1.2-De volta para casa

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               Acordei com o sol batendo em meu rosto, Atena estava deitada ao meu lado. Ken, nosso novo amigo estava a fazer nosso café da manhã. Um cheiro bom perambulava pelo ar, me deixando um pouco mais faminto do que já estava. Me sentei na cama e observei atentamente o sol nascer, uma imagem que me deixou hipnotizado por certo tempo. A brisa que entrava juntamente com a luz do sol deixava o ambiente mais fresco, nem tão quente, nem tão frio. Me levantei e fui até a mesa do café da manhã, para um quarto de hotel era bem amplo, dois quartos e a cozinha era junto a sala. Me assentei na mesa, Ken se virou e me cumprimentou com a cabeça. Ele tirou uma panela do fogão e me serviu dois Waffles. 

-Onde conseguiu esse Waffles ?
-Hotel dar pacote cheio.
-Entendi.

               Olhei com um pouco de receio para o Waffle em minha mão. O medo de ser envenenado passou pela minha cabeça, mas logo descartei. 10:23, cinco horas para nosso voo a Nova Iorque. Uma sensação de felicidade invadiu meu corpo. Ver todos meus amigos, parentes e outras pessoas próximas a mim de novo. Me deixava bastante animado.
               Atena levantou de sua cama e veio até a sala. Ela usava uma camisola grande que cobria suas coxas. Seus cabelos ruivos estavam jogados sobre o ombro.

-Bom dia
-Bom dia
-Bom dia Mestre Atena.

               Atena fechou a cara para Ken. Ele logo se virou novamente e continua a fazer o que estava fazendo. Atena sorriu e se assentou ao meu lado, apoiando sua cabeça no meu ombro. Sua mão delicada esticou-se e agarrou um Waffle. E logo deu uma mordida no mesmo. Ela mantinha os olhos fechados.

-O que vai fazer quando chegar quando chegar em Nova Iorque?
-Sei lá, talvez eu volte e simplesmente nada vai mudar, ou todos vão ficar pasmos e perguntar onde eu estive por 9 anos, aí terei que mentir para todos que amo, isso que vai me magoar mais ainda.  
               Atena olhou para mim séria, percebendo o quanto eu me sentia triste. Sua delicada mão encostou em minha bochecha, apertando a mesma. Corei um pouco com tal ato fofo.




3 dias depois

Manchete do New York Times:

               O jovem bilionário, Christopher W. Lance. Que até a noite de ontem, estava dado como desaparecido. Christopher foi encontrado na porta da delegacia, rastejando até a porta com as roupas todas rasgadas. Os policias a principio acharam que era apenas mais um mendigo que fora agredido, porém quando repararam direito viram que era o jovem desaparecido. Logo após de ser achado já foi levado ao hospital para tratamentos médicos. A família foi avisada quando ao aparecimento de seu filho algumas horas depois. Até o fechamento desta edição, não houve nenhum comentário da família ou dos médicos em relação a saúde do rapaz.



             
 Bem, agora é oficial, eu voltei para casa! Tudo não esta ocorrendo como eu planejava, o que é bom. Todos ficaram perguntando onde eu estive, e claro que eu menti. Falei que eu fui raptado, e que eu fui vendido como escravo. Uma historia realmente fascinante, porém meio estranha.

-O meu deus! Como é bom te ver filho!
-É mãe, também é bom te ver.
-Meu filho, como foi que você conseguiu sobreviver a tanto sofrimento?
-Marga! Deixe ele respirar.-Disse meu pai entre um sorriso.
-Ah me desculpe, é tanta emoção.


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⏰ Última atualização: Jun 26, 2016 ⏰

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O Capuz Negro {EM REESCRITA}Onde histórias criam vida. Descubra agora