Três Vidas e Um Propósito

09- A Escolha

NOTAS INICIAIS:

Dayane na foto acima ^^

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PEDRO NARRANDO:

Esse cara não sou eu!

Empurrei a moça para longe de mim, e fui para o banheiro lavar o rosto.

Assim que liguei meu celular, a Isa me telefonou.

Isa: Estou tentando falar com você a tanto tempo.

Pe: Desculpa, eu não queria falar com ninguém.

Isa: Eu não queria incomodar.

Pe: Foi bom você ter me ligado, eu quero te dizer algo.

Isa: O que?

Pe: Sei que você está passando por problemas em sua casa, e eu não quero atrapalhar a sua vida...

Isa: Mas você não atrapalha.

Pe: Você não está sabendo de nada, mas não quero te preocupar, só te peço perdão.

Isa: Mas você não fez nada.

Pe: Isa, eu quero terminar, é o melhor a se fazer nesse momento.

Isa: Como assim? Isso é uma brincadeira?

Pe: Não Isabela, isso é a verdade. Não me procure mais. Adeus.

Eu estava com uma dor insuportável por dentro, meu coração virou pó, mas não vou chorar, pelo menos por agora.

Sai daquele lugar, e fui para uma pensão, onde vou alugar um quarto.

Pra minha casa eu não volto mais!

—Se precisar de algo, pode pedir. - disse a recepcionista entregando a chave.

—Okay. - respondi.

O que eu preciso ela não pode me dar, preciso de uma nova chance, mas isso não vai acontecer nunca, não sou digno.

   A Isa insistia em ligar a cada um minuto, mas eu a desprezava. Desliguei meu celular e deitei minha cabeça no travesseiro.    

Incrível como algumas horas podem mudar o rumo de nossas histórias. Eu era o filho querido, disciplinado na igreja, tinha uma vida aparentemente bela, amigos, namorada, uma família.

Mas agora, não me restou nada, eu fiz A ESCOLHA.

Creio que a minha vida vai melhorar, agora vou viver de verdade.

ISABELA NARRANDO:

Só pode ser uma brincadeira, ele não ia terminar comigo, não desse jeito, por telefone.

Estou tão brava, que sou capaz de passar um ferro quente na cara do primeiro que aparecer na minha frente.

As lágrimas que saiam do meu rosto, era uma mistura de tristeza e raiva. Como ele pode fazer isso comigo? Eu o amo tanto, mas isso não vai ficar assim.

Estou cheia de problemas, e ainda vem mais esse, ele poderia ter o mínimo de compaixão, e falar frente a frente.

Quer saber vou na casa dele, preciso de explicações.

[...]

Quando cheguei perto, vi sua mãe na calçada chorando.

—Isa? - disse ela limpando as lágrimas.