1-A Liga dos Assassinos.

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               Acordei com o barulho do sino ecoando pelos corredores. Hora do café da manhã. Passei meus olhos pelo quarto, às trevas dominavam grande parte dele a não ser por uma fração ínfima derivada da luz que passava pela janela. Observei minha adaga, que estava pousada sobre meu criado mudo. Na sua lamina estava escrito bonis nocet, qui malis parcit. Significava: Ofende os bons, quem poupa os maus, uma mensagem carinhosamente gravada pra mim. Levantei de minha cama. Vesti-me e me armei com meu arco e flecha. Apanhei minha aljava e a vesti.  

-Hora de levantar-Disse o guarda entre as bordoadas que dava na porta-Saia agora!
-Já vou.

Coloquei minha mascara e me posicionei ao lado da porta, estava à espera do sentinela, pois logo sua paciência se esgotaria e arrombaria a porta para me tirar do quarto. Como de esperado ele invadiu meu quarto com tremenda fúria. Analisou o local a minha procura, olhava cada canto,cada beirada, desesperado para acabar com a minha raça. Num movimento rápido fechei a porta. No mesmo momento o sentinela olhou em minha direção, com ódio em seus olhos. Sacou sua espada e me apontou ela, fazia manobras na tentativa de me intimidar. Puxei uma flecha da aljava e a armei, o guarda soltou uma gargalhda, ele acha que sua espada é mais lépida que minhas flechas.

-Ha! Moleque, acha que vai me matar com esses espetos?
-por que não paga pra ver?!
Mirei a flecha em seu peito,segurei a minha respiração, fui soltando os dedos vagarosamente. Subitamente desviei a mira pra cima.

-Precisa melhorar a pontaria-Disse entre risadas-E muito!
Quando o guarda reparou no teto, desejou ter sido mais "manso" . A flecha havia acertado o lampião(lampião grande e feito de bronze com ferro)que tinha no teto, o lampião caiu sobre sua cabeça e o matou.Sai do quarto e deixei o corpo lá mesmo. Não queria me preocupar muito com pouca coisa, não servia de nada.Mal desci as escadas e uma faca foi arremessada contra mim, desviei com certa dificuldade e me prensei contra a parede do outro lado. Armei uma flecha e a disparei na origem da faca,nada. Porém um homem com uma armadura negra emergiu das sombras que ali havia. Sacou a espada e ficou me encarando. Saquei minha espada. Eu tinha esquecido que guardas vigiavam as passagens de um corredor para o outro,medidas adotadas por que já era a 4 ou 5 vez que tentava sair dali. Numa fração de segundo, avançamos rapidamente um contra o outro, faíscas voaram e um estridente barulho ecoou pelo corredor,nossas espadas colidiram com força. Viramos-nos um para o outro, repetimos o ataque. Ele desferiu um golpe contra minha perna, esgrimei a minha espada e bloqueei. Logo devolvi a investida, consegui acerta-lo no braço dominante fazendo-o soltar a espada. Em seguida desferiu um chute em minha perna esquerda, me desestabilizando e ele colidiu sua cabeça com a minha. Cai no chão de lado.    

-Ultimas palavras?                                                         
-Não se vire para trás.
-É o qu...

Um zunido de uma lâmina cortando foi ouvido, uma adaga foi arremessada em sua cabeça. Athena, minha "cúmplice",havia atirado o artefato. Fui levantando aos poucos.

Ela sorriu e em seguida olhou para trás,para ver se alguém vinha. Ela vestia uma armadura preta metálica com marcas de arranhões nela, seus cabelos ruivos estavam jogados sobre cada ombro.  

-Chris... Você esta bem?
-Estou sim.
-Okay, ta esperado um convite por escrito pra ir?

Eu concordei com a cabeça e a segui até a escada que havia logo à frente, descemos pé ante pé para não sermos ouvidos. Chegamos a uma sala que se encontrava no final da escada, sete guardas espalhados pela sala. Todos desarmados seria bem fácil desde que eu e Athena trabalhássemos juntos. Ela sacou uma bombinha de fumaça e à arremessou na sala, uma fumaça imensa encheu a sala. 

Entramos na sala e já partimos para a briga, contra os inimigos que estavam desorientados. Após a fumaça se dissipar já havíamos acabado com todos, sorrimos e tocamos na mão um do outro. Saímos da sala e partimos o pátio de treinamento que estava a menos de 40 metros de corredor, andamos pelas sombras e passamos pelos guardas sem ao menos eles suspeitarem que cruzamos por ali. Após chegarmos ao pátio examinamos e notamos cerca 300 inimigos presentes. Poxa, seria bem fácil derrotar todos, a não ser claro que eu seja um Deus da guerra que veio de Esparta. Olhamos para o centro e lá estava Jason Dark. O líder de tudo e de todos. Ele dizia aos guerreiros o que eles deviam fazer: Capturar eu e a Athena, encaramos-nos por um breve momento e voltamos e fitar Jason. Repentinamente o pátio se encheu de fumaça, Athena se surpreendeu junto comigo. Pois nem eu e ela havíamos feito aquilo,olhamos o destino da bomba de fumaça e não avistamos ninguém. Aproveitamos a oportunidade e corremos em direção ao portão, guerreiros estavam em nossa frente, saquei meu arco flecha e ia disparando-o, quando algum deles se aproximava para ataque corpo a corpo eu utilizava o arco como espada. Um deles desferiu um ataque de corte que partia de suas costas, coloquei meu arco acima de minha cabeça, as duas armas se colidiram e soltaram faíscas, aproveitei o momento e dei um chute em sua barriga com bastante força e em seguida uma joelhada na região dos rins, ele se contorceu e bradou de dor. Dei lhe uma cabeçada e ele foi de encontro a outro armado com uma lança atrás dele. A lança atravessou-lhe o peito. Athena utilizava muito seu corpo como arma, era bastante habilidosa em artes marciais, derrotara cinco de uma vez sem nenhuma assistência minha. Outro guarda investiu contra mim, sua espada fez um movimento circular que acertaria meu abdômen. Defendi com a proteção de aço que havia no ante-braço. Bati com a empunhadura do arco em seu peito, ele recuou com agressividade. Outro ataque, só que desta vez tinha como destino minha cabeça. Desviei-me de sua rápida investida, saquei uma pequena adaga e cravei-a contra seu peito, ele foi muito lento para agarra-la. Athena e eu ficamos cercados pelos inimigos. Sem chance alguma de fuga,os guardas abaixaram suas armas e ficaram na posição de sentido, Jason passou entre eles e ficou de frente para nós.

O Capuz Negro {EM REESCRITA}Onde histórias criam vida. Descubra agora