Três Vidas e Um Propósito

06- Atropelamento

Notas iniciais:
Gabriele na mídia, (Vanessa hudgens).
Demorei né? Desculpa no recado final eu explico.
Abraços e Boa Leitura
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JÚLIA NARRANDO:
O garoto loiro caminhou até a minha direção, com um sorriso malicioso, e me abraçou forte.

—Que saudade Jú. - sussurrou em meu ouvido.

Senti meu pescoço arrepiar.

—Professora, estou indo no banheiro. - disse Victor.

Ele passou o braço pelos meus ombros, e assim fomos caminhando até o pátio.

—Nossa, você está linda. - disse ele me puxando pela cintura.

Me afastei, respirei, e sorri.

—Você também.

—Vamos marcar um reencontro, em algum shopping. - disse ele, e seus olhos brilharam.

E que olhos!

—Pode ser. - falei.

Trocamos o telefone, e continuamos sentados na arquibancada.

Triiiiiiiiiiiiim.

—Opa, hora do intervalo. - falou e sorriu.

—Fala parça. - disse um garoto.

Em seguida, se aproximou a Camila, a Bianca, e outro garoto.

—O que essa garota faz aqui? - falou a Bia.

—Essa garota tem nome, Júlia! - disse Victor.

—Infelizmente eu sei, somos da mesma sala. - disse Bia.

—Na verdade, ela era minha amiga. - falei

—Isso, ERA, ou seja não sou mais. - disse Bia.—Então, sai daqui sua...

—SUA, O QUE? - gritou Victor. —Fala direito com a Jú. - disse ele me abraçando.

No mesmo instante, os olhos dela se encheram de lágrimas.

—E-eu achei que nós tinhamos um lance legal. - disse ela com voz fraca.

—E está certa, nós tinhamos, ou seja, não temos mais nada. E você é uma chata, só fiquei com você porque não tinha ninguém melhor, mas eu não gosto de você, então vai embora. - disse ele gargalhando.

Ela saiu correndo aos prantos, foi em direção ao banheiro feminino, Camila tentou ir atrás dela, mas foi impedida por um garoto, que puxou seu braço.

—Ela mereceu. - disse o garoto.

—Sinceramente, eu não achei certo. - falei.

—Ela te esnobou, você achou que eu ia deixar?! Você é minha melhor amiga. - disse ele.

—O QUE? - disse Camila arregalando os olhos.

—Amigos de infância. - falou e sorriu.

—É mais você me abandonou. - falei e suspirei.

—Não foi porque eu quis. - disse ele. —Mas e a chata da Isa? - terminou.

—Ela continua crente, sou da mesma igreja que ela. - falei, e ele me olhou de um jeito estranho.

—Que brincadeira é essa? - perguntou.

—Não é brincadeira.

—Fala sério! Então você virou chata.

—Não, pelo contrário me tornei alguém melhor. - respondi e pisquei.

—É mesmo? - disse e riu.

—Tchau. - falei e revirei os olhos.

—Espera. - disse ele me puxando pelo braço. —Eu não vou te deixar tão cedo.
[...]

Depois que o intervalo acabou, voltei para a sala, e o professor não havia chegado.

—Garota ! - gritou Bia, e eu dei de ombros.

—Se você pensa que eu vou desistir dele fácil, está enganada. - disse ela apontando o dedo no meu rosto.—Eu vi ele primeiro. - termimou.

—Eu não quero ele, mas eu o conheço a muito tempo, adivinha? Ele é o meu melhor amigo, então eu o vi primeiro, mas pode fazer bom proveito, só que eu não garanto se vai ser correspondida, meu bem. - falei e me sentei.

—Eu tenho meus truques. - falou baixo.

Essa Bia está me tirando do sério, até parece que EU vou querer algo com o Victor.

Eu me converti a dois dias, mas ainda posso dar uns tapas nela, não tenho sangue de barata. GAROTA FOLGADA!
[...]

Peguei meus materiais, e fui para o portão de saída, para encontrar o Felipe e a Isabela.

—Como foi a aula? - disse Felipe me beijando na testa.

—Chata. - falei e ri.

—Cadê a Isa? - perguntei.

—Ela saiu mais cedo, pra ir ao médico.

Suspirei, e seguimos pelo caminho.
[...]

—Tchau Jú. - disse ele me beijando na testa. Sorri, e acenei.

Quando eu ia entrar em casa, alguém me puxou.

—Quem era aquele cara? - disse Victor com cara de bravo.

—Um amigo.

—Amigo? Ou ficante?

—Amigo, ele é da igreja. - falei

—Não gostei nada dele, e nem dessa intimidade. - disse cruzando os braços.

—Você não tem que gostar. - falei e suspirei.

—É não mesmo.

—Com licença, vou entrar.

—Então, continua na mesma casa. - disse ele.

—Pois é, somos vizinhos. -falei e ele sorriu.

—Vamos passar mais tempo juntos. - disse e eu apenas assenti.
[...]

Tomei um banho gelado, eu precisava tirar o nervosismo do meu corpo.

O garoto com quem eu vivia grudada, volta e se torna novamente meu vizinho, e o pior voltou lindo, gato e perfeito.

Pensei que ele não se lembrasse mais de mim, mas me enganei. Que destino doido, há tempos atrás, eu não tinha meus melhores amigos por perto, e em um instante, a Isa e o Vi aparece, será que é Deus?

∞∞∞

ISABELA NARRANDO:
Fui até o posto de saúde, e para minha surpresa, a Gabi também está aqui. Ela parecia nervosa, que nem notou minha presença.