentadora, até que gostei dela! - digo rindo. Começamos a nos beijar, passamos de um beijo lento e calmo para um beijo feroz. Fomos ao quarto dela e nos amamos o restante da tarde e um pouco da noite. Pegamos no sono e só acordamos no dia seguinte com o sol em nossos rostos, pois acabamos deixando as cortinas abertas. Olhei pro lado da cama ela estava lá linda do meu lado. As pernas jogadas em mim, - abusada como sempre! - sussurro apenas para mim ouvir. Levanto com todo cuidado para não acorda-lá e fecho às cortinas fazendo o quarto ficar escuro novamente. Vou até a sala e pego meu celular pra ver as horas e eram apenas oito da manhã. Vi também algumas chamadas perdidas e mensagens de um número que não tinha salvo em minha agenda.

"Sei que errei com você, não mereço que me perdoe pelo menos não sem te dar motivos pra isso!
Vamos conversar, prometo que não vai se arrepender!
Alexia"

" Mesmo eu pisando na bola, sempre te amei! Não vou desistir de você tão fácil assim como antes. "

"Fiquei sabendo que enfim sua amiga se rendeu ao amor por você! Avisa a ela que eu tô de volta! "

Essas foram umas das mensagens que tinha, deixo o celular na sala e volto a deitar com a Ka. Melhor sensação não tinha, essa mulher me traz paz, me enche de amor e me faz acreditar a ele realmente exista. Tudo que vivi com Alexia foi ilusão e não quero nem pensar mais no que vivemos agora meu foco é só no presente e futuro que vou ter com Karina.