Capítulo XXXVIII

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"Me fiz de forte à fim de ganhar os fortes, me fiz de fraco à fim de ganhar os fracos."

Fiquei uns cinco minutinhos esperando meus "papis". Fico lá olhando para o quarto em que eu estava, e sinceramente? Aquilo era um tédio. Tudo branco, acho que vou virar decoradora de hospitais. Como eles querem que eu melhore, ou que outros pacientes melhorem, num ambiente tão abatido? Gente dá não hein!

***

P.O.V'S MICHAEL:

Depois que conseguimos rastrear o celular da pequena, fomos imediatamente atrás dela. Seguimos por mais ou menos trinta minutos até vermos uma fumaça enorme cobrindo o ar, naquele momento meu coração se apertou. Eu não sabia o que eu iria ver dali em diante.

Quando chegamos ao local de onde vinha a fumaça, pude ver uma figura que fez com que meu coração sangrasse. Annye estava jogada em um canto qualquer, desacordada, e com seu vestido branco, todo sujo, tanto de terra, quanto de sangue.

Nos organizamos e descemos até lá. A primeira coisa que fiz foi correr ao encontro da minha pequena, que estava com o corpo todo mole e ensanguentado.

Chequei a pulsação dela e estava muito fraca. Imediatamente saquei o celular e liguei para ambulância vir buscá-la.

Eles chegaram mas disseram que ninguém poderia ir com ela, pois a ambulância era pequena e juntamente com ela iriam dois excelentes médicos, ou seja, não caberia mais ninguém.

Quando levaram a minha pequena, ouvi um estrondo muito forte, e ao olhar para trás pude perceber de onde vinha...O carro em que Annye estava, havia explodido, e somente naquela hora lembrei-me que Josh a havia sequestrado. Eu não desejava o seu mal, esperava verdadeiramente que ele não estivesse ali.

E realmente não estava. Como eu soube? Ao sentir a ponta do revolver próximo a minha orlha e ao ouvir a voz de Josh.

Josh: Se eu não vou tê-la, você também não irá!

E ouvi o disparo...Abri os olhos e percebi que não havia eu quem tinha levado o tiro, mas sim Josh, que havia sido baleado por um dos amigos da marinha de meu sogro.

Que Deus tenha misericórdia dele.

•••••

Depois de sairmos daquele lugar fomos diretamente para o hospital. Quando chegamos lá e perguntamos para recepcionista, onde Annye estava, ela nos informou que neste exato momento ela passava por uma cirurgia, mas que não era nada de muito grave ou sério.

Fomos para a sala de espera. Os minutos se arrastaram, e o ponteiro do relógio insistia em brigar comigo e ficar parado.

Depois de muito tempo naquele lugar, um senhor de idade vem ao nosso encontro. Suspeito que este seja o médico.

Doutor: Familiares de Annye Cullen?

Edward, eu e Charlie que havia chegado em algum momento ué eu não vi, nos levantamos.

Eu: Somos nós!

Doutor: A paciente está bem! A cirurgia foi um sucesso! Mas há riscos de ela sofrer uma leve perda de memória, ou de entrarem coma, por contada forte pancada na cabeça que levou.

Eu estava sem reação, não sabia o que dizer, ou melhor, não tinha forças para dizer nada.

Edward: Mas minha filha ficará bem, certo?

Doutor: Isso só saberemos no momento em que ela acordar.

Depois de mais alguns minutos conversando com o médico, ele liberou a nossa entrada no quarto, mas teria que ser um à um.

Então fizemos assim: Edward, Charlie e Eu.

Resolvi ficar por último para poder ficar mais tempo sem me preocupar que outra pessoa precisaria entrar ou não.

Depois de mais ou menos uns vinte minutos Edward aparece meio abatido na sala de espera, será que houve alguma coisa? Ele chama Charlie que se direciona rapidamente corredor à dentro.

Minutos depois surge um Charlie abatido de cabeça baixa e fisionomia triste.

Charlie: Venha comigo...

Ele diz de cabeça baixa, e eu sem entender nada apenas o sigo em silêncio. Mas com trilhares de coisas martelando na minha mente.

Quando chegamos de frente à porta de um dos quartos, Charlie suspira fundo e abre a porta.

Ao adentrar no quarto me deparo com uma Annye toda sorridente, que ao me ver faz uma cara de curiosa. Não entendi o porquê.

Annye: Papai? Quem é esse moço?

Naquele momento eu medei conta do que estava acontecendo ali, Annye não se lembrava de quem eu era. Ela não se lembrava de...mim.

Eu: Vo-cê n-nã-o se lem-bra?

Disse em meio aos soluços.

Daí eu vejo um sorrisinho brotar no rosto de todos naquele quarto. Fiquei sem entender, já que a situação não estava para sorrisos.

Annye: Como me esquecer de você? O homem que eu mais amo? O quem e faz mais feliz? Aquele que me arranca os sorrisos mais bobos e sinceros? Como me esquecer do homem que me deu forças quado eu estava no fundo do poço? Não tem como esquecer disso meu amor!

Neste momento eu estava chorando bem mais, só que com um sorriso enorme no rosto. Como eu amo essa mulher...

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Oooii amores meus?!!! Estão bem? Bem, estamos chegando no final :'( cara to com saudades.

Mas tudo precisa ter um fim certo? Até porque vocês iriam enjoar de mim e do livro.

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Bjs com amor, Raay❤❤❤

Lágrimas de sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora