Gente, preciso falar uma coisa com vocês antes de postar o capítulo :) Algumas pessoas têm me perguntado quais sãos os meus dias de postagem. Bem, eu não tenho dias certos, pois estou publicando conforme escrevo. Eu sei que a maioria dos autores publica uma história no Wattpad quando já têm alguns capítulos prontos. Mas (como sou muito ansiosa...rs) iniciei as postagens com apenas o prólogo escrito. E minha rotina é muito corrida por eu ter uma filha em idade escolar e só conseguir escrever de manhã. Porém, procuro escrever o mais rápido que posso, publicando, pelo menos, dois capítulos por semana. Espero que compreendam <3
Beijo a todos! E ótima leitura <3
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O sinal soou, autorizando a saída dos alunos do turno da manhã do Colégio Archimedes. Gabriel olhou para as mãos, que estavam trêmulas, conforme ele erguia a mochila do encosto da cadeira.
Nunca se sentiu tão nervoso em toda a sua vida. Parecia que ia ter um ataque cardíaco a qualquer segundo de tão disparado que estava o seu coração.
Alguns colegas de sua sala, do segundo colegial, passaram por ele e o olharam feio. Não se incomodou com isso. Não tinha vontade de ir à matinê de domingo da boate recém-inaugurada no Butantã. E não seriam aquelas caras enfezadas que o fariam mudar de ideia.
Seu final de semana já estava planejado: iria ao parque municipal Cemucan... com Patrícia.
Tentou engolir a saliva. Mas só conseguiu na terceira tentativa.
Primeiro a Patrícia tem que aceitar o seu convite, Gabriel. Acorda!
Ele colocou a mochila nas costas, andando a passos lentos em direção à quadra da escola. Começou a suar. E se ela não aceitasse? Não seria pessimista. Patrícia não tinha motivos para não aceitar, afinal tinham se transformado em melhores amigos após "trombarem" por diversas vezes na biblioteca da escola e descobrirem que tinham o gosto pela leitura em comum. Além disso, os dois eram tímidos e preferiam passeios ao ar livre a boates.
Parou antes de avistar a quadra e descobrir se a garota o esperava por lá, como vinha fazendo há seis meses, após o término das aulas. Gabriel sabia o motivo de tanto nervosismo, na verdade. Ele deixara de enxergar Patrícia como uma amiga. Queria muito mais do que a amizade da pequena morena dos longos cabelos cacheados. Todo o seu corpo ficava maluco quando estava perto dela. Não conseguia se concentrar direito nas conversas que tinham de tanto que pensava em puxá-la para si e cobrir seus lábios com os dele.
Era a primeira vez que se sentia assim. E aquilo era assustador. Ouvia seus colegas falarem sobre suas namoradas ou ficantes e achava que eles pareciam lobos no cio atrás de suas parceiras. Nunca imaginou que teria seus hormônios revirados de ponta cabeça por uma garota que nem sequer beijou... Ainda.
Ajeitou os cabelos, que estavam espetados pelo uso do gel. Conferiu o uniforme. Estava um pouco sujo, por causa da aula de educação física, mas talvez Patrícia não reparasse. O difícil era ela não notar o tremor de seu corpo todo...
Gabriel soltou um suspiro exasperado, chamou-se de covarde várias vezes seguidas e impulsionou os pés para frente, descortinando a quadra e... Patrícia. A garota estava sentada na última arquibancada. Os batimentos cardíacos do rapaz se atrapalharam. Ele sentiu falta de ar. E dor de barriga. Pressionou as mãos contra o estômago. Não existia no mundo mulher mais linda do que Patrícia. Ela era tão... perfeita. Dos cabelos cheios de cachos - que lhe causavam uma vontade incontrolável de tocar - ao rosto redondo, os olhos brilhantes e os lábios que o atraiam cada vez mais. Porém, o que o desestabilizava mesmo eram suas covinhas - aquelas que ela exibia quando dava o sorriso que tirava seus pés do chão... como estava fazendo agora.